Volta de impostos, alta do ICMS e do mínimo elevam preço do GLP

Foto: Adriano Abreu

O retorno de impostos federais PIS/Cofins sobre combustíveis, o reajuste do salário-mínimo e o aumento do ICMS sobre o Gás Liquefeto de Petróleo (GLP) vão elevar o preço do botijão de gás em até R$ 5, segundo informações do Sindicato dos Revendedores de Gás no Rio Grande do Norte (Singás-RN). O novo valor do gás de cozinha deve sair de R$ 100 para R$ 105, em média, a partir da próxima quinta-feira (1º de fevereiro).

A não continuidade da desoneração do PIS/Cofins, iniciada no Governo Bolsonaro, acaba gerando um aumento em cadeia, sendo o GLP um dos produtos mais impactados. Isso porque, com o retorno do imposto federal em cima do óleo diesel, o frete acaba encarecendo, sendo o valor repassado para os produtos transportados.

De acordo com o presidente do Singás-RN, Francisco Corrêa, os três motivos listados justificam o reajuste a ser repassado pelos consumidores. O empresário explica ainda que os preços podem variar em nas regiões do Estado e municípios, uma vez que há custos diferentes para cada empregador.

“Se o revendedor compra um gás que vem de Suape, quando ele entra em Canguaretama, o frete é um, em Parnamirim é outro. Por isso tem essa variação de preço. Se o revendedor compra vindo de Fortaleza, em Mossoró é um preço, em Assu é outro. Cerca de 90% do nosso gás é comprado em Pernambuco e em Fortaleza, então com o aumento do diesel aumenta os custos”, aponta Francisco Corrêa. Hoje, segundo o Singás-RN, aproximadamente 650 mil botijões de gás são vendidos por mês no Rio Grande do Norte. O setor emprega cerca de 30 mil pessoas diretamente em cerca de 900 revendedores.

O reajuste de ICMS citado pelo Singás é o que foi definido pelo Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz), que aprovou reajuste na alíquota de ICMS de R$ 1,25 por quilo para R$ 1,41. Além do GLP, também tiveram reajustes a gasolina e o óleo diesel.

“As atualizações consideraram o período que se estende desde que a base de incidência dos combustíveis foi tornada fixa em novembro de 2021, quando os estados consolidaram o valor do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) como forma de mitigar a instabilidade do impacto da então política de preços praticada pela Petrobras, que flutuava recorrentemente o valor dos combustíveis ao consumidor em vista da volatilidade internacional dessas commodities”, disse o Comsefaz em nota à época.

Na avaliação do economista Ricardo Valério, integrante do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Norte (Corecon-RN), o aumento terá grande oneração para as famílias e empresários do setor de alimentação.

“Teremos aumento no GLP notadamente provocado pela volta do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, que transporta os botijões, bem como o aumento do salário-mínimo da categoria e o ICMS do produto. Isso deve ter um aumento de 4 a 5% no produto e é um peso substancial para as famílias, tendo em vista que é um bem essencial e de uso diário das famílias, seja por pessoas físicas ou jurídicas. Uma parte do salário mínimo já será levado em função do aumento do gás. As famílias, que dependem do vale-gás, vão ser mais valorizadas ainda para poder enfrentar esse aumento”, analisa.

Tribuna do Norte


Últimos Eventos

21/09/2019
São Vicente/RN
03/03/19
Master Leite
06/05/18
Parque Dinissauros - Povoado Sto Antonio (Cobra)
Março 2017
Aero Clube

Mais eventos

Jornal Expresso RN

Baixar edições anteriores

Curta Jean Souza no Facebook

Siga Jean Souza no Instagram

Empresas filiadas

Banners Parceiros

Design por: John Carlos
Programação por: Caio Vidal
© 2021 Direitos Reservados - Jean Souza