Armas não-letais, vagas de garagem e cursos: segurança da Copa já consumiu R$ 500 milhões

"Estádios versus hospitais e escolas". A discussão que tomou conta do Brasil desde que o país foi escolhido como sede de grandes eventos, e envolveu até Ronaldo Fenômeno, pode ganhar força e novos argumentos para os críticos dos gastos "Padrão Fifa". É o que revelam os contratos assinados pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE), subordinada ao Ministério da Justiça, obtidos por esta reportagem. Os acordos mostram que os gastos federais com os grandes eventos vão muito além de estádios, passando por armamentos, cursos de inglês e vagas de garagem para seus diretores. O governo federal teve um gasto de quase quinhentos milhões de reais ( R$ 484.424.678,32 ) com a secretaria que cuida da segurança dos grandes eventos entre os anos de 2011 (quando foi criada) e 2013.

Mais de setenta milhões (R$ 71.254.343,10) foram comprometidos com a compra de artigos de repressão, tais como bombas de efeito moral, gás de pimenta e cartuchos de balas de borracha, amplamente utilizados nas manifestações recentes do país. Exatos R$ 120.890,40 para que funcionários e diretores da SESGE façam cursos de inglês e R$ 84.240,00 para locação de doze vagas de automóveis para diretores da SESGE também foram consumidos.

O contrato de quase cinquenta milhões de reais com a Condor S.A. Indústria Química inclui 449 kits não letais de curta distância com cartuchos de balas de borracha e cartuchos de impacto expansível – balas que se expandem em contato com a pele evitando a perfuração e 2,2 mil kits não letais de curta distância, com sprays de pimenta e espuma de pimenta e granadas lacrimogênea com chip de rastreamento.

Foi questionada a a razão para o contrato 3 (2013), de número 08131.002421/2013-14, no valor de R$ 14.061.419,47, para fornecimento e instalação de duas soluções de sala-cofre (Manaus/RJ), ter valor semelhante ao contrato 7 de 2013 (08131.003837/2013-50), no valor de R$ 14.697.278,00, que, no entanto, tem como objeto "fornecimento para implantação de uma solução de sala-cofre (São Paulo)".

A consultoria de mais de nove milhões de reais da KPMG (R$ 9.944.000,00) também não foi licitada.

Postado por: Eduardo Bezerra / Lúcio de Castro

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