Presidenciáveis privilegiam o Sudeste no cumprimento de agendas em 2013

A região Sudeste foi o principal destino das viagens nacionais feitas em 2013 pelos três prováveis candidatos ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
 

 

 

Com motivações variadas, os deslocamentos para a região, que concentra os maiores colégios eleitorais do País, num total de 60,7 milhões de eleitores, refletem as diferentes estratégias políticas adotadas ao longo do ano e podem indicar os passos de 2014. O levantamento do Estado foi feito a partir das agendas oficiais e registros das assessorias dos três políticos.

Dos três presidenciáveis, Aécio foi o que mais privilegiou a região, apesar de ter sido o que menos viajou entre os prováveis candidatos. Das 45 viagens feitas em 2013, 35 foram para o Sudeste. Em nove dirigiu-se à capital paulista e em outras nove para cidades do interior do Estado – dominado há quase duas décadas pelos tucanos.

O foco em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País, tinha um objetivo claro: ganhar visibilidade entre o eleitorado e vencer a resistência de parte dos correligionários, que preferiam o nome do ex-governador José Serra. No mês passado, Serra anunciou no Facebook seu afastamento da corrida presidencial.

"Em 2013 Aécio precisava confirmar o que ele tinha pretensão de ser (candidato a presidente). Tinha que confirmar o apoio do partido", afirma o deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE). O senador também não descuidou do seu reduto eleitoral: foi 13 vezes a Minas, Estado que governou por duas vezes.

De maneira geral, os encontros com correligionários e lideranças de siglas aliadas dominaram a agenda e ficaram mais frequentes a partir de agosto, quando Aécio já era presidente nacional do PSDB. Em São Paulo, aproveitou também para se apresentar a empresários, ruralistas e ambientalistas. Estratégia parecida com a adotada no Sul, segunda região mais visitada por ele, com quatro viagens.

Mais viagens

Dilma também deu preferência para a região Sudeste, para onde fez 37 das 82 viagens. A presidente, aliás, fechou 2013 com o maior saldo de deslocamentos domésticos da sua gestão – em 2011, foram 69 viagens, ante 50 em 2012.

Só a São Paulo foram 18 visitas da petista: nove delas na capital e quatro em São Bernardo do Campo, cidade do ABC que é o berço político petista. O Estado, que costuma ser mais simpático ao PSDB nas urnas, está entre os que o governo Dilma tem menor aprovação, segundo a última pesquisa realizada pelo Ibope, em dezembro. Apesar de bem avaliada em Minas, Dilma viajou em oito ocasiões para o Estado, também governado pelo PSDB.

Nos últimos dias do ano, a presidente visitou o único Estado da região ao qual não havia ido em 2013, o Espírito Santo, onde sobrevoou áreas que foram atingidas pela chuva.

Em termos de quantidade, o Nordeste foi o segundo principal destino da presidente. Os Estados da região, onde Dilma costuma ser bem avaliada, foram palcos para 23 viagens. A presidente, no entanto, também voltou sua atenção para o Sul, região onde o PT conta com menos simpatia do eleitorado, e para onde Dilma viajou 19 vezes, bem acima das cinco visitas feitas em 2012.

Empresários

Os caminhos escolhidos por Campos lembram os de Dilma e também privilegiaram cidades do Sudeste e, em seguida, do Nordeste. Suas viagens tiveram um objetivo: tornar seu nome mais conhecido entre os eleitores e, principalmente, entre o empresariado. A maratona de 58 deslocamentos de Campos começou ainda nos primeiros meses de 2013 e manteve ritmo intenso durante todo o ano.

Em uma semana de abril, por exemplo, passou quatro dos cinco dias úteis longe de Pernambuco. Recentemente, numa terça-feira de novembro, teve quatro compromissos num mesmo dia na capital paulista. "Mais de 80% das viagens de Campos este ano tiveram como foco a apresentação dele e do sucesso que é o seu governo em Pernambuco", disse o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).

Nesses encontros, Campos costumava seguir o mesmo roteiro. Apontava as conquistas dos governos FHC e Lula, mas apresentava-se como uma nova opção, incorporando a figura do gestor capaz de retomar o crescimento econômico.

Postado por: Eduardo Bezerra / Estadão

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