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América vence o Moto Club por 1 a 0 na Arena das Dunas

Foto: Magnus Nascimento

O América venceu o duelo contra o Moto Club/MA, por 1 a 0, na Arena das Dunas. O jogo foi o primeiro do “mata-mata” entre as duas equipes, na Série D do Campeonato Brasileiro. A partida contou com a presença de torcida após 18 meses de proibição devido a pandemia. Foram 2.386 presentes para uma renda de R$ 125.560,00. O jogo da volta será no Maranhão, no próximo domingo, e o time potiguar joga pelo empate para avançar.

O técnico Renatinho Potiguar optou por manter a mesma equipe que iniciou o jogo em Sergipe e venceu o Itabaiana por 2 a 0. A opção do treinador busca favorecer o entrosamento e a competitividade da equipe potiguar.

Além dessa competitividade, a equipe americana iniciou a partida buscando a energia do torcedor que fez sua parte e começou o jogo fazendo uma bela festa na Arena das Dunas.

O América começou o jogo “aceso”, marcando firme no meio de campo e partindo com muita velocidade ao ataque, deixando a marcação do Moto Club confusa.

Nessa confusão o clube maranhense acabou cedendo uma penalidade logo aos 6 minutos. Na cobrança de escanteio, Alvinho escorou de cabeça e o zagueiro colocou a mão na bola. Mazinho foi para a cobrança, mas bateu mal e o goleiro João Paulo fez a defesa.

A perda da penalidade afetou o desempenho americano em campo. Apesar de melhor no jogo, da posse de bola maior e do domínio no meio de campo, as chances claras de gol diminuíram e o Moto Club, que só se defendia, teve menos trabalho na marcação.

Mas, para a sorte do time de Natal, o gol apareceu. Aos 34 minutos, bate rebate na área e erro da defesa maranhense. A bola sobrou “limpa” para Elvinho mandar para as redes.

A vantagem no placar deu uma acomodada nos nervos do América e da torcida, mas também fez com que o time da casa “puxasse o freio de mão” na pressão, levando o jogo para o intervalo em 1 a 0.

O América voltou com uma mudança para o segundo tempo. Renatinho Potiguar optou por tirar Alvinho e mandar a campo o atacante Wesley Smith.

O time do Moto cresceu no jogo, muito mais pela queda americana de produção do que por força dos visitantes. Com a bola no pé o clube maranhense passou a ameaçar.

Apesar disso, foi o América quem teve uma grande chance aos 28 minutos. Numa jogada pela direita a bola foi para a área e, desviada pela zaga, sobrou “limpa” para Wesley Smith. Ele mandou uma bomba, mas encontrou o goleiro João Paulo bem posicionado para defender. Depois disso pouco foi produzido e o jogo terminou mesmo 1 a 0 para o América contra o Moto Club.

Tribuna do Norte

Potiguar que faz sucesso na internet apresenta Stand-Up

Foto: Divulgação

Natural da cidade de Parnamirim, Tiago Dionísio, de 27 anos, é um fenômeno na internet. Hoje, o humorista e digital influencer potiguar conta com mais de 3,3 milhões de seguidores no Instagram e conquistou fama após publicar vídeos onde satiriza homens que “gourmetizam” profissões com o intuito de conquistar mulheres. O humorista tem show marcado para o dia 02 de outubro no Teatro Riachuelo. Será a primeira vez que ele se apresenta no palco para o público natalense.

Filho de mãe solo, Tiago já teve algumas profissões para ajudar no sustento da casa. Ele já foi marinheiro, cinegrafista e, por último, auxiliar de tecnologia da informação. O influencer diz que sempre gravou vídeos engraçados e postava na internet sem muitas pretensões, apenas para se divertir, porém com o passar do tempo ele foi ganhando muitos seguidores. Em 2019, chegou a 60 mil.

O humorista conta que começou a receber convites para fazer publicidades de lojas físicas e online, até que percebeu que poderia viver com o dinheiro que recebia das propagandas. Saiu do emprego e trancou a faculdade de engenharia civil para se dedicar às gravações e publicações dos vídeos no Instagram. Ele trabalha há dois anos e meio apenas com as redes sociais.

“Com o tempo fui sendo convidado para fazer propagandas de lojas e percebi que poderia me sustentar com o dinheiro das publicidades. Foi então que larguei tudo para me dedicar mais aos vídeos que tinham como tema situações do cotidiano e foi então que tive a ideia de “gourmetizar” as profissões”, diz.

Tiago fala que a ideia dos vídeos surgiu após lembrar que muitos homens mentem sobre seu emprego na hora da paquera, então resolveu apresentar essas profissões de um jeito diferente para ajudar a conquistar e encantar as mulheres no primeiro encontro, mas não imaginava o sucesso que as produções iriam fazer.

O primeiro vídeo que viralizou, relacionado às profissões, foi o do frentista, postado em junho deste ano e que já conta com mais de meio milhão de curtidas. O vídeo conta com a participação da influencer local Dandara Regina e nele o frentista se tornou o “responsável pelo controle de abastecimento de produtos inflamáveis da Petrobras”.

O humorista ainda fala que a princípio achou que não conseguiria colocar a ideia em prática, porque precisava da liberação dos donos dos estabelecimentos, mas, com o passar do tempo, os empresários perceberam que era uma maneira de publicidade para eles e hoje até convidam para gravar em seus comércios.

“Levei a minha ideia para a dona de um posto em Natal, mas ela achou que não seria viável para eles e não permitiu que eu gravasse lá, então um amigo conseguiu liberação de um posto de combustíveis em Macaíba e gravamos. Ganhei 100 mil seguidores em um dia e esse número só foi crescendo. Hoje em dia recebo convites para ir gravar em alguns comércios”, comenta.

Até o momento já são cerca de 100 vídeos publicados com a temática. Tiago Dionísio diz que outros já foram gravados e estão prontos para serem postados, porém as publicações seguem uma programação de planejamento como estratégia de engajamento.

Alguns exemplos de “gourmetização” são: o vendedor de picolé que se tornou o “empreendedor de produtos à base de laticínio conservados a frio”, o gari que agora é o “técnico em saneamento de vias públicas”, o coveiro virou “técnico em gestão humana e armazenamento em estado inoperante” e o gandula que hoje em dia é mais conhecido como o “responsável técnico por garantir a distribuição de materiais essenciais para a realização de grandes eventos esportivos”.

Outra característica marcante dos vídeos da “gourmetização” das profissões é a escolha da trilha sonora. A música é do cantor Francisco Márcio, conhecido como “Cachorrão do Brega”, chamada “Internacional” que já tem mais de 5 milhões de acessos no Spotify e é uma versão, improvisada, do sucesso do cantor italiano Eros Ramazzotti chamada “Cose Della Vita”.

Tiago conta que a música não foi planejada, mas acabou dando certo com os elementos usados por ele nos vídeos. “Eu não pensei exatamente em uma música específica, mas quando fiz o primeiro vídeo e vi que tinha ficado bom, permaneci com ela nos outros, porque casa com os elementos que uso, como no caso do gole na bebida, que é algo que já ficou marcado, junto com a transição que mostra qual profissão estou me referindo”, comenta.

O humorista e influencer diz que não esperava tanta repercussão. Ele diz que hoje vive um sonho e que tudo está indo muito rápido. Já fez parceria com alguns artistas de renome nacional como no caso dos cantores Gustavo Mioto, Wesley Safadão, Taty Girl e Michele Andrade, além do humorista e influencer Rafael Cunha, natural da Paraíba, que tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram. Além disso, participou do programa da apresentadora Eliana do SBT.

Agora, Tiago espera realizar mais sonhos. Ele diz que gostaria de trabalhar com os humoristas Danilo Gentili, Rafael Portugal e Whindersson Nunes por entender que esses artistas fazem um humor inteligente. Além disso, ele conta que já tem outras produções marcadas que vai contar com a participação dos cantores Rodolfo, da dupla Israel e Rodolfo, Mayara que faz dupla com sua irmã Maraisa e Simaria, da dupla Simone e Simaria.

Outro sonho, que o influenciador quer realizar é participar ou produzir um filme de humor e relata que está trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível para aproveitar o “boom” que os vídeos trouxeram a ele.

Outra conquista na vida de Tiago foi a assinatura de contrato com a maior empresa de influenciadores da América Latina, a Non Stop Produções, que aconteceu na última quinta-feira (23).

Tribuna do Norte

Lava de vulcão se aproxima do mar nas Canárias, e autoridades bloqueiam áreas perto da costa

Autoridades interditaram nesta segunda-feira (27) áreas na costa leste da ilha de La Palma, nas Canárias, devido ao avanço da lava do vulcão Cumbre Vieja, que se aproxima do mar.

O alerta foi emitido para as áreas costeiras de San Borondon, Marina Alta e Baja e La Condesa.

A lava pode cair no Oceano Atlântico nas próximas horas, a 1.250°C, causando explosões e gerando nuvens de gases tóxicos sobre a ilha, segundo as autoridades.

Um rio de lava incandescente desce com velocidade pelas encostas da cratera do Cumbre Vieja nesta segunda, passando perto de casas e edifícios que já foram engolidos por uma massa negra de lava mais velha.

Desde que o vulcão entrou em erupção, no dia 19, a lava já atingiu mais de 230 hectares de terra, engolindo centenas de casas, além de estradas, escolas, igrejas e plantações de banana e forçando milhares de pessoas a fugir de suas casas.

G1

Morre o curraisnovense José Xavier Cortez, fundador da editora Cortez, aos 84 anos

Foto: Magnus Nascimento

José Xavier Cortez, o sr. Cortez, editor que foi plantador de algodão, marinheiro e lavador de carros até começar a vender livros no estacionamento da PUC, morreu aos 84 anos, em São Paulo, em decorrência de um câncer. Querido no mercado editorial era conhecido também por sua paixão pelo forró – tanto que era comum, durante as bienais do livro, que as noites terminassem em dança no Restaurante Andrade, em Pinheiros.

Nascido em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em 18 de novembro de 1936, ele trabalhou na agricultura de subsistência com a família, no sítio em que vivia e que ficava a 25 quilômetros da cidade, e estudou, até a 5ª série, em uma escola rural distante 6 quilômetros de casa – percurso que ele fazia a pé ou a cavalo.

Aos 18 anos, ele se mudou para Natal, fez bicos, inclusive vendendo frutas, como contou em uma entrevista, e ficou por lá até 1955. Ingressou na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, passou um ano no Recife e, em 1956, foi transferido para o Rio de Janeiro, onde serviu em vários navios da Marinha do Brasil. Ali, voltou a estudar.

Sua vida na Marinha durou até 1964, quando, em plena ditadura militar, ele foi expulso da corporação. O motivo, ele contou, foi ter participado de um movimento organizado pela Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, que ficou conhecido como Rebelião dos Marinheiros.

Em janeiro de 1965, sr. Cortez chegou em São Paulo e foi trabalhar como lavador de carros no estacionamento de um parente. Já era um leitor naquela época e, ainda em 1966, entrou no curso de Economia da PUC. Neste momento, sua trajetória começou a mudar.

A aproximação com o mundo dos livros foi reforçada pela amizade com o gerente de uma editora que publicava obras da sua área e ficava perto de sua casa. Ele começou a vender para os colegas da faculdade os livros que os professores sugeriam. Como tinha desconto na compra desses livros, esse trabalho o ajudou a complementar o pagamento da mensalidade.

Em 1968, ele foi autorizado a usar um pequeno espaço nos corredores da universidade e ampliou a oferta de livros para outros cursos.

“Fiquei conhecido entre os professores porque conseguia para eles qualquer livro, mesmo que fosse proibido (pela ditadura). Sabia das bocas”, revelou o editor em uma entrevista ao Estadão em 2010. Entre a sua clientela, ele contou, estavam intelectuais como Florestan Fernandes, Paulo Freire e Maurício Tragtenberg.

Nessa época, começou a flertar com a edição, trabalho que tocou com um colega de classe até inaugurar, em 1980, a Livraria Cortez e a Cortez Editora. Começou assim: o professor Antônio Joaquim Severino fez uma apostila em mimeógrafo e depois numa pequena gráfica para seus alunos. “Sempre vinha algum aluno me perguntar se eu não vendia aquela apostila”, contou Cortez na mesma entrevista ao Estadão. Foi atrás do professor, que lhe entregou cerca de 20 exemplares – vendidos num piscar de olhos.

Cortez, que não sabia nada sobre os processos editoriais, se ofereceu para transformar a apostila em livro. E ela virou Metodologia do Trabalho Científico, primeira obra da Cortez que é um sucesso comercial até hoje.

A editora publicaria, ao longo de sua história, obras acadêmicas e livros infantis. “Publicar livros para trazer ensinamentos é tão importante quanto plantar o tomate que vai servir de alimento”, disse o editor.

Sr. Cortez, que foi diretor da Câmara Brasileira do Livro, virou nome de escola e foi homenageado, em 2005, com o título de cidadão, pela Câmara Municipal, teve sua história contada no documentário O Semeador de Livros. Em 2016, a Livraria Cortez, em Perdizes, deixou de comercializar livros de outras editoras e passou a ser apenas um ponto de venda das obras da Cortez.

Durante a quarentena, em outubro de 2020, ele lançou o livro Tempos de Isolamento, escrito com a jornalista Goimar Dantas.

Estadão Conteúdo

Lei de Francisco do PT que obriga bares, restaurantes e casas noturnas a adotarem medidas de proteção à mulher é sancionada

Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (23), a sanção da governadora Fátima Bezerra ao Projeto de Lei 10.986, de 21 de setembro de 2021, de autoria do deputado estadual Francisco do PT, que determina a bares, restaurantes e casas noturnas adotarem medidas de auxílio e segurança à mulher que se sinta em situação de risco em suas dependências.

“Essa lei de nossa autoria, que acaba de entrar em vigor, objetiva garantir a integridade física, moral e psicológica das mulheres que se sintam vulneráveis diante de determinada situação de constrangimento e ou assédio provocado por terceiros nas dependências destes empreendimentos”, justificou o parlamentar.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, a cada dois minutos uma mulher realiza registro policial por violência doméstica no país. “Parabenizo a governadora pela sensibilidade em sancionar a nossa iniciativa, o que mostra o seu compromisso de luta em defesa das mulheres”, completou Francisco do PT.

De acordo com o projeto, o auxílio à mulher será prestado pelo empreendimento mediante a oferta de acompanhamento até o carro, outro meio de transporte ou comunicação à polícia. Além disso, a lei prevê afixação de cartazes informativos nas dependências dos estabelecimentos, bem como treinamento dos funcionários para agirem conforme a Lei.

Renda média do trabalho encolhe e é a menor desde 2017

Foto: Economia G1

Depois de ficar quase 1 ano praticamente sem trabalhar, a diarista Lizete Pereira, de 53 anos, voltou a fazer faxina em diferentes casas, mas ainda não conseguiu recuperar a renda de antes do início da pandemia. E nos últimos meses se viu forçada a aceitar ganhar menos pelo dia de trabalho para conseguir novos clientes.

Mesmo com o avanço da vacinação e com o retorno de trabalhadores informais e por conta própria ao mercado de trabalho, a recuperação da economia segue em ritmo lento. Já o rendimento médio dos brasileiros com algum tipo de ocupação está encolhendo e atingiu o valor mais baixo desde 2017.

Os números integram levantamento elaborado pela consultoria IDados, com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do segundo trimestre nos últimos 40 anos, e considera a renda real habitual da ocupação principal do trabalhador. Ou seja, valores já descontando a inflação.

Embora a renda média ainda esteja em nível semelhante ao do valor pré-pandemia, um achatamento ainda maior ao longo dos próximos meses é dado como inevitável em razão do elevado número de desempregados em busca de uma oportunidade e pela retomada dos setores que concentram as remunerações mais baixas.

O pesquisador explica que o aumento da renda real média em 2020 foi uma melhora “artificial”, uma vez que a elevação é explicada pela maior redução do número de ocupados nas atividades com menor remuneração, principalmente, entre trabalhadores informais e por conta própria do setor de serviços, enquanto que trabalhadores com ensino superior e com renda relativamente mais alta foram menos atingidos pelo desemprego.

G1

Governo do RN libera torcedores apenas com 1 dose da vacina contra a Covid em estádios

Foto: Alexandre Lago

O Governo do Rio Grande do Norte mudou a orientação sobre a liberação de torcedores em estádios. Nesta quarta (22) o estado informou que será permitida a presença de torcedores que tomaram apenas uma dose da vacina contra a Covid e que não estejam com a segunda dose em atraso.

Na semana passada o governo anunciou que só seria permitida a presença de torcedores completamente imunizados com a Covid, ou seja, com as duas doses da vacina.

Em entrevista ao Bom Dia RN, o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explicou que a mudança na exigência da vacinação completa se deu para incentivar a vacinação entre os jovens. “O público de futebol é um público mais jovem, então nós entendemos que seria interessante abrir para quem já está com a D1 e não está com a D2 atrasada. O futebol é um esporte de massa, então é uma forma de estimular a vacinação, principalmente entre os jovens”, disse.

O primeiro jogo que terá torcida no RN será América-RN e Moto Club, neste domingo (26), às 16h. O público está limitado a 30% da capacidade da Arena das Dunas.

De acordo com o governo, o jogo será um evento teste em relação aos protocolos sanitários e se for percebido algum descumprimento das normas, a autorização poderá ser suspensa para outros eventos. “É fundamental que o torcedor tenha consciência de que nós ainda estamos vivendo uma pandemia. Se a gente tiver uma reversão do quadro atual da pandemia todas essas autorizações serão revistas”.

G1 RN

Rio Grande do Norte avalia desobrigar uso de máscaras em dezembro

Foto: Magnus Nascimento

O uso de máscaras como medida de proteção contra a Covid-19 pode estar com os dias contados no Rio Grande do Norte. Uma previsão da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) aponta que, caso o Estado chegue a marca de 70% da população completamente vacinada com as duas doses, poderá se cogitar a liberação do uso da máscara. Atualmente, o Estado possui 50% dos norte-riograndenses imunizados.

“Temos visto que um patamar de 70% já é satisfatório para se ter a pandemia sob controle e estimamos que até dezembro deveremos chegar esse patamar. E a gente pode estar analisando melhor alguma recomendação ou diretriz sobre o uso da máscara.”, explica o secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia.

O titular da Sesap reforçou ainda que essas questões se tratam de projeções e que isso ainda depende de uma série de avaliações e decisões do comitê científico do Estado, área de vigilância sanitária, bem como analisar experiências de outros estados. Ainda não há relatos de outras unidades federativas desobrigando o uso da máscara.

“Sabemos da importância do uso da máscara, principalmente com a retomada dos eventos, aglomerações, dos contatos interpessoais. É um instrumento de proteção e creio que veio para ficar, porque nós deveremos reduzir, mesmo quando anunciarmos uma medida dessas, de forma progressiva, com ambientes abertos para depois irmos para os ambientes fechados”, acrescenta o secretário.

O uso obrigatório de máscaras no Rio Grande do Norte é obrigatório desde o dia 07 de maio de 2020. À época, o decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT) estipulava uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Algumas cidades potiguares já haviam editado decretos municipais para obrigar a utilização de máscaras em situações específicas. Foi o caso de Natal, que desde 30 de abril obrigou o uso de máscaras em lojas e transportes públicos.

Na avaliação do imunologista do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS/UFRN), Leonardo Lima, não existe um “número mágico” para se determinar o momento certo para se desobrigar o uso da máscara.

“A gente sabe que a cobertura de 70%, 80% é o que conhecemos para as outras infecções virais, respiratórias, é quando conseguimos controlar com mais efetividade a disseminação da infecção. Precisamos continuar avançando. Talvez com 70% tenhamos uma segurança para fazer os testes, ir tirando a máscara em parques, por exemplo. E não é obrigado a não usar. É ela poder não usar no ambiente”, comenta.

O Rio Grande do Norte tem, até esta quinta-feira, 2.310.008 pessoas vacinadas com a 1ª dose das vacinas Coronavac, Pfizer ou Astrazeneca. Deste total, 1.344.261 já receberam a 2ª dose. No total, são 1.344.261 completamente imunizados, o que representa 50% da população vacinável Estado.

O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou em abril que pessoas com vacinação completa podem deixar de usar máscara na maioria dos lugares, com exceção de hospitais, transporte público e prisões.

Em junho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a anunciar que iria baixar um decreto desobrigando o uso da máscara para pessoas já vacinadas ou que já foram contaminados com a Covid-19.

Tribuna do Norte

Expansão de apps de transporte eleva a procura por CNHs

Foto: Adriano Abreu

A procura para se obter as carteiras de habilitação tem apresentado crescimento no Rio Grande do Norte. Em 2021, mesmo com a pandemia de coronavírus, a busca de jovens de 18 a 30 anos pela habilitação teve um crescimento de 11% em relação ao primeiro semestre de 2019. A ascensão dos aplicativos de transporte e serviços de entrega, bem como a exigência do documento em concursos públicos, têm impulsionado a procura pela obtenção de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) no Estado.

De acordo com dados do setor de estatística do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran/RN), no 1º semestre de 2021 foram 13.715 solicitações para CNH no Estado, contra 6.980 em 2020, 12.324 em 2019 e 12.647 em 2018. Em 2021, houve um aumento de 8% em relação ao primeiro semestre de 2018.

Na avaliação de especialistas, instrutores e diretores de centros de formação de condutores, a procura por oportunidades no mercado de trabalho podem ser fatores que, mesmo com a pandemia de coronavírus, possam ter atraído os jovens desta faixa etária a ingressarem no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para buscar a CNH. O aumento da validade da carteira, que saiu de 5 para 10 anos, também é outro quesito.

“Houve um aumento devido à questão da pandemia, com o desemprego assolando o país. Quem tinha seu carro virou motorista de app e passou a dar sobrevivência para a sua família exercendo essa profissão”, exemplifica Jonas Godeiro, coordenador do Registro de Condutores do Detran-RN, acrescentando ainda que houve procura para postulantes a motoristas de ônibus e caminhões. Em algumas plataformas, como Uber e 99 Pop, a carteira provisória não é aceita para motoristas colaboradores.

“Em média, 30% dos nossos candidatos estão nessa situação, que querem a carteira para trabalho, principalmente para os aplicativos. O pessoal que ficou desempregado na pandemia vem fazer adição de categoria para ir para as entregas de motos, por exemplo”, comenta Renildo Duarte, diretor de ensino da Auto Escola Via Certa, em Natal.

Quem passou por essa situação recentemente foi a motorista de aplicativo Jéssica Nunes, 28 anos, moradora de Natal. Ela foi demitida de uma universidade há quatro meses, onde trabalhava como consultora de vendas, e resolveu pedir a adição de categoria em sua CNH, para poder trabalhar como motorista. Atualmente, ela transporta passageiras no horário da noite/madrugada.

“É uma questão de necessidade e de qualidade de vida. Posso resolver minhas questões, acompanhar mais minha filha no dia a dia”, comenta.

Para o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do RN (SINDCFC/RN), Eduardo Domingo, mesmo com a pandemia de coronavírus, não houve dificuldade nos centros de formação para encontrar clientes que queiram a habilitação.

“O jovem que tínhamos perdido, que andava de aplicativo, começou a querer ter seu transporte. Teve o auxílio emergencial, mas esse ano já enfraqueceu novamente, com os altos preços da gasolina”, explica. Segundo ele, cerca de 50% dos alunos estão procurando CNH para ingressar no segmento de transportes/entregas por aplicativo. O custo atualmente para se habilitar na carteira AB, somando as taxas, pode chegar a R$ 2 mil.

O potiguar Jonatan Rodrigo Braz, 21 anos, está no final do processo para tirar a sua carteira de motorista. Ele é de Nova Cruz e precisa vir à Natal todos os dias para trabalhar no Exército. Sem a CNH, precisa vir de ônibus.

“Vai facilitar bastante esse meu transporte, porque de ônibus fica corrido. Com a habilitação, facilitará bastante. Já tenho moto. Estou fazendo A e B remunerada, porque caso eu saia do Exército, quero ter facilidade para arrumar emprego no mercado, seja como motorista ou empresas de entrega de aplicativo”, disse.

Concursos
Outro fator que tem feito os potiguares procurarem cada vez mais os centros de formação para se habilitarem como motoristas é o fato de que uma série de concursos públicos está exigindo a CNH como requisito para investidura no cargo. Nos concursos da Polícia Civil do RN, do Instituto Técnico Científico de Perícia (Itep-RN), Corpo de Bombeiros, por exemplo, há a exigência do documento.

“Estamos com um público jovem bem maior. Muitos são para ingressar no mercado de trabalho, em todos os aspectos. A maioria dos concursos agora está pedindo CNH”, lembra Renildo Duarte.

Demanda reprimida
Para a pesquisadora e especialista em andamento em Engenharia Civil com ênfase em Transporte e Gestão das Infraestruturas Urbanas, Isabel Cristina Magalhães, outro fator que pode ter contribuído para o aumento na procura por CNHs em 2021 é a “demanda reprimida” no ano de 2020, em que o Detran precisou suspender os serviços.

Ela argumenta que o ritmo de atendimentos para CNH para pessoas de 18 a 30 anos nos últimos quatro anos resultou numa variação da média mensal. De 2018 para 2019, houve aumento de 1,2%; uma redução de 48,1% de 2019 para 2020; e um aumento de 107,4% de 2020 para 2021.

“Em 2021, com o aumento da população vacinada, relaxamento das medidas de distanciamento social e com um maior conhecimento do comportamento do vírus, as pessoas começaram a se sentir mais seguras para sair de casa e realizar outras atividades. Sendo assim, juntou a demanda natural que existiria em 2021 com a demanda reprimida de 2020, resultando no aumento da média mensal”, aponta.

Programa vai emitir carteiras gratuitas
Cerca de 363 potiguares serão beneficiados, nos próximos meses, com as primeiras carteiras de habilitação do Programa CNH Popular, instituído em dezembro de 2020 e implantado em 2021. O programa isenta postulantes de baixa renda dos custos com a primeira habilitação e mudança de categoria. O investimento é de R$ 600 mil, com recursos do Detran.

De acordo com o coordenador do setor de habilitação do Detran-RN, Jonas Godeiro, todos os contemplados no Programa CNH Popular têm a isenção dos pagamentos de taxas e das despesas referentes aos cursos teórico e prático de direção veicular, ministrados pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs).

“Fizemos a primeira chamada dos contemplados e apenas 88 pessoas entregaram a documentação. Fizemos uma nova chamada e estamos dando andamento à implantação desse programa no RN. Esse programa é gratuito, desde a abertura do processo, exames, autoescola, exame prático até o teórico”, explica, acrescentando ainda que a perspectiva é aumentar o número de vagas em 2022.

Para 2021 serão 353 vagas, distribuídas da seguinte forma: 200 para Primeira Habilitação Categoria “A”, 111 para Primeira Habilitação Categoria “B”, 15 para Mudança de Categoria “C”, 15 vagas para Mudança de Categoria “D” e 12 para Mudança de Categoria “E”.

O Programa CNH Popular é voltado para regularizar a situação de trabalhadores que vivem na informalidade, dirigindo veículos automotores sem habilitação, além de possibilitar a geração de emprego e renda para os que desejam trabalhar como motorista de aplicativos, motoboy, taxista ou qualquer outra atividade que exija a Carteira Nacional de Habilitação.

A lei que instituiu a CNH Popular foi aprovada em 2011, mas não havia sido regulamentada nesses 10 anos, o que impedia a concessão do benefício. No ano passado, a proposta foi resgatada pelo deputado Francisco Medeiros e posteriormente regulamentada pelo Governo do Estado.

Tribuna do Norte

Brasil não tem estados em zona crítica para ocupação de leitos da covid-19

Com exceção do Espírito Santo e do Distrito Federal, onde foi observado crescimento, entre 13 e 20 de agosto, a edição extra do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, reforçou a tendência de queda no indicador de ocupação de leitos da doença para adultos.

Conforme a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), “o indicador continua apresentando sinais de queda ou estabilização no país”. Os dados obtidos em 20 de setembro, indicam que nenhum estado está na zona crítica, com taxa superior a 80%.

Embora tenha registrado crescimento de 29% para 50%, no indicador, o Amazonas permanece fora da zona de alerta. A explicação é que a variação está relacionada a uma redução no número de leitos disponíveis. Já para o Distrito Federal, que também teve alta de 55% para 66%, o motivo pode ser o gerenciamento de leitos nesta unidade federativa.

Segundo os pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo Boletim, o Espírito Santo e o Distrito Federal estão na zona de alerta intermediário, com taxas, respectivamente, de 65% e 66%, enquanto os outros estados estão fora da zona de alerta. “A redução paulatina de leitos continua sendo observada, e, na última semana, foram registradas quedas nos leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito federal”, relataram.

Capitais

A capital Boa Vista registrou melhora com a redução de 76% para 58%. Ela é a cidade que tem leitos de UTI covid-19 no estado de Roraima. Em Curitiba, o índice passou de 64% para 58%. Esses resultados deixaram os dois municípios na zona de alerta. A cidade do Rio de Janeiro variou de 82% para 75% e saiu da zona de alerta crítico para intermediário. Vitória, no entanto, observou piora expressiva passando de 55% para 65%.

Os pesquisadores destacaram que como têm repetido, mesmo com a melhoria dos indicadores, ainda é preciso ter cautela e manter cuidados como o uso de máscaras e algumas medidas de distanciamento físico. Defenderam ainda a aceleração e a ampliação da vacinação entre adultos que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal, entre idosos que requerem a terceira dose e entre adolescentes. “Neste contexto, o passaporte vacinal é uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação”, indicaram.

Na visão dos pesquisadores, após a fase aguda da pandemia, o país precisa se preparar para o enfrentamento da covid-19 a médio e longo prazo. Isso inclui “considerar o passivo assistencial durante a pandemia, que é de elevada magnitude e exige que o sistema de saúde se organize para dar respostas eficientes, como também a continuidade do uso de máscaras e de certas medidas de distanciamento físico, frente à perspectiva de se conviver com a covid-19 como uma doença endêmica por um longo período”.

Registros

Os pesquisadores do Observatório alertaram para a elevação abrupta no número de casos de covid-19 notificados no sistema e-SUS, registrada na Semana Epidemiológica (SE) 37, entre 12 e 18 de setembro. A alta é resultado da inclusão de registros que estavam retidos, o que impactou, principalmente, os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Entretanto, apesar desses dados novos terem contribuído para o aumento da média nacional de casos, não podem ser considerados como uma reversão de tendência de queda na pandemia”, analisaram.

A alteração repentina contribuiu para o aumento da média nacional de infectados, mas conforme os pesquisadores, não representa uma reversão da tendência de melhora nos índices da pandemia. Esta avaliação é relativa ao período da SE 37. “Esse episódio serve como alerta para questões importantes relacionadas ao fluxo e oportunidade dos dados e suas consequências para a tomada de decisão. O atraso na inclusão dos registros relacionados às semanas anteriores contribuiu para uma subestimação dos indicadores de transmissão da doença e de casos, principalmente nesses estados, tendo como um dos resultados possíveis a flexibilização de medidas sem respaldo em dados”, avaliaram os pesquisadores.

Mesmo assim, os valores computados de outros indicadores da pandemia, empregados pelo Observatório Covid-19 da Fiocruz, apontaram que os registros relacionados à transmissão se mantêm em queda, como a positividade de testes, a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a mortalidade e a ocupação de leitos de UTI.

De acordo com o estudo, “o real impacto da doença foi subestimado, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, porque o volume de casos deveria ter sido computado em semanas anteriores e medidas de flexibilização foram adotadas sem respaldo estatístico. O país perdeu a oportunidade de identificar locais e grupos de risco. A confirmação de casos suspeitos e o rastreamento de contatos foram também impactados”, observaram.

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