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Mulher que atropelou e matou ciclista de 67 anos ao dirigir alcoolizada é liberada após audiência de custódia

Foto: Vinicius Marinho

A condutora do veículo que atropelou e matou um idoso de 67 anos de idade que estava em uma bicicleta, na madrugada de quarta-feira (12) em Cidade Nova, na Zona Oeste de Natal, foi liberada da prisão após passar por audiência de custódia

Ela não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e estava dirigindo sob efeito de álcool, segundo informou o chefe de operações da Companhia de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), Major Macedo.

O delegado de plantão determinou prisão em flagrante. No entanto, durante a audiência de custódia, o juiz plantonista decidiu pela liberação da mulher e estabeleceu medidas cautelares. Ela deverá comparecer mensalmente em juízo e não pode se ausentar de Natal sem autorização judicial.

Ao analisar o caso, o juiz entendeu que “apesar da presença de prova da materialidade delitiva e indícios suficientes da autoria, não se vislumbra que algum perigo possa decorrer da liberdade do autuado”. A colisão aconteceu na avenida Solange Nunes. A vítima foi identificada como Vanderly Araújo da Silva, de 67 anos.

g1

Poupança deixa de perder para inflação após dois anos

Foto: Marcello Casal Jr.

O recuo da inflação em setembro trouxe uma surpresa para os investidores da aplicação financeira mais tradicional do país. Pela primeira vez em dois anos, a caderneta de poupança deixou de perder da inflação.

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em 0,29%, conforme divulgou ontem (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a inflação oficial acumula 7,17%.

De acordo com a Calculadora do Cidadão, disponível na página do Banco Central (BC) na internet , uma aplicação na caderneta de poupança rendeu 7,27% em 12 meses. O valor considera uma aplicação feita em 11 de outubro do ano passado e que não foi mexida até ontem.

A última vez em que a poupança tinha superado a inflação ocorreu em agosto de 2020, quando a caderneta havia rendido 0,45% acima do IPCA em 12 meses. Desde então, a combinação entre inflação alta e juros baixos corroeu o rendimento da aplicação mais popular no país. O pior momento ocorreu em outubro de 2021, quando o aplicador perdeu 7,59% contra a inflação no acumulado de 12 meses.

De março de 2021 a agosto deste ano, o BC elevou a taxa Selic (juros básicos da economia) de 2% para 13,75% ao ano. O IPCA, que até julho deste ano superava os dois dígitos no acumulado em 12 meses, recuou após três deflações consecutivas provocadas principalmente pelo corte de impostos em combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo. Esses dois fatores aos poucos reverteram a perda da poupança para a inflação.

Agência Brasil

Bandidos rendem passageiros e fazem arrastão em micro-ônibus no interior do RN

Foto: Reprodução

Três criminosos renderam e roubaram passageiros de um transporte opcional, que fazia viagem de Parelhas a Natal. O crime foi registrado nessa quarta-feira (12), feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. As câmeras de segurança do veículo flagraram a ação.

O assalto aconteceu na BR-226. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bandidos subiram no ônibus como passageiros na entrada do município de Campo Redondo. Poucos quilômetros depois, eles anunciaram o assalto.

Durante o crime, um dos bandidos rendeu o motorista e o cobrador, enquanto outro saiu recolhendo os pertences das vítimas. Além de pegar objetos menores, os criminosos ainda levaram bagagens.

Ainda segundo a PRF, na altura da comunidade de Malhada Vermelha, que pertence ao município de Campo Redondo, eles desceram e fugiram a pé pelo mato.

As polícias militar e rodoviária federal foram acionadas e encontraram alguns objetos roubados espalhados pelo caminho. A PRF informou que um suspeito havia sido preso, mas não deu detalhes da prisão.

Confira o momento do assalto:

Portal da Tropical

Banco Central vai mudar regras do Pix para evitar fraudes e vazamentos de dados

Foto: Marcello Casal Jr

O Banco Central (BC) deve anunciar em breve mudanças no funcionamento do Pix para fortalecer a segurança do sistema contra fraudes e vazamentos de dados. As medidas já foram debatidas pelo mercado e aprovadas pelo BC, que agora está trabalhando para promover as alterações, com chances de serem anunciadas algumas novidades ainda este ano.

Uma das mudanças visa a aumentar o nível de responsabilidade das instituições financeiras participantes em relação às regras de segurança, impondo mais uma “barreira” para tentar conter os episódios de vazamento de dados. O regulador também deve criar marcações específicas nas notificações de fraudes para suspeitas de uso de “conta laranja” e de falsidade ideológica com o objetivo de fortalecer os mecanismos antifraude dos bancos.

Embora o índice de fraudes no Pix seja considerado baixo, com uma média de ocorrências de 0,007% do total de transações, conforme o BC, a repercussão pública de casos de golpes e fraudes tem sido grande em meio ao sucesso absoluto de adesão e utilização da ferramenta pelos brasileiros. Nesse contexto, desde o ano passado, o regulador vem aprimorando as regras de segurança para proteger o sistema e amparar os cidadãos afetados.

As novas medidas constam na apresentação da última reunião do Fórum Pix, em 22 de setembro, quando o BC deu o sinal verde para as modificações. Nesse fórum, com a participação de diversos agentes do mercado, o regulador colhe subsídios sobre as regras de funcionamento do sistema de pagamentos instantâneos. A segurança, considerada um ponto de preocupação e aprimoramento constante, tem um grupo específico de trabalho.

A primeira proposta aceita pelo BC é a criação de um questionário de autoavaliação de aderência das instituições financeiras ao Manual de Segurança do Pix no momento de adesão ao ecossistema. A pesquisa, que será aplicada também aos atuais participantes, deverá ser respondida pela área de segurança da instituição, mas validada por uma segunda linha de defesa, que pode ser uma auditoria interna ou externa.

Hoje, ao entrar no Pix, a instituição financeira já se compromete automaticamente com o conjunto de regras, mas a nova camada de responsabilização pretende aumentar o grau de obediência dos participantes e, assim, as barreiras contra vazamento de dados.

Desde a criação do meio de pagamento, em novembro de 2020, houve quatro incidentes de vazamento de dados relacionados a chaves Pix, todos, segundo o BC, devido a falhas de segurança pontuais no sistema dos participantes, que não conseguiram bloquear ataques de varredura – quando o criminoso fica inserindo números no sistema do banco até acertar as chaves.

Outra mudança significativa é a permissão para que as instituições financeiras “marquem”, nas notificações obrigatórias de fraudes, os CPFs ou CNPJs em que haja “fundada suspeita” de uso indevido de contas com “etiquetas” específicas. Vão ser criados marcadores para conta “laranja” ou aluguel de conta – uso temporário pelo criminoso mediante pagamento – e para falsidade ideológica na abertura do cadastro com o banco.

A medida irá aumentar o leque de informações disponíveis para a consulta dos sistemas antifraude das instituições financeiras, dando mais subsídios para definirem a aprovação de uma transferência ou da abertura de uma nova conta. Hoje, as marcações da notificação são focadas nas transações, com registro do usuário, conta e chave Pix, por exemplo, sem marcadores específicos.

O regulador ainda vai alterar a gestão de limites em transferências, medida anunciada no ano passado justamente como forma de dificultar a ação de criminosos. Em agosto de 2021, o BC estabeleceu um limite de R$ 1 mil para transferências noturnas, mas permitiu que os usuários alterassem o horário de início desse período, assim como diminuíssem o valor total permitido por operação durante todo o dia.

Essa flexibilidade, contudo, foi considerada pouco demandada pelos usuários, com baixa efetividade para limitar os crimes e bastante complexidade operacional para as instituições financeiras. Agora, os limites de transação serão padronizados por período e os bancos não serão mais obrigados a trocar o início do horário noturno a pedido do cliente.

As mudanças já aprovadas pelo BC exigem alterações em normativos regulatórios e também, em alguns casos, de modificações tecnológicas no ecossistema do Pix para serem implementadas, explicam participantes do mercado. E a greve dos servidores do BC, que ocorreu de abril a julho, ainda dificultou o cronograma. A avaliação, porém, é de que as medidas de gestão de limites possam ser anunciadas ainda este ano, uma vez que só demandam ajustes em resoluções.

Novas medidas

O BC e o mercado ainda devem debater outras medidas para aumentar a robustez das regras de segurança no meio de pagamento conforme a apresentação da última reunião do Fórum Pix. Já estão na pauta discussões sobre mudanças no Mecanismo Especial de Devolução (MED), que agiliza o ressarcimento de valores às vítimas de golpes ou falhas operacionais das instituições após comunicação pelo usuário.

Hoje, o mecanismo bloqueia apenas a primeira conta para qual o dinheiro foi repassado, mas, se o criminoso transferir os valores para outros bancos imediatamente, a ferramenta não consegue alcançá-los mais. O resultado é que somente cerca de 5% dos valores são recuperados atualmente, conforme a apresentação do grupo de trabalho de segurança do Fórum Pix.

“Quando esse mecanismo foi lançado, em novembro de 2021, surtiu algum efeito para reverter a transação, mas depois os criminosos perceberam o funcionamento e mudaram a forma de atuação”, destacou um executivo do sistema bancário em condição de anonimato.

“A sugestão é a abertura automática de eventos para casos de triangulação de valores utilizando o Pix”, diz o documento do Fórum Pix, explicando que o bloqueio seria até a quinta camada de ramificação.

Estadão Conteúdo

Nasa anuncia que conseguiu desviar o curso de um asteroide em ‘treino’

Foto: Reuters/Direitos Reservados

A Nasa anunciou nesta terça-feira, 11, que a espaçonave Dart conseguiu desviar o curso de um asteroide de 160 metros após uma colisão programada ainda no mês passado. “Pela primeira vez na história, a humanidade mudou o curso de um corpo celestial”, comemorou Lori Glaze, diretora da agência espacial.

Uma equipe de cientistas da Nasa analisou a alteração na órbita da Dimorphos, que é uma lua de um asteroide maior, o Didymos. Após a colisão com a nave da agência no último dia 26, o asteroide menor mudou em 32 minutos o seu percurso em torno da Didymos. A margem de erro do cálculo é de dois minutos, para mais ou para menos.

O desvio no curso da Dimorphos foi um teste executado pela Nasa para medir até que ponto ela estaria apta a defender a Terra caso houvesse um asteroide em rota de colisão com o planeta. A agência frisa, entretanto, que até o momento esse tipo de ação nunca foi necessária.

“Todos nós temos uma responsabilidade de protegermos nosso planeta. Afinal, ele é o único que temos”, disse Bill Nelson, administrador da agência. “Essa missão mostra que a Na está tentando ficar pronta para o que quer que o universo jogue na nossa direção.”

A espaçonave Dart, que colidiu com o asteroide, foi enviada ao espaço há quase um ano e completamente destruída após o impacto. A missão teste custou cerca de US$ 325 milhões (aproximadamente, R$ 1,7 bilhão).

“À medida em que novos dados chegam diariamente, os astrônomos poderão avaliar melhor se, e como, uma missão como a Dart poderia ser usada no futuro para ajudar a proteger a Terra de uma colisão com um asteroide se nós eventualmente descobrirmos que há um em nossa direção”, completou Lori.

Na quarta-feira, 5, um laboratório da Fundação Nacional da Ciência, no Arizona, divulgou imagens da trajetória do asteroide após a colisão. Elas mostram uma cauda em expansão, semelhante a um cometa, com mais de 10 mil quilômetros de comprimento, constituída por poeira e outros materiais expelidos da cratera de impacto.

Estadão Conteúdo

Beneficiários do Auxílio Brasil têm até o dia 14 para atualizar dados

Foto: Reprodução

Os beneficiários do Auxílio Brasil que não atualizam seus registros no Cadastro Único (CadÚnico) há mais de 2 anos têm até esta sexta-feira (14) para retificar as informações, sob risco de perder o benefício caso não o façam.

A data limite para os beneficiários prestarem as informações foi estabelecida em julho, por meio de Instrução Normativa Conjunta que alterou o cronograma de averiguação e revisão dos dados das famílias inscritas no CadÚnico, estendendo por mais 3 meses o prazo de revisão cadastral, inicialmente previsto para terminar em 15 de julho.

Segundo o Ministério da Cidadania, responsável por coordenar o Auxílio Brasil, a atualização cadastral deve ser feita a cada 2 anos ou sempre que houver alguma alteração, sendo fundamental para assegurar a qualidade dos dados e garantir que as informações registradas na base do CadÚnico estejam sempre de acordo com a realidade das famílias.

Os beneficiários podem verificar se seus dados estão desatualizados ou mesmo se as informações já fornecidas estão sendo confrontadas com outras bases de dados administrativos federais por meio do aplicativo do CadÚnico, disponível para download na página gov.br.

Suspeitos de assalto a equipadora de carro morrem após perseguição e troca de tiros com a PM em Natal

Foto: Sérgio Henrique Santos

Dois suspeitos de assaltarem uma equipadora de carros morreram após perseguição e troca de tiros com a Polícia Militar no bairro Planalto, na Zona Oeste de Natal. De acordo com a Polícia Militar, os criminosos assaltaram uma loja equipadora de carros no Bairro Nordeste.

Com um deles armado com um revólver de calibre 38, a dupla rendeu três funcionários e levou os celulares dos trabalhadores. Em seguida, fugiram com o carro de um cliente da loja. O criminosos fugiram e já no conjunto Leningrado, no bairro Planalto, a Polícia Militar iniciou uma perseguição ao encontrarem os suspeitos.

Houve troca de tiros e os bandidos perderam o controle do veículo, que bateu em um poste na Rua Francisca Campos. Os dois suspeitos chegaram a ser socorridos pela PM, mas um deles morreu no caminho e o outro ao dar entrada no Pronto-socorro Clóvis Sarinho.

A frente do veículo ficou destruída e o poste atingido pelo carro ficou torto e vai precisar de reparo. Os celulares dos funcionários roubados foram recuperados pelos policiais.

g1

Polícia Federal incinera mais de 7 toneladas de drogas no RN

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia incinerou mais de 7 toneladas de drogas apreendidas no Rio Grande no Norte. A ação foi autorizada pela Justiça e ocorreu na manhã desta terça-feira (11) em um alto-forno de uma usina na Zona Rural de Arês, Região Metropolitana de Natal.

Cerca de 7,2 toneladas de drogas foram incineradas, sendo 6.852 kg de cocaína; 434 kg de maconha; 567 comprimidos de Ecstasy, além de 49 frascos de anabolizantes que haviam sido apreendidas durante ações em 2022 e estavam armazenadas em depósito.

A incineração de substâncias entorpecentes ocorre periódicamente em forno industrial de altíssima temperatura e transcorre de acordo com a legislação que preserva o meio ambiente, sendo o montante hoje destruído o maior da história já realizado pela PF no Rio Grande do Norte. A droga resultou de apreensões realizadas na Grande Natal e em Areia Branca/RN (Operação Maritimum).

A incineração foi devidamente acompanhada por policiais federais, e representantes do Ministério Público Estadual e da Vigilância Sanitária.

Tribuna do Norte

Apoio do Governo do RN permite participação de 183 artesãos na Multifeira Brasil

Foto: Reprodução

Considerado o maior evento do gênero na região Nordeste, a Multifeira Brasil Mostra Brasil voltou a ser realizada em Natal após dois anos suspenso devido a pandemia da Covid 19. No período de 02 a 09 de outubro, 65 mil pessoas visitaram o Centro de Convenções, na Via Costeira, onde aconteceu a feira com o apoio do Governo do Rio Grande do Norte.

O apoio do Governo do RN se traduziu na duplicação do espaço ocupado. Segundo o organizador do evento, Wilson Martinez a previsão era ocupar 3 mil metros quadrados, mas foram 6 mil. Produtores e pequenos empreendedores do Rio Grande do Norte ocuparam 60% da área.

Durante oito dias foram expostos e comercializados móveis, roupas, moda íntima e infantil, joias, bijuterias e acessórios, utilidades domésticas, artesanato do RN, Brasil e de países como República Theca, Japão e Senegal.

Em relação ao Rio Grande do Norte, o Governo do Estado, através da Sethas, viabilizou a participação de 183 artesãos e representantes de cooperativas para comercialização dos produtos da economia criativa que envolve, além do artesanato em tecido, madeira, metal, pedra e couro, a produção de mel, biscoitos, licores, doces, bolos e queijos por pequenos empreendedores.

Polícia Federal espera apreender volume recorde de cocaína este ano

Foto: Programa VIGIA/Ministério da Justiça e Segurança Pública

A Polícia Federal apreendeu até agosto deste ano 72 toneladas de cocaína no país. Em entrevista à Agência Brasil, o delegado federal Fabrício Martins, da Coordenação-Geral de Repressão a Drogas, Armas, Crimes contra o Patrimônio e Facções Criminosas da PF, disse acreditar que, este ano, será alcançado um recorde nas apreensões da substância.

O recorde atual foi anotado em 2019, quando registrou-se a apreensão de 104 toneladas de cocaína. Em 2020 e 2021, o número girou em torno de 90 toneladas. O montante inclui todas as apreensões feitas pela PF e outras autoridades públicas (como a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal) que arrecadaram a droga e entregaram à PF.

Martins destaca, no entanto, que o combate ao tráfico não deve se dar apenas pela apreensão das drogas. “A apreensão de drogas por si é eficiente? Não. Dentro do quadro de perdas da organização criminosa já está computado o quanto ela vai perder para as apreensões. A empresa vai continuar lucrando, porque o lucro é muito grande”, argumentou.

O delegado afirmou que, desde 2012, a Polícia Federal vem adotando outra abordagem: a descapitalização dos traficantes e de suas organizações. “As apreensões retiram um ativo financeiro [da quadrilha] e também demonstram que o dinheiro [que os traficantes têm] vem da droga. A partir daí, a gente pode fazer o sequestro dos bens”, afirmou.

Segundo dados da Polícia Federal, nos últimos três anos, foram sequestrados ou apreendidos com autorização da Justiça R$ 2,8 bilhões em bens de investigados por tráfico de droga em operações como a Enterprise e a Rei do Crime.

“Hoje, você não pode fazer uma investigação sobre tráfico de drogas sem investigar também a lavagem de dinheiro. Fazemos a análise fiscal, bancária e patrimonial. Assim, podemos pedir bloqueio de contas, sequestro de bens. Quando você tira os bens, [o traficante] fica sem poder de ação. Procuramos fazer o desmantelamento da organização pela descapitalização”, explicou.

Atacado

O delegado disse, também, que o Brasil é um país que faz fronteira com os três únicos grandes produtores de cocaína do mundo (Colômbia, Peru e Bolívia) e tem mais de 15 mil quilômetros de fronteira terrestre com os vizinhos sul-americanos (incluindo os produtores e o Paraguai, que funciona como entreposto).

Por isso, o Brasil não é apenas um grande consumidor da droga como também um importante ponto de trânsito para a cocaína que tem como destino a África, a Europa e a Ásia.

Ele disse que o transporte da droga entre os países vizinhos e as grandes cidades brasileiras (ou para o mercado consumidor internacional) não é necessariamente feito pelas próprias facções criminosas.

Há muitos esquemas envolvendo atacadistas independentes que veem organizações como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho apenas como revendedoras para seus produtos.

“Essas pessoas não pertencem às facções. Elas têm uma logística pronta e são grandes fornecedoras de drogas. Essas pessoas são tidas como empresárias e não têm sobre si um carimbo de criminosas [como os integrantes das facções criminosas]”, salientou.

A logística, acrescentou Martins, envolve buscar a droga nos quatro vizinhos (os produtores e o Paraguai) por diversos meios, como barcos que navegam por rios amazônicos, pequenos aviões que pousam em pistas clandestinas (principalmente em Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e veículos rodoviários que cruzam a fronteira.

Daí as drogas são levadas aos grandes centros do país. Parte da carga é revendida nas próprias cidades pelas facções criminosas. Mas boa parte é remetida ao exterior, principalmente por via marítima. Mais de 50% da cocaína apreendida no ano passado foram em portos brasileiros.

Lucro

Ainda segundo o delegado, a exportação mostrou-se muito lucrativa. Um quilo de cocaína seria comprado a 2,5 mil dólares (cerca de R$ 13 mil) na fronteira do Brasil com os vizinhos sul-americanos e revendido por quatro vezes esse valor (10 mil dólares) nas grandes cidades do país. Se a carga chegar à Europa, no entanto, pode render de 30 a 40 mil euros (aproximadamente o mesmo valor em dólares no câmbio atual), ou seja, até quatro vezes mais.

O Porto de Santos (SP) é reconhecido pelo Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas (Unodc) como um dos principais pontos de trânsito de cocaína do mundo. E portos do Norte e Nordeste foram apontados como novos pontos de envio da droga para o exterior. “Houve um incremento no uso de veleiros e pesqueiros [para o transporte de cocaína] no norte do país. Somente em um veleiro, foram apreendidas seis toneladas”, finalizou Martins.

Agência Brasil

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