Lojas têm aumento de até 40% na venda ventilador e ar-condicionado

Foto: Magnus Nascimento

As altas temperaturas dos últimos meses fizeram disparar, especialmente de dezembro para cá, as vendas de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado nas lojas da capital potiguar. O incremento, conforme apurado pela reportagem, é de até 40% em lojas do segmento, que esperam que a alta demanda permaneça até março. No Alecrim, lojistas comemoram, de modo particular, a procura por ventiladores. No caso do ar-condicionado, apesar de a busca ser constante, revendedores enfrentam problemas com o estoque, que foi impactado pela baixa na produção provocada pela seca no Amazonas, que afetou a Zona Franca de Manaus, onde os equipamentos são fabricados.

É o caso de uma das lojas de eletrodomésticos localizada na Amaro Barreto. Por lá, as vendas de ventiladores em janeiro saltaram de 20 por semana, para 30, aumento de 50%. Segundo informações repassadas pela gerência do estabelecimento, o calor é a causa da alta procura. Em relação à venda de ar-condicionado, no entanto, a loja informou que a fabricante tem encontrado dificuldade em fornecer o produto há cerca de dois meses, por conta de problemas com insumos.

Em outro estabelecimento na mesma avenida, o aumento nas vendas de ambos os produtos cresceu de 30% a 40%, de acordo com o subgerente José Cláudio. “Temos um aumento de vendas desses equipamentos bem significativo por causa do calor. Mesmo no caso do ar-condicionado, que gera um impacto maior na conta de luz, agora com o modelo econômico, a procura tem sido muito grande”, relata ele, ao pontuar que os bons números devem se manter até depois do Carnaval.

“Acredito que as boas vendas vão continuar depois da folia, como geralmente acontece”, aponta o subgerente. O comerciante Raimundo Rodrigues foi ao Alecrim procurar um ventilador para a loja que ele mantém na praia do Meio, em Natal. “Nesse calor não dá para ficar sem ar-condicionado nem ventilador. Estou pesquisando e já vi alguns preços bons. A conta fica mais alta, mas, mesmo assim, a gente se vira. Eu pago mais caro pela energia, mas sem esses os aparelhos, tem que tomar mais banho. Aí, é a conta de água que sai mais cara. Quero levar um ventilador para o balcão da minha loja”, relatou.

Para quem trabalha exclusivamente com venda de ar-condicionado, o cenário tem sido de alta demanda, mas os impactos da seca que atingiu a Zona Franca de Manaus, no estado do Amazonas, estão provocando reflexos por aqui. Pedro Campos, dono de uma loja de equipamentos de refrigeração em Natal afirma que conseguiu bons negócios nos dois últimos meses por causa do estoque mantido desde até novembro do ano passado.

“O volume de vendas em dezembro e janeiro foi quatro vezes maior do que aquele normalmente registrado ao longo do ano, puxado pela procura por ar-condicionado. Esse tipo de aparelho é responsável por 15% do meu faturamento, mas, somente em janeiro, ele representou quase 75%. Para fevereiro, as vendas só não vão continuar nesse ritmo porque meu estoque não chegará ao final do mês”, descreve Pedro Campos.

Ele cita que as altas temperaturas, bem como os problemas com a fabricação do aparelho, devem manter a procura pelo produto aquecida até a primeira quinzena de março. “A Zona Franca de Manaus ficou parada quase 60 dias por causa da baixa vazão dos rios, que impossibilitava o recebimento de insumos e de saída de produtos, uma vez que o transporte na região é todo feito por via marítima. Isso fez com que a indústria parasse a produção e houve um desabastecimento muito grande”, aponta Campos.

“Com a retomada da produção, as indústrias vão atender aos pedidos mais antigos e por cota, então, a dificuldade dificuldade de abastecimento ainda vai continuar. E aí, temos a situação referente ao excesso de calor no Brasil, que elevou o consumo de ar-condicionado. A procura, historicamente, é maior em dezembro, janeiro e fevereiro, sendo este último o melhor mês entre os três, mas, como eu mencionei, não iremos vender tanto agora porque quase não temos estoque. Mas essa demanda vai continuar alta até a primeira quinzena de março”, finaliza Pedro Campos.

Tribuna do Norte


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