Após história viralizar na internet, garoto de 16 anos que vendia jujubas em shopping ganha chance de jogar em clubes de futebol

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

“Eu e minha filha fomos lanchar na praça de alimentação e vi Gabriel sentado, tomando sorvete, e um segurança ao lado dele, falando baixinho com ele, e aquilo me deixou angustiada. E ai Gabriel comeu rápido, se levantou, e o segurança continuou seguindo ele, o que me incomodou. Fui atrás dele e perguntei se ele queria lanchar, e ele aceitou”, conta Anaê.

Durante o lanche e uma conversa, o menino falou à empresária que trabalhava vendendo jujubas para ajudar a mãe no sustento da família. A empresária perguntou qual era o maior sonho de Gabriel e ele disse que era ser jogador de futebol.

“Eu disse que para isso ele tinha que ser muito bom e ele disse: ‘eu sou muito bom’. Contou que uma vez teve chance de fazer um teste no Rio, mas que não teve dinheiro para ir e que desde lá ele nunca mais tinha jogado”, relata a empresária.

Anaê publicou uma foto e a história de Gabriel nas redes sociais, buscando uma oportunidade para ele, mas não esperava a repercussão que a postagem teve. A foto do garoto teve quase 100 mil curtidas, e aproximadamente 18 mil comentários, além de compartilhamentos.

Depois da repercussão da história, o menino foi convidado pelo Alecrim Futebol Clube para participar de uma escolinha de futebol. O irmão dele, que tem 18 anos, também ganhou uma chance de fazer testes no time sub-20 do clube.

“O Alecrim deixou as portas abertas para o Gabriel e para o seu irmão João para que eles possam vivenciar e consequentemente desfrutar de tudo aquilo que o clube pode disponibilizar para eles”, afirma Goeber Maia, executivo de futebol do Alecrim. De acordo com ele, Gabriel está garantido na escola de futebol do clube.

Depois do Alecrim, os maiores times da capital potiguar, América e ABC, também convidaram o garoto para realizar testes nas categorias de base.

“Eu sei nem o que dizer, né? Só agradecer a Deus e Anaê. Ela agora é minha madrinha”, diz o jovem.
Gabriel diz que vendia jujubas para tentar ajudar a mãe nas contas da casa. Ana Paula Lima, que está desempregada, sustenta os cinco filhos com faxinas.

“A gente não tem emprego, vive de bico. O que der, a gente vai vivendo aqui. Já faltou. Essa semana eu estava sem nada. Eu recebo um dinheiro por mês, que é do Bolsa Família, mas vai para pagar água, para a luz”, relata a mãe .

Por incentivo de outras pessoas, Anaê também criou uma vaquinha virtual para ajudar a família, e pretende arrecadar R$ 15 mil. Até a manhã desta terça-feira (31), mais de dois terços do valor já tinham sido arrecadados.

g1


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