Destruição de tufão nas Filipinas lembra tsunami de 2004, diz ONU

 

 

O tufão Haiyan deixou ao menos dez mil mortos e 2 mil desaparecidos em sua passagem pelas Filipinas, segundo estimativas divulgadas por autoridades locais neste domingo (10), o que o tornaria o desastre natural mais mortífero já registrado no país.

Casas destruídas, postes elétricos derrubados, carros virados e sobreviventes atordoados percorrendo as ruas: a paisagem deixada pela passagem do Haiyan, acompanhado por ventos de até 315 km/h, lembrava a destruição provocada pelo tsunami de 2004 na Ásia.

"Ocorreram grandes destruições (…) A última vez que vi algo parecido foi durante o tsunami no oceano Índico" que deixou 220 mil mortos em 2004, afirmou Sebastian Rhodes Stampa, chefe da equipe da ONU encarregada da gestão de desastres que se encontrava em Tacloban.

No Vietnã, onde o tufão deverá chegar nesta segunda-feira (11), mais de 600 mil pessoas tiveram de deixar suas casas, embora o Haiyan tenha perdido força em sua passagem pelo mar da China Meridional.

 Duas ilhas do centro do arquipélago filipino, Leyte e Samar, que estavam em plena trajetória do Haiyan quando ele atingiu o país, na madrugada da última sexta (08), foram especialmente afetadas.

Em Tacloban, cidade costeira de Leyte, o tufão deixou imagens apocalípticas, com filas de homens, mulheres e crianças andando pelas estradas com o nariz coberto para se proteger do cheiro dos corpos sem vida.

Um homem, Edward Guialbert, perambulava entre os cadáveres para recuperar alimentos em conserva sob os escombros de uma casa. Mais adiante, um açougue que por milagre permaneceu intacto foi saqueado por uma multidão. Um comboio de ajuda da Cruz Vermelha também foi saqueado. As forças de segurança estavam praticamente ausentes.

"Nós nos reunimos com o governador (da província de Leyte) na noite passada e, baseando-nos nas estimativas do governo, há 10 mil vítimas", declarou à imprensa Elmer Soria, funcionário de alto escalão da polícia de Tacloban, a capital da província de Leyte, na ilha de mesmo nome.

 Em Samar, porta de entrada do tufão no país na sexta-feira, foi confirmada a morte de ao menos 300 pessoas na pequena cidade de Basey, e outras 2 mil estão desaparecidas em toda a ilha, indicou Leo Dacaynos, membro do conselho de gestão de catástrofes, à rádio DZBB.

Também foi confirmada a morte de dezenas de pessoas em outras cidades e províncias devastadas pelo supertufão.

Muitas localidades permaneciam incomunicáveis e as autoridades enfrentavam muitas dificuldades para agir devido à magnitude da catástrofe e ao número de vítimas a serem resgatadas.

 

Postado por: Eduardo Bezerra / G1 Mundo

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