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Barragem se rompe em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, em MG

Uma barragem se rompeu na tarde desta sexta-feira (25) em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Militares do Corpo de Bombeiros com o apoio da Polícia Militar, incluindo dois helicópteros, estão empenhados para atender a ocorrência. Ainda não há confirmação sobre vítimas.

A Vale confirmou o rompimento da barragem na Mina Feijão. Segundo a empresa, as primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale informou ainda que ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragem.

A RecordTV Minas flagrou o momento que uma vítima, que teria fraturado a perna, foi resgatada pelo helicóptero do Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar em auxílio a Defesa Civil de Brumadinho faz a evacuação das casas às margens do Rio Paraopeba, atingindo pelos rejeitos da barragem. A ponte que dá acesso ao centro da cidade, que passa pelo rio, também foi interditada.

O governo de Minas Gerais anunciou que uma força-tarefa está no local para acompanhar as primeiras medidas e designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações.

R7

Em quatro anos, número de carros no RN cresceu 12,9%

No período de 2014 a 2018, o Rio Grande do Norte teve um aumento de 12,9% no número de automóveis em circulação. A alta significa 291 mil veículos inseridos no estado. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Trânsito do RN (Detran).

Segundo as estatísticas, em 2014, o número de automóveis no estado chegou à marca de um milhão, enquanto no ano passado, foram registrados cerca de 1,29 milhões de veículos no sistema de informações do Detran.

Sendo assim, a média de pessoas por cada carro no RN é de 2,9, tendo como base a população estimada do RN (3.479.010 pessoas) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o Detran, no ano de 2018 foram registrados 43.429 novos veículos, com zero quilômetros de circulação. Em comparação com 2017, a alta foi de apenas 0,1% nos veículos novos.

Natal continua no topo da lista quando comparada com os demais municípios do estado, alcançando a soma de 407 mil veículos, o que corresponde a 31,55% de toda a frota automotiva do RN. Mossoró vem na vice-liderança, com quase 163 mil e logo em seguida se apresenta Parnamirim, somando mais de 104 mil veículos.

Justiça do RN determina bloqueio de R$ 6,3 milhões do ex-governador Robinson Faria

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou a indisponibilidade de bens do ex-governador do estado, Robinson Faria (PSD), com bloqueio de R$ 6,3 milhões em contas bancárias, além de carros e imóveis. A decisão tomada após pedido do Ministério Público é do juiz Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, dentro da ação aberta após a Operação Dama de Espadas – que investigou desvio de recursos na Assembleia Legislativa do RN.

Na ação civil, o Ministério Público denunciou Robinson Faria por inserir servidores fantasmas na folha de pagamento da Assembleia, na época em que era deputado e que foi presidente da Casa, entre 2006 a 2015. A Operação Dama de Espadas, que apura os desvios, foi deflagrada em 2015 e conta com delação premiada de ex-servidores da Casa.

De acordo com a denúncia, Robinson inseriu pessoas na folha da ALRN de forma fraudulenta utilizando os “cofres públicos para remunerar pessoas à sua exclusiva disposição, seja em atividades eminentemente particulares, seja na prestação de serviços de cunho eleitoral, e patrocinar a velha e antidemocrática política demanutenção de ‘curral eleitoral’, por meio da compra ‘parcelada’ de apoios políticos”.

O valor bloqueado seria referente ao valor desviado dos cofres públicos no período.

G1 RN

Está tudo certo para a cirurgia de Bolsonaro, diz médico

Está “tudo certo” para a cirurgia do presidente Jair Bolsonaro, na segunda-feira, 28, afirmou ao Broadcast Político, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, o cirurgião Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, que vai comandar a equipe que realizará o procedimento para retirada da bolsa de colostomia, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

A cirurgia, de acordo com o médico, será realizada pela manhã. Procedimentos como esse levam de três a quatro horas, afirmou. No domingo, 27, Bolsonaro viaja à capital paulista para exames pré-operatórios. “Está tudo bem com ele, está tudo perfeito com ele. Ele está muito bem”, relatou o cirurgião.

Três cirurgiões, dois anestesistas e uma instrumentadora irão executar o procedimento. Ao lado de Macedo, estarão responsáveis pela cirurgia outros dois gastroenterologistas: os médicos Julio Gozani e Rodolfo Di Dario.

O período de recuperação, declarou Macedo, só será possível prever após o procedimento. “Quando terminarmos a cirurgia, podemos emitir um boletim e explicar quantos dias demora a recuperação. Depende muito, não tem nada previsível”, disse.

Estadão Conteúdo

Detran-RN aponta leve alta no número de emplacamentos de veículos zero km

Durante o ano de 2018 a frota de veículos zero quilômetro do Rio Grande do Norte contou com um acréscimo de 43.429 automóveis. Os dados levantados pelo setor de Estatística do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) mostram que a quantidade de emplacamentos de novos veículos teve uma leve alta em relação ao ano de 2017, contabilizando um aumento de 0,1%.

Em tabela comparativa, o relatório mostra que dos 12 meses de 2018 em dez deles a quantidade de emplacamentos de veículos zero quilômetro foi menor do que no ano anterior, porém a retomada aconteceu nos meses de outubro e novembro, quando a evolução dos processos de emplacamento subiu de maneira significativa quando comparado aos mesmos meses do ano anterior, alcançando índices de 12% e 16%, respectivamente.

Nessa situação, as informações estatísticas mostram que a frota de veículos do Rio Grande do Norte vem num crescente a cada ano. Em meados de 2014 a quantidade de automóveis em circulação no estado bateu a marca de um milhão e agora em janeiro de 2019 o dado atual aponta para 1.290.800 veículos cadastrados no sistema de informações do Detran. Foram quase 291 mil automóveis inseridos no estado em quatro anos e meio.

Natal continua no topo da lista quando comparada com os demais municípios do Estado, alcançando a soma de 407 mil veículos, o que corresponde a 31,55% de toda a frota automotiva do RN. Mossoró vem na vice-liderança com quase 163 mil e logo em seguida se apresenta Parnamirim somando mais de 104 mil veículos.

Estudantes transgêneros e travestis podem usar nome social nas escolas do RN

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte publicou nesta sexta-feira (25), no Diário Oficial do Estado, uma portaria sobre uso de nome social de alunos trangêneros e travestis nas escolas das redes pública e privada do estado. O documento homologa um parecer aprovado pelo Conselho Estadual de Educação em outubro do ano passado.

O Ministério da Educação já havia homologado resolução nacional em janeiro do ano passado. A partir de agora, conforme o documento, os alunos trangêneros podem solicitar o uso de nome social – aquele diferente do nome do registro de nascimento e que se enquadra na sua identidade de gênero – nas instituições de ensino.

Esse dado também deverá compor os registros administrativos não apenas dos estudantes, como também dos profissionais de educação.

Quem pode requerer:

  • Os estudantes maiores de 18 anos;
  • Menores de 18 anos e maiores de 16 anos, assistidos pelos pais;
  • Menores de 16 anos, desde que representados pelos pais e mediante avaliação de múltiplos profissionais (da área pedagógica, social e psicológica).

“Na contemporaneidade, a luta do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (LGBTI) pelo reconhecimento de seus direitos, dentro de uma sociedade democrática e plural, na qual as pessoas se respeitem a partir de princípios humanos e fraternos, deve passar obrigatoriamente pela escola, quer na sua parte informativa e formativa, quer na vivência construtiva do que a sociedade, muitas vezes preconceituosa, chama de diferente”, afirma o relatório do Conselho Estadual de Educação, aprovado em outubro do ano passado.

“A escola deve ser a casa da acolhida e se assim não o for, não será escola na acepção da palavra. Este é um dos desafios do tempo presente. Não é fácil lidar com os conflitos e os sentimentos na formação de pessoas, para que estas se sintam valorizadas e atuantes no meio em que vivem. Esta é a missão”, complementa o documento.

O relatório assinado pelo conselheiro Luiz Eduardo Brandão Suassuna lembra que as normas já foram estabelecidas por resolução do Conselho Nacional de Educação, em 2018, entretanto, considera que é preciso que haja orientação para que a lei seja aplicada.

Por isso, o relatório ainda aponta que as escolas devem promover algumas atividades, como:

  1. Palestras e estudos com a equipe pedagógica e professores sobre os pareceres e resoluções que tratam sobre o tema.
  2. Construção de propostas curriculares e projetos pedagógicos levando em conta as diretrizes desses documentos.
  3. Estabelecimento nos regimentos escolares, na parte referente à matrícula, da maneira como será feita a escrituração escolar do nome social dos travestis e transexuais.
G1

Justiça determina indisponibilidade de bens da ex-governadora Rosalba Ciarlini, Associação Marca e 24 pessoas

O juiz Eduardo Pinheiro, convocado pelo Tribunal de Justiça do RN, deferiu pedido do Ministério Público Estadual e decretou a indisponibilidade dos bens, de forma solidária, da ex-governadora e atual prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini; do ex-secretário estadual de Saúde Pública, Domício Arruda; da Associação Marca e de outras 23 pessoas físicas ou jurídicas que são partes no processo.

A indisponibilidade inclui bens imóveis, veículos automotores, aeronaves, embarcações aquáticas e ativos financeiros, até o montante de R$ 11.827.563,84, valor apontado pelo Corpo Técnico do TCE/RN, conforme Informação n.º 326/2013-DAD, da Diretoria de Controle Externo da Corte de Contas.

O MP Estadual moveu recurso de Agravo de Instrumento junto ao TJRN contra decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal que indeferiu pedido de indisponibilidade de bens dos demandados em Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa em tramitação naquela unidade.

Segundo o Ministério Público, os demandados são responsáveis por desvios de dinheiro público no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, mediante a realização de termo de parceria com a Associação Marca para administração do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia.

Para o MP, a indisponibilidade é necessária como garantia à perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos agravados e para assegurar o pagamento das multas eventualmente cominadas a título de sanção pela prática do ato ímprobo e o ressarcimento dos danos suportados pelo erário.

Por outro lado, o Juízo da 1ª Instância indeferiu o pedido de indisponibilidade, sob o entendimento da ausência de demonstração de atos de dilapidação ou na sua iminência, bem como na impossibilidade de identificar com clareza o valor a ser ressarcido, eventualmente, em caso de procedência do pedido.

Decisão

Em sua decisão, o juiz convocado Eduardo Pinheiro considera que “a indisponibilidade, na verdade, representa a garantia de futura recomposição do patrimônio público, violado pela conduta do agente ímprobo. Sua concessão está condicionada à demonstração de indícios de responsabilidade da prática de ato de improbidade, visto que o perigo em esperar pelo julgamento final, em mencionados casos, é presumido”.

O magistrado faz referência à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para entender que a decretação da indisponibilidade não está condicionada à comprovação de dilapidação efetiva ou iminente de patrimônio, porquanto visa, justamente, a evitar dilapidação patrimonial.

Eduardo Pinheiro destaca que a decisão de 1ª Grau reconheceu a presença de indícios da prática de atos de improbidade e que as condutas de cada agente que importaram, em tese, na prática de atos ímprobos, estão fortemente presentes na petição do Ministério Público.

“No caso em análise, presumido o dano ao erário e reconhecidos os indícios da prática de ato de improbidade desde a decisão proferida na primeira instância, a decretação da indisponibilidade de bens é medida que ultrapassa os limites da recomendação ou mera precaução, impõe-se, e assim deve permanecer até o fim da instrução do processo, de modo a assegurar o ressarcimento ao erário por qualquer um dos Agravados, limitando-se a medida constritiva ao valor inicialmente apontado nos autos”, decidiu o juiz convocado pelo TJRN.

(Agravo de Instrumento nº 0807066-39.2018.8.20.0000)
TJRN

Número de pessoas superendividadas no Brasil chega a 30 milhões

Cerca de 30 milhões de brasileiros não conseguem mais pagar suas dívidas, segundo dados do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Chamados de superendividados, os indivíduos deste grupo representam 15% da população brasileira e metade do número de pessoas inadimplentes no país, que, segundo o SPC Brasil, fechou 2018 com 62,6 milhões de CPFs negativados.

Ainda de acordo com uma pesquisa do SPC, 36% da população não controla a vida financeira, e as desculpas mais usadas são de que os cálculos podem ser feitos de cabeça, têm preguiça, falta de tempo e falta de disciplina para administrar as finanças.

Nesse grupo de superendividados está a secretária Márcia*. Ao ficar desempregada, ela viu as contas se acumularem e virarem um grande problema na sua vida. Hoje, tem uma dívida de mais de R$ 30 mil que compromete sua rotina.

Márcia trabalhava em uma empresa e teve um problema de saúde que causou o seu afastamento pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por um ano. Assim que voltou ao emprego, foi demitida e passou a usar o cartão de crédito para pagar contas básicas, como compras de mercado.

Hoje, tem pelo menos R$ 3.000 em dívidas com dois bancos, deve R$ 20 mil de condomínio e R$ 8 mil de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

“Eu ainda estou devendo. Quando tocava o interfone, eu achava que era um oficial de Justiça. Isso prejudicou muito mais a minha saúde”, conta, afirmando que procurou ajuda psiquiátrica para conseguir lidar com a situação. Márcia chegou a receber intimações judiciais, além de ligações e e-mails cobrando o pagamento das dívidas em atraso.

Atualmente, a secretária paga as contas básicas sempre com 30 dias de atraso, mas não mais do que isso. Ela conta que hoje não tem mais gastos para cortar, já que possui apenas internet, água, luz, gás e telefone.

Pressão para pagar

“A pressão que existe para você pagar é a pior coisa. Eu não atendo telefone que eu não conheço. Tem hora que até desligo. Eu tive que mudar de e-mail, porque era um tal de gente mandando coisa de cobrança”, conta. “Passei muita noite em claro [pensando nas dívidas], mas não resolve”, afirma Márcia, que alega não perder o otimismo mesmo frente às dificuldades.

O superendividamento pode ter duas definições, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo ela, ele ocorre quando a dívida da pessoa é superior ao seu salário e quando as dívidas começam a prejudicar o orçamento e a vida da família.

Já a professora de economia comportamental da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e planejadora financeira Paula Sauer afirma que existem dois tipos de superendividados: o ativo e o passivo. O primeiro é aquele que consome além das possibilidades do seu orçamento, enquanto o segundo se endivida por causa de imprevistos da vida, como desemprego, redução de salário e doenças.

Para Paula, é importante entender que nem todo endividado é irresponsável e acumula dívidas por falta de controle com as finanças. A professora da ESPM diz que tanto o ativo como passivo têm em comum o excesso de otimismo, assim como ocorre com a secretparia Márcia. “Eles têm sempre a sensação de que aquilo é uma situação temporária, de que vai melhorar, e acabam por minimizar o risco na hora em que pegam o empréstimo, pois acham que vai se solucionar muito rápido”, explica.

O histórico familiar também é um ponto que influencia o comportamento de cada um com o dinheiro. “De uma maneira geral, a gente vai aprender a lidar com dinheiro com a família de origem — pai e mãe ou quem representa esse núcleo. A gente não senta e ensina sobre finanças”, afirma.

Paula diz que o dinheiro compra muito mais do que bens e serviços e, por isso, está diretamente ligado com as emoções dos brasileiros. “O dinheiro é muito simbólico. Compra o sucesso, as amizades, deixa você participar de eventos de que não participaria sem ele.”

O endividamento, nesse cenário, muitas vezes acontece para que a pessoa não tenha que mudar o padrão de vida e não mostrar para os outros que está passando por dificuldades. Segundo Paula, aceitar a redução do padrão de vida gera o sentimento de fracasso e de dor. “As pessoas se endividam para não ter essa sensação.”

Crise e falta de educação financeira

Marcela diz que a crise econômica e a falta de educação financeira também são dois fatores que levam ao superendividamento dos brasileiros. “O brasileiro tem dois problemas. Um é a crise economia, que pegou todo o mundo, não teve quem não sofresse. Mas tem um segundo ponto que independe do tempo. O brasileiro não tem educação financeira e não coloca a vida financeira como prioridade”, afirma.

Segundo ela, se houvesse mais planejamento por parte de todos, a crise demoraria mais para impactar no bolso dos brasileiros, que conseguiriam se virar por um pouco mais de tempo, mesmo desempregados. A falta de educação financeira e o acesso a crédito pioram ainda mais a situação.

Marcela diz que uma pesquisa do SPC mostra que houve uma melhora na quantidade de brasileiros que pouparam para pagar as contas do começo de 2019 — passou de 21% em 2018 para 31% em 2019. No entanto, receia que a melhora seja pontual. “As estratégias foram de curto prazo, como pesquisar mais, trocar marca. Quando a gente fala de aposentadoria, reserva para imprevisto, esse tipo de coisa não teve mudança. Meu medo é que, quando você muda só um pedaço da estratégia, não tenha havido uma conscientização de fato.”

O coordenador do MBA de gestão financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas) Ricardo Teixeira diz que, por causa da crise, muitas pessoas que tinham condições de arcar com as dívidas perderam esse poder e ficaram superendividadas. A crise, segundo ele, também desestruturou o planejamento de famílias, que passaram a ganhar menos do que precisavam para se manter.

De acordo com o Banco Central, algumas causas para o superendividamento são “situações inesperadas ou de força maior, tais como a perda de emprego, uma doença em pessoa da família; a morte de cônjuge, divórcio e salários atrasados.Também há situações que envolvem um comportamento ou uma avaliação equivocada, tais como consumo irresponsável, má avaliação do orçamento doméstico (gastar mais do que ganha), contratação de crédito caro etc”.

Os superendividados que não souberem por onde começar a resolver seu problema podem procurar o Procon local e Tribunais de Justiça que tenham programa para superendividados, como é o caso de Brasília.

Caso haja cobrança abusiva de juros ou outros problemas legais, é possível procurar a Justiça. Para não fazer novas dívidas com advogados, Marcela orienta que a pessoa procure escritórios modelo de faculdades, em busca de aconselhamento gratuito.

Como lidar com as dívidas

A economista-chefe do SPC diz que o primeiro passo para todo endividado é analisar se a dívida é, de fato, importante. Marcela exemplifica citando um carro: a pessoa precisa decidir se é melhor devolver o veículo e acabar com as pendências. No caso de motoristas de aplicativo, por exemplo, o bem é um instrumento de trabalho e, por isso, será preciso encontrar outras formas de arcar com a dívida.

Quando a dívida vem de um empréstimo, a alternativa é fazer um ajuste no padrão de vida, já que não há como “devolver” o empréstimo ao credor. “Isso é sacrificante, mas o padrão de vida vai ter que caber no que sobra no orçamento”, afirma.

Para Marcela, o ideal é priorizar as dívidas atrasadas, que geralmente possuem taxas de juros. O endividado precisa sentar e anotar todos os gastos para entender o que pode ser redirecionado para o pagamento da dívida.

“Tem que ser muito frio nessa hora para achar dinheiro”, afirma. Marcela diz, por exemplo, que uma família que possui pacote de TV paga, mas não usa todos os canais, pode cancelar o serviço ou reduzir o pacote para pagar menos. O dinheiro da diferença pode ser redirecionado para a dívida.

O corte de gastos pode trazer tristeza e preocupação para os superendividados. Mas, segundo Paula, o mais importante é entender o que é essencial e supérfluo para aquela pessoa. É importante que ela mantenha as atividades que não conseguiria viver sem.

Depois de realizar a análise das contas, é o momento de se encontrar com o credor para renegociar a dívida. Se tentar renegociar sem entender seus gastos, a chance de não conseguir arcar com o compromisso de novo é grande.

Teixeira afirma que ser sincero com o credor é muito importante. “Você precisa ser transparente e verdadeiro. Não adianta aceitar uma negociação que não cabe no bolso e tentar esticá-la demais. É um ganha-ganha”, afirma.

Além disso, guardar as contas é importante tanto quando é preciso acionar a Justiça quanto para entender qual o gatilho que gerou o endividamento. “Mais do que pagar a dívida, preciso saber por que eu entrei no looping de endividamento e não entrar mais. As contas antigas vão te contar uma história. Você não quer ver, mas vai te mostrar por que você gastou mais [do que podia].

Dívidas para priorizar

Marcela indica que existem dois tipos de dívidas que devem ser priorizadas: aquelas põem em risco serviços básicos, como água e luz, e as que possuem altas taxas de juros.

Além de analisar as contas e renegociar a dívida, é preciso acabar com o acesso a novas dívidas. “O superendividado acaba pedalando na dívida dele e vai todo mês piorando a situação. Cortar o acesso ao cheque especial e ao cartão de crédito para evitar tapar o buraco de ontem e abrir um maior ainda amanhã”, afirma.

Hoje, a taxa de juros do cheque especial e do cartão de crédito são algumas das mais altas do mercado – 305,7% e 255,6%, respectivamente, segundo os dados do Banco Central divulgados em dezembro de 2018. Para acabar com o acesso, o endividado deve solicitar o cancelamento destes serviços em uma agência bancária.

Para Teixeira, além de analisar as taxas de juros das dívidas, é importante priorizar aquelas que o endividado vai conseguir se livrar logo. “Você vai querer quitar os compromissos com taxas mais elevadas e que você consegue quitar no curto e médio prazo [mais baratas]”, afirma.

Fique atento!

Marcela, por sua vez, afirma que, no momento do desespero, pessoas procuram ajudas “milagrosas”, que prometem limpar o nome e acabar com a dívida sem ter que pagá-la. “Se você fez a dívida, é difícil que a alguém faça milagre. Muita gente acaba caindo no golpe e gasta dinheiro adicional”, alerta.

* O nome foi trocado para preservar a identidade da entrevistada.

R7

Lava Jato: Ex-governador do Paraná, Beto Richa é preso preventivamente

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso em casa, em Curitiba, por volta das 7h desta sexta-feira (25), de acordo com a Justiça Federal. A investigação que originou o mandado de prisão apura supostos crimes na concessão de rodovias do estado. É a segunda vez que o tucano é detido.

A prisão é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Dirceu Pupo Ferreira, contador da ex-primeira dama Fernanda Richa, é outro alvo de prisão preventiva. De acordo com fontes do G1 Paraná, ele também foi preso.

Na decisão, o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, justificou a prisão alegando que Richa e Pupo tentaram influenciar os depoimentos de testemunhas da investigação.

“Ficou comprovado o empenho dos investigados em influir na prova a ser produzida, destacando episódio de turbação/obstrução da investigação, no contexto em que Dirceu Pupo Ferreira tentou convencer uma testemunha a alterar a verdade sobre fatos da investigação acerca do patrimônio da família Richa”, diz trecho do despacho. Os pedidos de prisões foram feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) em um desdobramento da Operação Integração – que foi uma fase da Lava Jato, que investigou a concessão de rodovias no Paraná.

Beto Richa e Dirceu Pupo Ferreira foram presos por policiais federais. Os dois foram levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF), em na capital paranaense.

O ex-governador é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A defesa de Beto Richa disse que ainda não teve acesso ao processo e, por isso, não vai se manifestar. O G1 tenta localizar o advogado de Dirceu Pupo Ferreira.

Bolsonaro desembarca em Brasília após viagem de quatro dias à Suíça

Após passar os últimos quatro dias na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro desembarcou na Base Aérea de Brasília pouco depois das 6h da manhã desta sexta-feira (24).

Na primeira viagem internacional como presidente da República, Bolsonaro participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Durante a participação no fórum, Bolsonaro afirmou que quer “abrir” a economia brasileira e atrair investidores estrangeiros para o país.

Bolsonaro disse, ainda, que quer tornar o Brasil um dos 50 melhores países para investimentos –atualmente, o Brasil está em 109º lugar, conforme relatório do Banco Mundial.

Enquanto o presidente esteve na viagem, o vice, Hamilton Mourão, comandou o país. Nos últimos quatro dias, Mourão foi a eventos, concedeu entrevistas coletivas à imprensa e assinou medidas de governo.

Agenda desta sexta
De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro prevista para esta sexta, divulgada pela Secretaria de Comunicação, o presidente terá os seguintes compromissos:

  • 10h: Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil;
  • 14h: Fernando Azevedo, ministro da Defesa;
  • 15h: Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo;
  • 15h30: Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, e Marcos Rocha, governador de Rondônia.
G1

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