Lojas Renner sofre ataque cibernético

A Lojas Renner, uma das principais varejistas de moda do país, sofreu um ataque cibernético nesta quinta-feira, 19.

O ataque foi confirmado pela empresa em nota enviada à Comissão de Valores Imobiliários. De acordo com a Renner, ele causou “indisponibilidade em parte de seus sistemas e operação”.

O site da marca principal da companhia está fora do ar até agora e não é possível acessar o endereço apresentado para pagamentos on-line, que corresponde à Realize Soluções Financeiras.

O mesmo acontece nos sites da Camicado e da Ashua, do mesmo grupo. Já o portal da marca YouCom parece funcionar normalmente.

Segundo fontes do Baguete, todo o ambiente computacional e de redes da companhia está indisponível desde às 11h50, com os problemas alcançando milhares de servidores. Uma centena de profissionais estaria envolvida no combate ao ataque.

“Perto das 13h não consegui realizar compra na loja física, pois o sistema já estava off. Pane total”, relatou uma usuária do Twitter.

A reportagem do Baguete esteve na unidade da Lojas Renner do Shopping West Plaza, em São Paulo, que só estava aceitando pagamentos em dinheiro. Cartões de débito e crédito estavam fora do ar às 17h. A justificativa dos atendentes é “problemas no sistema”.

Na internet, circulam boatos de que o ataque seria do tipo ransomware e estaria sendo reivindicado pelo grupo RansomEXX, além de um print com a mensagem que os cibercriminosos supostamente enviaram à rede varejista.

“Olá, Lojas Renner S.A.(lojasrenner.com.br)! Primeiramente, isso são apenas negócios e a única coisa em que nós estamos interessados é dinheiro. Seus arquivos foram criptografados. Por favor, não tente modificar ou renomear nenhum arquivo criptografado, porque isso pode resultar uma séria perda de dados e falha na desencriptação”, diz a mensagem.

Procurada pelo Baguete, a Lojas Renner confirmou o ataque cibernético, mas não especificou se trata-se de ransomware. A empresa afirma ter prontamente acionado seus protocolos de controle e segurança para bloquear o ataque e minimizar eventuais impactos.

“Neste momento, a companhia atua de forma diligente e com foco para mitigar os efeitos causados, com a maior parte das operações já restabelecidas e tendo sido verificado que os principais bancos de dados permanecem preservados”, afirmou a varejista em nota.

Segundo a empresa, as lojas físicas não tiveram suas atividades interrompidas em nenhum momento.

“A companhia ressalta ainda que faz uso de tecnologias e padrões rígidos de segurança, e continuará aprimorando sua infraestrutura para incorporar cada vez mais protocolos de proteção de dados e sistemas”, acrescentou a Lojas Renner.

Ainda de acordo com o comunicado, as autoridades competentes devem ser informadas nos próximos dias.

Fundada em 1965, a Lojas Renner S.A. tem mais de 500 lojas em todos os estados brasileiros, além de uma unidade no Uruguai. Entram na conta as marcas Renner, Camicado, Youcom, Ashua e os serviços financeiros. Suas ações estão listadas na B3.

A receita da companhia no segundo trimestre foi de R$ 2,2 bilhões, mostrando recuperação frente ao mesmo período de 2020, quando o fechamento abrupto das lojas fez com que a varejista comercializasse aproximadamente um quarto desse valor.

Os ataques de ransomware têm sido um assunto frequente tanto em empresas quanto em órgãos públicos brasileiros.

Só nos últimos meses, grandes companhias como Accenture, JBS, Grupo Fleury e Grupo Moura foram atacadas, assim como o Ministério da Economia, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, a Eletrobras e a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Baguete


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