Dezenas de imigrantes são achados mortos em caminhão na Áustria
Autoridades forenses isolam caminhão estacionado em estrada da Áustria em que dezenas de imigrantes foram encontrados mortos (Foto: AFP PHOTO / DIETER NAGL)
Dezenas de imigrantes foram encontrados mortos nesta quinta-feira (27) em um caminhão na Áustria, informa a agência France Presse. O veículo, que continha até 50 corpos, foi encontrado em uma área de descanso de uma estrada do estado de Burgenland (leste), disse um porta-voz da polícia, Hans Peter Doskozil.
A polícia local não divulgou o número exato de mortos. Em coletvia de imprensa, um porta-voz disse: “Poderiam ser 20 mortos. Também poderiam ser 40 e poderiam ser 50 pessoas”, disse.
De acordo com o jornal austríaco “Krone”, citado pela Reuters, as indicações iniciais sugerem que eles teriam morrido por sufocamento.
Janos Lazar, chefe de gabinete do premiê húngaro, Viktor Orbán, afirmou que o caminhão encontrado na Áustria tinha placa com número da Hungria e que a polícia dos dois países estão trabalhando juntas para localizar o motorista.
Lazar criticou a União Europeia por não ser capaz de controlar a entrada de migrantes. “Os acontecimentos dos últimos dias… mostraram que a UE é incapaz de defender suas fronteiras”, disse em coletiva de imprensa.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar abalada com o caso. “Estamos comovidos com essa terrível notícia. É uma advertência para nos colocarmos a trabalhar, resolver o problema e demonstrar nossa solidariedade”, declarou, segundo a agência France Presse.
Crise migratória
Dezenas de milhares de refugiados de regiões em crise no Oriente Médio e na África têm tentado chegar à Europa. Países, como a Grécia, a Itália, Macedônia e a Hungria, são obrigados a lidar com a chegada em massa dos migrantes.
A Hungria bateu um novo recorde na entrada de migrantes nesta quarta-feira (26). Segundo a polícia, 3.241 pessoas entraram no país atravessando a fronteira com a Sérvia. A maioria dos refugiados deixou a Síria, o Afeganistão e o Paquistão. Entre eles, estão 700 crianças, segundo a agência France Presse.
