Suspeitos de canibalismo no Pernambuco faziam parte de uma “seita contra o crescimento populacional”
A seita Cartel, seguida pelos suspeitos, é anticapitalista e contra o crescimento populacional, disseram eles à polícia. Por isso suas vítimas eram sempre mulheres. Cada assassinato era tido como uma missão. A meta, de acordo com relato de Jorge Beltrão, era para realizar três "missões" por ano, informou o agente investigador José Júnior da Silva.
O caso veio a público depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o seu desaparecimento. Os suspeitos foram localizados pela polícia porque usaram o cartão de crédito da vítima em lojas de Garanhuns e foram rastreados.
Os suspeitos de cometer a barbárie formam um triângulo amoroso composto por um homem e uma mulher de 52 anos, que seriam casados, e uma jovem de 23. Em depoimento à Polícia Civil, eles disseram que usavam carne humana para produzir salgados, que eram vendidos à população e servidos como refeição, inclusive para a criança. Os suspeitos ainda confessaram guardar parte dos corpos das vítimas na geladeira.
O homem suspeito de comandar o trio nos assassinatos fez um livro, ilustrado e registrado em cartório, onde conta detalhes dos crimes e da vida dele. Nas páginas, há informações de que ele era formado em Educação Física e faixa preta em caratê.
A menina foi, segundo a polícia, testemunha dos crimes cometidos na casa. Ela contou à polícia que o pai teria cortado o pescoço das vítimas. Segundo a juíza, foram encontradas duas certidões de nascimento com a criança. “Constam pais diferentes e avós diferentes nas duas certidões. Temos uma certidão que diz que ela é filha do suspeito, outra aponta outro pai”.
A população do Bairro onde foi cometido os crimes se revoltou, invadiram atearam fogo na casa dos acusados.
A polícia acredita que o trio tenha matado pelo menos oito mulheres.