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Tenente-coronel preso acusado de desvio de armas para clube de tiro

Tenente-coronel Alexandre de Almeida. O militar era a mais importante autoridade do setor no controle de armas que circulam no Rio de Janeiro e Espírito Santo Foto: Felipe Cavalcanti / Divulgação / Exército

Um esquema de desvio de armas do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército levou à prisão oex-chefe da unidade, o tenente-coronel Alexandre de Almeida . O militar era a mais importante autoridade do setor no controle de armas que circulam no Rio de Janeiro e Espírito Santo . Preso nesta terça-feira, ele tinha como atribuições fiscalizar: a importação e o comércio de armas, os clubes de tiro, o comércio de explosivos, a blindagem de veículos, além das atividades de caçadores, atiradores e colecionadores, estes últimos são conhecidos pela sigla CACs.

O governo estuda, para os próximos dias, facilitar a aquisição de armas pelos CACs, por meio de um decreto que o presidente Jair Bolsonaro pretende assinar, aumentando o tempo de validação dos registros. A investigação do Exército ocorre também no momento em que o arsenal e a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo dá um salto nos últimos cinco anos, como o GLOBO revelou na última segunda-feira. As novas autorizações para a categoria passaram de 8.988, em 2014, para 87.989, em 2018, ou seja, um aumento de 879%. Atualmente, há 255.402 licenças ativas no Brasil. Já o número de armas nas mãos dos CACs foi de 227.242 para 350.683 unidades.

De acordo com o inquérito policial-militar instaurado pelo Exército, armas desviadas pelo tenente-coronel Alexandre de Almeida eram repassadas ao Guerreiros Escola de Tiro e Comércio de Armas , na cidade de Serra, no Espírito Santo, por intermédio do irmão do oficial, Rafael Felipe de Almeida. O fio da meada foi o desvio de uma pistola calibre 9mm, da marca Taurus, entregue por um coronel ao Serviço de Produtos Controlados, assim que este oficial passou à reserva. Ao se informar em dezembro do ano passado sobre o destino da arma, o oficial descobriu que a pistola tinha sido repassada ilegalmente para o CAC Rafael de Almeida, que a enviou para o clube capixaba.

Após busca e apreensão no clube de tiro, o Exército constatou a existência de um esquema regular de desvio de armas do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar para o mercado negro. O dono do clube, Marcos Antônio Loureiro de Souza, admitiu que a unidade havia recebido 110 “armas antigas”, que foram recolhidas por ele na própria casa do tenente-coronel e levadas para Vila Velha. Pelo lote, Marco Antônio disse que havia acertado o pagamento de R$ 90 mil, em 12 prestações, das quais já havia pago três, no ano passado, imaginando que o dinheiro iria para o filho do falecido dono da coleção de 110 armas.

O dono do clube capixaba contou ainda que, após ouvir do tenente-coronel que a sua geladeira estava velha, comprou um aparelho doméstico novo para Almeida. O eletrodoméstico foi entregue na residência do oficial do Exército, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Marco Antônio também entregou ao Exército registro de conversas mantidas com o tenente-coronel pelo aplicativo Whatsapp. Nelas, Almeida orienta o empresário a afirmar aos investigadores que a pistola 9mm, que motivou o início do inquérito policial-militar, “nunca esteve na empresa”.

No clube de tiro capixaba, o Exército apreendeu cinco armas brasonadas (pertencentes ao patrimônio do Exército Brasileiro), três delas atribuídas à Almeida e duas à Rafael. No entanto, não há nenhum registro no Serviço de Produtos Controlados de que as cinco armas apreendidas na filial do clube, em Vila Velha, pertenceram algum dia ao oficial e ao seu irmão. Havia apenas uma pasta arquivada em nome de Rafael mas que, no entanto, não tinha relação alguma com as armas em questão. A constatação chocou representantes do Ministério Público Militar (MPM) que lidam com as investigações sobre desvio de armas, uma vez que revelou a fragilidade do sistema.

O GLOBO

América vence o ABC por 2 a 1 e ganha o Campeonato Potiguar pela 36ª vez na história

O América é o campeão Potiguar 2019. Em um Clássico Rei para 21.491 espectadores, o Alvirrubro venceu o ABC por 2 a 1 e levantou a taça Parque da Cidade de Natal Dom Nivaldo Monte. Os gols da conquista alvirrubra foram marcados por Jean Patric, em forte chute dentro da área, aos 44 minutos do primeiro tempo, e Alison Potiguar, nos acréscimos, aos 49 minutos da etapa final, após desviar a bola de cabeça em uma cobrança de escanteio de Adenilson. O Alvinegro descontou com o zagueiro Maurício, aos 28 minutos do segundo tempo.

Com a vitória, o América garante vaga na fase de grupos da Copa do Nordeste 2020. O ABC, vice-campeão estadual, está classificado para a pré-Copa do Nordeste do ano que vem. Os dois clubes estão assegurados na Copa do Brasil do próximo ano.

Uma partida com todos os ingredientes de um grande clássico. Na noite desta quarta-feira (24), para 21.491 torcedores, em uma Arena das Dunas barulhenta durante os mais de 90 minutos, América e ABC decidiram o Campeonato Potiguar 2019. Como na primeiro duelo, no Frasqueirão, o jogo acabou sem gols, restava aos dois times mostrar todo o futebol que tinham.

Com a torcida ao seu favor, o América colocou as primeiras intenções em campo. Adenilson, de fora de área, arriscou um chute de perna esquerda, que deixou toda a zaga do ABC e o goleiro Edson assustados. Com pouca criatividade e pressionado na defesa, o Alvinegro buscava os contra-ataques para inflamar sua torcida. Em um desses lances, Ivan bateu cruzado, mas a bola subiu por cima da trave do goleiro Ewerton. Mais presente no setor ofensivo, o Alvirrubro tinha como arma a jogada pela lateral de campo. Aos 44 minutos, Adriano Pardal adiantou a bola e se livrou da marcação de Henrique para encontrar Hiltinho. O camisa 10 americano olhou para dentro da área e viu Jean Patric livre de marcação, que bateu de perna direita e estufou a rede adversária na Arena das Dunas.

Na etapa final, duas equipes com comportamentos distintos. Enquanto o América trocava passes e chegava ao ataque, mas sem eficiência para finalizar o lance, o ABC buscava os contra-ataques. Aos 28 minutos, após cobrança de falta pela lado direito, a bola passou por toda a área e foi parar nos pés de Maurício, que bateu forte e empatou o clássico para o Alvinegro.

Os últimos minutos da partida foram cheios de emoção, com pressão sobre a arbitragem do carioca Marcelo de Lima Henrique (CBF Master-RJ), que controlou os ânimos dos atletas. Nos acréscimos, o América conseguiu o gol do título. Após uma cobrança de escanteio de Adenilson, o zagueiro Alison Potiguar desviou de cabeça e colocou a bola no fundo da rede, explodindo a torcida americana.

Fonte: FNF

Ceará atende pedido e emprestará helicóptero para o RN nesta quinta

Aeronave que virá ao Rio Grande do Norte

O Governo do Ceará confirmou nesta quarta-feira, 24, que vai emprestar ao Rio Grande do Norte uma das dez aeronaves que pertencem à Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). O empréstimo ocorre após pedido da governadora potiguar, Fátima Bezerra, uma vez que a única aeronave que o Estado tem está em manutenção.

O secretário da Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, explicou que o equipamento do Ceará foi solicitado via ofício. “Fomos procurados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte para cessão temporária de uma aeronave. Utilizamos o acordo do pacto integrador – que é uma iniciativa do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública (Consesp) – para ceder a aeronave”, afirmou o secretário.

Os custos com o equipamento ficarão a cargo dos potiguares. “As despesas referentes à manutenção e combustível serão custeadas pelo Rio Grande do Norte”, detalhou André Costa.

O titular da Secretaria de Segurança cearense explicou ainda qual será a primeira missão que será desenvolvida no Estado potiguar com a aeronave. “Nessa primeira semana a missão é inclusive de caráter humanitário. O Ceará vai acompanhar e sobrevoar as regiões onde tem várias famílias passando por dificuldades por conta das enchentes. Então é uma ação em que conseguimos apoiar nossos irmãos potiguares, assim como em outras situações fomos ajudados por eles e por outros estados. A gente está sempre a postos para apoiar aqueles que precisam da nossa ajuda”, finalizou André.

A aeronave Fênix 03, do mesmo modelo que o Estado potiguar já opera – a S350 B2 esquilo – deverá ser enviada nesta quinta-feira, 25. “Nós enviaremos, além da aeronave, um piloto e um mecânico”, explicou o tenente coronel Marcus Costa, relações públicas e piloto da Ciopaer. Ele acrescentou ainda o que a aeronave fará em missão no RN. “A prioridade é o monitoramento de barragens e açudes em situação de alerta, além da realização de voos de segurança”, afirmou Marcus Costa.

PACTO INTEGRADOR DE SEGURANÇA INTERESTADUAL

A ação é possível graças à participação dos dois estados no Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual. O pacto estabelece o compromisso entre os estados, no desenvolvimento de ações de segurança preventivas, ostensivas, repressivas, de combates a incêndios, buscas, salvamento e resgate pré-hospitalar, além de atividades de defesa civil, incluindo as atividades das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar e da Perícia Forense.

Participam do pacto a União, o Distrito Federal e os estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.

SAIBA MAIS

A Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) do Ceará tem a terceira maior frota policial de aeronaves do Brasil, considerando todos os tipos de aeronave, e a maior em aeronaves biturbina e em voo por instrumentos, o que resulta em autonomia de sobrevoo a qualquer hora e em qualquer ponto do Estado, diminuindo o tempo médio de resposta para ocorrências a 30 minutos.

Atualmente, a Ciopaer dispõe de dez aeronaves em operação. Os equipamentos reforçam a atuação policial em resgates, missões, combate a incêndios e monitoramento do meio ambiente na Capital e no Interior.

Agora RN

CNI/Ibope: Segurança e educação são áreas do governo com melhor avaliação

Pesquisa do Ibope divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (24) mostra que as áreas de segurança pública e educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) são as que receberam melhor avaliação. O porcentual de pessoas que aprovam as ações do governo é de 57% na área da segurança e de 51% no setor de educação.

No começo da gestão, o governo apresentou um pacote para combater o crime organizado e a corrupção com alterações na legislação formulado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o que pode ter impulsionado a avaliação, de acordo com a CNI. Por outro lado, o índice da educação surpreendeu a instituição – que lembrou as polêmicas envolvendo o ex-ministro da pasta Ricardo Vélez Rodríguez.

“Precisamos avaliar essa discussão. Bem ou mal, a questão do ensino médio andou, ou seja, a aplicação da legislação aprovada no governo Temer continua andando apesar de toda a confusão do ministério”, comentou o gerente executivo de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.

As áreas com maior desaprovação são taxa de juros (57%) e impostos (56%). Para Fonseca, esses são dois temas que constantemente desagradam a população em todos os governos.

O Ibope ouviu 2 mil pessoas entre os dias 12 e 15 de abril. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos com um índice de confiança de 95%.

Jovem Pan, com informações do Estadão Conteúdo

Francisco do PT pede viatura e Central de Comercialização para Caicó

O deputado Francisco do PT apresentou novos requerimentos que visam atender demandas da população de Caicó. O primeiro deles foi direcionado ao diretor presidente da Central de Abastecimento do RN (CEASA), Flávio Morais e ao Secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Gulherme Saldanha, solicitando a instalação de uma Central de Comercialização da CEASA.

O parlamentar justifica que Caicó é uma cidade polo, com grande importância econômica para o Estado, além de possuir um grande número de produtores e consumidores de produtos do campo.

Já para o Corpo de Bombeiros, a demanda foi a aquisição de uma viatura de resgate, que possa atender a região do Seridó. O requerimento foi destinado ao secretário de segurança do RN, Coronel Araújo.

“É fundamental que o Corpo de Bombeiros Militar tenha as condições necessárias para a realização de seu trabalho, em especial nas ocasiões que necessitem de resgate”, justificou Francisco do PT.

STF envia a Bolsonaro lista com indicações ao TSE

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu hoje (24) a lista tríplice que será enviada ao presidente da República, Jair Bolsonaro, para a escolha de uma vaga de ministro titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão do Judiciário responsável pela organização das eleições.

No dia 27 de abril, termina o mandato do ministro Admar Gonzaga, que poderia ser reconduzido ao cargo por mais dois anos, mas desistiu de participar da lista diante do processo no qual foi acusado pela ex-mulher de violência doméstica.

Para a primeira vaga, foram definidos, em votação feita pelos ministros, os nomes da ex-advogada-geral da União, Gracie Mendonça, a candidata mais votada, que recebeu 10 votos, e dos advogados Carlos Horbach e Sergio Banhos, que já são ministros-substitutos no TSE. Ambos receberam sete votos.

Na segunda-feira (22), o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, confirmou que Bolsonaro vai seguir a lista e escolher um dos nomes para realizar a nomeação. De acordo com a Constituição, cabe ao presidente da República nomear os advogados que compõem o tribunal. Os demais ministros fazem parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O TSE é composto por sete ministros, sendo três do STF, dois do STJ, e dois advogados com notório saber jurídico.

EBC

Detran realiza amanhã leilão com lances iniciais que vão de R$ 50 a R$ 16 mil

Detran realiza leilão nesta quinta / Assecom/Detran-RN

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) leiloa nesta quinta-feira (25), 274 lotes de veículos apreendidos que estão nos pátios das cidades de Natal e Assú. Os lotes que vão a leilão variam de valores com lances iniciais que partem de R$ 50,00 até R$ 16 mil. O leilão acontece a partir das 10h, no Rifóles Praia Hotel, Salão Almirante, localizado na Rua Cel. Inácio Vale, 8847, Praia de Ponta Negra, Via Costeira, na capital. Os lotes compreendem veículos que vão continuar em circulação e outros destinados exclusivamente à sucata.

Os interessados podem visitar hoje (24) os veículos que vão a leilão, das 8h às 14h, no pátio do Detran, situado na Rua Bom Pastor, 1222, bairro das Quintas (antiga garagem da viação Guanabara), em Natal (lotes de 01 a 224), e das 8h às 12h, no 10º Batalhão de Polícia Militar, localizado na Rua João Celso Filho, na cidade de Assú/RN (lotes 225 a 274).

Para participar do leilão o cidadão deve se cadastrar bastando comparecer ao local do evento levando a documentação exigida, sendo pessoal física, deve apresentar RG, CPF e comprovante de residência, e sendo pessoa jurídica, o contrato social e CNPJ da empresa. A participação também pode ser feita de forma online, bastando que o interessado tenha seu cadastro validado antes de iniciar o leilão, devendo ainda obedecer às exigências cadastrais especificadas no endereço eletrônico: http://www.lancecertoleiloes.com.br/cadastro.

O candidato que for responsável pelo arremate de qualquer bem deve assinar um comprovante de arrematação contendo número, valor e descrição do lote, como também efetuar o pagamento de sinal correspondente a 20% do valor do lote adquirido e após a data do pregão, em até três dias úteis, concluir a compra quitando os 80% que restarão. O custo de cada lote arrematado deve ser acrescido de 5%, referente à comissão do leiloeiro, além de 0,90% de ICMS, se o veículo for de circulação, ou 18% se o lote for destinado à sucata.

Deverá o arrematante custear ainda licenciamento, IPVA, Seguro DPVAT, tudo que envolva a transferência de propriedade, mudança de município, referente ao exercício de 2019. Já a sucata, o arrematante tem somente a obrigação de pagar as baixas da sucata e de gravame (caso haja), não pagando nenhuma outra taxa ao Detran. Nesse último caso, a arrematação dos veículos classificados como “Sucata” fica restrita as empresas de desmontagem registradas perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal em que atuar, conforme o Artigo 3º da Lei Nº 12.977, de 20 de maio de 2014.

Outro ponto importante é que os veículos tipo ciclomotores que não estiverem devidamente emplacados somente serão liberados para retirada após o emplacamento, como determina a legislação vigente. Para isso o arrematante deve estar ciente que todas as custas que envolvam esse processo corre por sua conta.

O Edital com todas as informações do leilão, inclusive com a relação completa dos carros e motocicletas com imagem e as especificações de marca, placa, ano de fabricação e valor inicial do bem podem ser conferidas clicando no link: http://www.lancecertoleiloes.com.br/leilao/250419VE

Todos os lotes postos a leilão estão a mais de 60 dias retidos no pátio do Detran e de acordo com a lei 13.160, os veículos apreendidos que não forem reclamados em um prazo de 60 dias contados a partir do recolhimento podem ser objeto de leilão.

NOVO Notícias

LEI ROUANET: Artistas e produtores analisam mudanças

Artistas, produtores e representantes de entidades culturais se manifestaram hoje (24) sobre as mudanças promovidas pelo governo federal na Lei Federal de Incentivo à Cultura, antes conhecida como Lei Rouanet. As medidas alteram os limites de projetos financiados, a distribuição geográfica dos recursos e criam exceções para algumas categorias de incentivos. As novas regras estão publicadas no Diário Oficial da União de hoje (24)

As novas regras foram antecipadas pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada e anunciadas pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, ontem (22). O teto dos projetos financiados foi reduzido de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. O máximo que uma empresa pode financiar na modalidade incentivada cai de R$ 60 milhões para R$ 10 milhões. A norma passará a ser chamada pelo seu nome, Lei de Incentivo à Cultura.

As mudanças preveem um foco maior nos estados para além do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Foram introduzidas novas exigências, como a ampliação do percentual de ingressos gratuitos, que deverão ser assegurados entre 20% e 40%. Terão tratamento especial tipos específicos de incentivo, como para projetos envolvendo patrimônio tombado, construções de teatro e cinemas em cidades pequenas e planos anuais de museus e orquestras.

A representante do Brasil no Comitê Internacional de Museus (ICOM – Brasil), Renata Motta, destaca a importância de terem sido excluídos do limite projetos de restauro de patrimônios tombados e planos anuais de museus. Essa exceção pode assegurar a recuperação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e o Museu do Ipiranga, em São Paulo.

Mas ela pontua que pode haver impactos em exposições montadas fora dos planos anuais dos museus. “Há empresas que atuam há muito tempo e que realizaram mostras muito importantes em espaços como o CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil], como a sobre o pintor Paul Klee”, exemplifica Renata Motta.

Descentralização

Em entrevista à Agência Brasil, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Glaucia Campregher, que atua na área de economia da cultura, destaca que a descentralização é importante e que o foco em outros estados distintos do Rio de Janeiro e de São Paulo é um propósito relevante, assim como a redução dos limites. Mas ela pondera que há ainda muita desinformação sobre a lei, com a ilusão de que o mecanismo funciona com o repasse de dinheiro pelo governo a artistas.

A acadêmica lembra que o incentivo opera de outra forma, com o Executivo habilitando projetos que vão ser financiados ou não pelas empresas, que decidem no fim onde os recursos vão ser alocados. Por isso, as novas regras ainda dependem de como as empresas vão atuar na prática. “Temos que ver como é que vão ser os comitês de avaliação dos projetos, como empresas vão reagir a isso, como é que vai ‘pegar’.”

Empregos

Na opinião da produtora cultural Andreia Alves (responsável por espetáculos de renome como o sobre Elza Soares), as mudanças poderiam ter sido precedidas de um diálogo maior com o setor cultural para avaliar os impactos, que podem comprometer postos de trabalho. Segundo ela, a cadeia produtiva da cultura emprega atualmente cerca de 1 milhão de pessoas no país.

“Acho que faltou uma discussão qualificada antes de tomar essa resolução. Principalmente com relação ao que vai ser afetado com essa redução drástica do teto, de ser R$ 1 milhão por projeto, a gente está falando de redução de empregos drástica de um setor que emprega muito”, sublinha a produtora.

Outros mecanismos

Para o secretário de Cultura do Ceará e presidente do Fórum de Dirigentes Estaduais de Cultura, Fabiano Piúba, a alteração pode dificultar projetos com orçamentos maiores do que R$ 1 milhão. Mas, em sua opinião, a discussão para o problema da centralização geográfica do financiamento da cultura passa também pelo fortalecimento do Fundo Nacional de Cultura (FNC), formado por verbas do Tesouro Nacional e de loterias.

“A gente está num pedaço do debate. A questão substancial da democratização do acesso e da desconcentração de recursos é o fortalecimento do Fundo Nacional de Cultura. É isso que o fórum defende. Este é o instrumento mais adequado para que os recursos possam chegar aos estados e municípios. E faltam recursos para este instrumento”, analisa Piúba.

O diretor da Associação de Produtores de Teatro (APTR), Eduardo Barata, também destaca a importância do fundo. Para ele, o instrumento mais adequado para a política pública de desconcentração do financiamento da cultura seria o FNC.

“O Fundo Nacional de Cultura foi criado para essa função, desconcentrar, apostar na inovação e atender a regiões que não serão contempladas no mecenato”, avalia.

EBC

RN fecha 5.468 vagas de emprego no primeiro trimestre de 2019

O Rio Grande do Norte fechou 2.033 vagas de empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia. No acumulado do primeiro trimestre de 2019, foram fechados 5.468 postos de trabalho formal no estado.

Esse saldo negativo representa a diferença entre as contratações (10.236) e as de demissões (12.269) do mês. No acumulado de janeiro a março, foram 34.742 contratações contra 40.210 demissões.

Apesar de o saldo negativo ser comum em março, no estado, esse foi o pior resultado registrado desde 2016, quando se fecharam 2.383 vagas no mesmo mês. Em 2017, o saldo foi de -569 e em 2018, -437.

O setor da economia potiguar que mais fechou vagas foi o da Agropecuária, com redução de 1.593 postos de trabalho no mês passado. Depois dele, veio a Construção Civil, com queda de 401 empregos, Comércio (-65) e Serviços (-59).

Setores como o de Serviços Industriais de Utilidade Pública, a Indústria de Transformação e a Extrativa Mineral foram os que tiveram saldo positivo, com 64, 17, e 4 novos postos, respectivamente.

Veja os saldos de emprego no trimestre, por setor

  • Extrativa Mineral: -159
  • Indústria de Transformação: -1.012
  • Serviços Industriais de Utilidade Pública: 77
  • Construção Civil: -478
  • Serviços: 2.065
  • Administração Pública: -30
  • Agropecuária: -4.744
  • Total: -5468

Municípios

Os municípios que mais demitiram, no trimestre, foram Mossoró e Apodi, na região Oeste. Neles se concentra o setor de fruticultura irrigada, responsável por grande parte dos empregos ligados à agropecuária potiguar.

Mossoró registrou saldo negativo de 1.698 vagas e Apodi, -1051. Eles foram seguidos por São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital, que teve queda de 291 postos. Na região Seridó, Caicó fechou 106 vagas.

Em contrapartida, Parnamirim abriu 436 novos postos. Já a capital Natal teve um saldo positivo de apenas 3 vagas no ano, após fechar 512 empregos no mês passado.

Brasil

O estado seguiu uma tendência nacional e regional. Em todo o país, foram fechados 43.196 vagas de emprego com carteira assinada, em março. E a região que mais registrou demissões foi justamente o Nordeste, que teve saldo negativo de 23.728 vagas de trabalho.

Esse foi o primeiro resultado negativo, nacionalmente, em três meses. A última vez que o Brasil havia registrado mais demissões que contratações foi em dezembro do ano passado, com o fechamento de 341.621 postos de carteira assinada.

O resultado surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que estimavam nova abertura de vagas no mês passado.

Esse também foi o pior saldo, para meses de março, desde 2017 – quando 62.624 trabalhadores foram demitidos. No mesmo mês do ano passado, foram registradas 56.151 contratações.

O governo informou ainda que, das 27 unidades federativas, 19 tiveram saldo negativo em março.

Os maiores saldos positivos de emprego ocorreram em Minas Gerais (+5.163), Goiás (+2.712) e Bahia (+2.569 vagas).

Já os maiores volumes de demissões foram registrados em Alagoas (-9.636), São Paulo (-8.007) e Rio de Janeiro (-6.986).

G1 RN

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