Ceia de Natal fica 8,1% mais cara do que em 2012
O brasileiro terá de desembolsar neste Natal, em média, 8,1% a mais para ter os mesmos produtos da ceia de 2012. Segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta de preços é superior aos 5,48% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC).
Como o ano não foi concluído ainda, a inflação foi calculada com base no Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10). O IPC-10 de 2013 foi medido com base em preços coletados entre os dias 11 de dezembro de 2012 a 10 de dezembro de 2013.
Entre os itens que tiveram maior aumento de preços no período estão farinha de trigo (30,56%), batata-inglesa (21,07%), frutas (15,41%), panetone (15,31%), azeite (13,67%), frango (10,28%), lombo suíno (10,07%) e azeitona em conserva (9,5%). Também tiveram alta de preços o pernil suíno (3,44%) e o vinho (3,87%).
Alguns produtos da ceia tiveram queda de preços, o que evitou uma inflação ainda maior, como a cebola (-29,42%), o óleo de soja (-19,39%), o bacalhau (-9,69%) e o arroz (-5,13%).
A FGV também divulgou lista de 22 produtos que costumam ser dados como presentes de Natal. Nesse caso, a inflação ficou abaixo da média registrada pelo IPC: 3,78%. Entre os produtos com maior alta de preços estão bijuterias (14,25%), bicicletas (9,44%), cintos e bolsas (7,14%) e computadores (5,41%).
Retração
As famílias brasileiras estão menos inclinadas a sair às compras no Natal deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias, divulgados nesta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou uma queda de 6,1% em dezembro, em relação a dezembro de 2012, o que diminui a expectativa para as vendas de Natal, apontou a CNC. O aumento no custo do crédito, o menor crescimento da massa real de salários e a inflação mais alta estariam entre as causas da redução na propensão das famílias para as compras.
A venda de bens de consumo duráveis também deve ser prejudicada neste Natal, apontou o indicador. O item que mede o Momento para Duráveis teve um recuo de 11,5% em relação a dezembro do ano passado. Na comparação com novembro, também houve queda, de 1,7% A menor propensão à compra de bens duráveis é explicada pelas dificuldades para a aquisição de empréstimos e ausência de medidas de estímulos, como ocorreu em 2012.