Apesar das controvérsias, as redes de marketing multi nível já somam 60 mil associados no RN

Com o intuito de ganhar credibilidade e visibilidade, as empresas estão investindo em programas de televisão.

 

Elas são a nova febre. Não há quem tenha um perfil em qualquer das redes sociais e, com um mínimo de amigos, tenha passado despercebido da invasão das chamadas redes de marketing multi nível (MMN). A Telexfree com a venda da VoIP (ligações telefônicas pela internet), BBOM como distribuidora de rastreadores veiculares e a Multiclick na área de publicidade online são as principais empresas. Juntas elas têm entre seus participantes mais de 60 mil norte-rio-grandenses.

 

A despeito das investigações, acusações e boatos de que elas seriam mais um “sistema de pirâmide” ou esquema de Ponzi – batizado em homenagem ao americano Charles Ponzi, que aplicou um dos maiores golpes financeiros da história –, como apontam investigações em Rondônia, no Espírito Santo e no Acre, seus divulgadores lotam as linhas do tempo, principalmente do Facebook, cantando loas a respeito do lado positivo de suas redes.

 

Os ganhos percentuais prometidos ultrapassam a casa dos 200%, independentemente da quantidade de dinheiro gasto para entrar em qualquer uma das redes de marketing. E é aí que se acende o alerta de cuidado com a entrada em qualquer uma das empresas, mesmo as que mostram um pouco mais de credibilidade, apresentando um produto físico a ser entregue ou vendido.

 

Quando questionado sobre a validade de entrar ou não para as empresas, Cláudio Barbosa é enfático. “Não aconselho de maneira alguma a quem não tenha conhecimento técnico do material a ser vendido e noção do mercado de vendas”, sentencia.

 

De acordo com o economista, não se deve entrar em qualquer esquema como esse sem ter muito conhecimento prévio. “Tem uma empresa, por exemplo, que fornece rastreadores. A pessoa assina o contrato sem muitas vezes saber nada, tecnicamente falando, da composição do equipamento. A falta de informação é um perigo, nesses casos”, relata o professor.

 

O tema também foi tratado na Rede Globo. Na edição de segunda-feira (3) do Jornal da Globo, a jornalista Mara Luquet, especializada no mercado financeiro, ela destacou, sem citar nomes, que as redes de MMN são propriamente estratégias de marketing e não um investimento financeiro. Luquet alertou para a necessidade de que se conheça o material oferecido pela empresa, o trabalho desenvolvido e quem são seus donos, por exemplo. “Cuidado com o lucro fácil. Dinheiro fácil não existe”, destacou Mara.

 
Postado por: Jean Souza / Novo Jornal

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