Pesquisa usa radiação para deixar mosquito estéril
Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, desenvolvem uma técnica que pode trazer bons resultados para o combate à dengue. Por meio de radiação, eles tornam o mosquito transmissor do vírus da doença, o Aedes aegypti, estéril.
Em parceria com a empresa Bioagri, que fica em Charqueada (SP), os pesquisadores jogam radiação na pupab(fase jovem do inseto), tornando o macho estéril. Com uma baixa dosagem de radiação gama, que tem como fonte o Cobalto 60, o inseto macho fica incapaz de fecundar a fêmea. Ao liberar massivamente os mosquitos estéreis (produzidos em laboratório) na natureza, de preferência em localidades onde a infestação é maior, os pesquisadores esperam reduzir a quantidade de machos com capacidade de copular.
A radiação no Aedes aegypti ainda tem a vantagem de se tratar de um método limpo, ao contrário de técnicas nocivas ao meio ambiente, como o uso indiscriminado de inseticidas.
A técnica não será capaz de erradicar totalmente a transmissão da doença, por isso, faz-se importante salientar que a prevenção à dengue deverá ser mantida. Levantamento mais recente do Ministério da Saúde aponta 472.973 casos confirmados da doença de janeiro ao dia 4 de julho no país. No período, foram registradas 154 mortes.