Arquivos:

Caixa paga nesta terça (19) 1ª parcela para novos aprovados nascidos em janeiro

Ilustrativa

Caixa Econômica Federal (CEF) começa a pagar nesta terça-feira (19) a primeira parcela do Auxílio Emergencial para um novo grupo de pessoas aprovadas para receber o benefício. Os primeiros a receber, já nesta terça, serão os trabalhadores nascidos nascidos em janeiro.

Os pagamentos vão até 29 de maio, em dias escalonados por mês de nascimento (veja o calendário mais abaixo). Até o final dos pagamentos, serão creditados R$ 5,3 bilhões a mais de 8,3 milhões de pessoas. Os trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.

Também nesta terça, o banco credita a segunda parcela do auxílio para 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família cujo NIS é terminado em 2. Já os trabalhadores que estão no Cadastro Único e não recebem o Bolsa Família, assim como os que se inscreveram no Auxílio Emergencial através do site ou aplicativo, começam a receber a parcela apenas na quarta-feira (20).

Primeira parcela para novos aprovados

A primeira parcela para esse novo grupo será creditada na conta escolhida pelo beneficiário, da forma como receberam os primeiros beneficiários: nas contas da Caixa, na Poupança Social Digital ou em contas de outros bancos. Esses beneficiários também poderão fazer o saque em espécie do auxílio na data da liberação.

Veja como ficou o calendário de pagamento da 1ª parcela para novos aprovados:

  • 19 de maio (terça): nascidos em janeiro
  • 20 de maio (quarta): nascidos em fevereiro
  • 21 de maio (quinta): nascidos em março
  • 22 de maio (sexta): nascidos em abril
  • 23 de maio (sábado): nascidos em maio, junho ou julho
  • 25 de maio (segunda): nascidos em agosto
  • 26 de maio (terça): nascidos em setembro
  • 27 de maio (quarta): nascidos em outubro
  • 28 de maio (quinta): nascidos em novembro
  • 29 de maio (sexta): nascidos em dezembro

Calendário da 2ª parcela

O calendário do pagamento da 2ª parcela do Auxílio Emergencial começou na de segunda-feira (18) e seguirá até 13 de junho. O calendário da terceira parcela, que estava prevista para maio, continua sem definição.

O calendário da segunda parcela vale apenas para quem recebeu a primeira parcela até 30 de abril. O governo não informou quando vai pagar a segunda parcela para quem receber a primeira depois desta data.

São 3 calendários:

1. um para recebimento em poupança social
2. um para saque em espécie para beneficiários do Bolsa Família
3. um para saque em espécie para poupança social e transferência de recursos

Segundo portaria sobre o calendário, assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, quem recebeu a 1ª parcela até 30 de abril receberá o crédito da segunda parcela em poupança social digital a partir de quarta-feira (20), de acordo com a data de nascimento – mesmo para os trabalhadores que receberam a primeira parcela em outra conta bancária.

Inicialmente, os recursos estarão disponíveis apenas em na poupança social digital para movimentações digitais: pagamento de contas, de boletos e realização de compras por meio de cartão de débito virtual. Os saques em espécie para esse público poderão ser feitos só a partir de 30 de maio, também de acordo com a data de nascimento.

Para quem recebe o Bolsa Família, o calendário é diferente. Os beneficiários vão receber nas mesmas datas e da mesma forma em que recebem esse benefício, nos últimos 10 dias de maio.

G1

Juiz rejeita pedido de sindicato para “lockdown” na Grande Natal

Centro de Natal com pouco movimento durante a semana, por causa do isolamento

O juiz Luiz Alberto Dantas Filho, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, negou na noite desta segunda-feira (18) o pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) para que fosse decretado “lockdown” na Região Metropolitana de Natal.

O bloqueio total — que tem sido adotado em algumas cidades brasileiras — tem o objetivo de restringir ainda mais a circulação de pessoas, como estratégia para conter o avanço do novo coronavírus.

No processo, protocolado no último dia 12, o Sindsaúde pedia a decretação de lockdown na Grande Natal por 15 dias. Para justificar, argumentou que o Estado “tem o pior índice de cumprimento do isolamento social entre os estados do Nordeste”.

“Para evitar mais mortes, não há outra medida no momento que não seja a paralisação imediata de todos os setores não essenciais. Sem uma quarentena de verdade, vai ocorrer um genocídio”, declarou Flávio Gomes, diretor do Sindsaúde RN.

O magistrado ordenou o arquivamento do processo sem sequer julgar o mérito. Seguiu a opinião da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado, que haviam apontado em suas manifestações ilegitimidade do sindicato para fazer o pedido.

“A jurisprudência (…) converge para o posicionamento de que o Sindicato não tem legitimidade para intentar ação civil pública que não seja exclusivamente para defesa dos interesses da categoria profissional à qual estão vinculados os seus associados”, escreveu.

Agora RN

Nova parcela do auxílio começa a ser paga nesta segunda (18); veja o calendário

Para receber o auxílio emergencial de R$ 600, beneficiários precisam ter o CPF regularizado

O pagamento da 2ª parcela do auxílio emergencial de R$ 600, criado para minimizar o impacto social gerado pela pandemia do novo coronavírus e direcionado a trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) que se cadastraram no programa, começa nesta segunda-feira (18). Quem tem Bolsa Família vai receber primeiro.
Quem tem conta poupança social digital aberta pela Caixa vai ter o dinheiro depositado na próxima quarta-feira, dia 20, mas só vai poder sacar o dinheiro a partir do dia 30. Os demais informais que vão receber o benefício também só poderão fazer saques a partir do dia 30.

Os saques poderão ser feitos nas agências da Caixa ou em lotéricas. Não há data prevista para a terceira parcela.

Segundo o governo, 58 milhões de pessoas estão aptas a receber o auxílio em todo o país. Desse total, 28 milhões não recebiam qualquer benefício social e se inscreveram pelo site da Caixa ou pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial.

Veja o calendário:

Beneficiários do Bolsa Família

NIS de final 1: 18 de maio/ NIS de final 2: 19 de maio/ NIS de final 3: 20 de maio/ NIS de final 4: 21 de maio/ NIS de final 5: 22 de maio/ NIS de final 6: 25 de maio/ NIS de final 7: 26 de maio/ NIS de final 8: 27 de maio/ NIS de final 9: 28 de maio/NIS de final 0: 29 de maio

Para depósito em conta

Nascidos em janeiro e fevereiro: 20 de maio/nascidos em março e abril: 21 de maio/nascidos em maio e junho: 22 de maio/ nascidos em julho e agosto: 23 de maio / nascidos em setembro e outubro: 25 de maio/ nascidos em novembro e dezembro: 26 de maio

Para saque

Nascidos em janeiro: 30 de maio/ nascidos em fevereiro: 1 de junho/ nascidos em março: 2 de junho/ nascidos em abril: 3 de junho/ nascidos em maio: 4 de junho/ nascidos em junho: 5 de junho/ nascidos em julho: 6 de junho/ nascidos em agosto: 8 de junho/ nascidos em setembro: 9 de junho/ nascidos em outubro: 10 de junho/ nascidos em novembro: 12 de junho/ nascidos em dezembro: 13 de junho

A Caixa lembra que o saque pode ser feito nos caixas eletrônicos do banco, nas unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui. É importante levar um documento de identificação para facilitar a retirada.

O Globo

Saiba quando alguém pode ser considerado curado de Covid-19

Ilustrativa

Mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo já podem ser consideradas recuperadas da covid-19, doença que se espalhou por mais de 180 países de todos os continentes e foi declarada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março. A infecção causada pelo coronavírus Sars-CoV-2 já contagiou mais de 4 milhões de pessoas no planeta, e, como a letalidade do vírus não está entre as mais elevadas de que se tem notícia, boa parte desse grupo vai se juntar aos recuperados nas próximas semanas.

Um exemplo desse provável movimento nos números é a China, país que registrou em dezembro os primeiros casos da doença na cidade de Wuhan. O país, de quase 1,4 bilhão de habitantes, adotou medidas severas de confinamento e informa que conteve a epidemia em um patamar estabilizado de 84 mil casos. Desde o pico da transmissão na China, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro, os registros diários de casos foram reduzidos a menos de 100 por dia, com raras exceções. Com o crescimento do número de recuperados e a desaceleração das novas infecções, o país hoje soma cerca de 79.2 mil curados e 4,6 mil mortes, em um universo de 84 mil casos informados pelas autoridades sanitárias do país.

Muitos países, no entanto, ainda registram um número alto de novos casos todos os dias, o que faz com que o total de casos confirmados da doença ainda seja mais que o dobro do de recuperados. O Brasil é um dos países nessa situação, com mais de 188 mil casos confirmados e cerca de 79 mil recuperados. Como os quadros leves de infecção costumam durar 14 dias após o início dos sintomas, uma parte considerável da alta diária de casos entra na conta dos casos recuperados alguns dias depois.

Mas quando alguém pode ser considerado recuperado de covid-19?

Contagem de recuperados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera, no caso dos doentes confirmados por critério laboratorial, que estão recuperados aqueles que tiveram dois resultados negativos para SARS-CoV-2 com pelo menos um dia de intervalo. Já nos casos leves de covid-19, a OMS estima que o tempo entre o início da infecção e a recuperação dure até 14 dias.

O Ministério da Saúde informa que, no caso do Brasil, o número de recuperados considera os dois critérios da OMS. De um lado, entram na conta pacientes com infecções mais graves que foram internados e passam por novos testes para identificar se o vírus continua ativo no organismo. Do outro, estão os pacientes com casos leves, que entram na conta de recuperados quando não apresentam mais os sintomas após 14 dias do início da infecção.

As autoridades sanitárias do país consideram que ainda estão em acompanhamento todos os casos notificados pelas secretarias estaduais de Saúde nos últimos 14 dias que não evoluíram para óbito. Além disso, há os pacientes hospitalizados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que foram internados nos últimos 14 dias e não tiveram registro de alta ou óbito no Sistema de Vigilância Epidemiológica de Gripe (SIVEP Gripe).

Sintomas pós-alta

Para grande parte desses recuperados, os sintomas da covid-19 terão ficado no passado. Mas, para uma parcela deles, ainda será preciso acompanhamento profissional. É o que explica a pneumologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Patrícia Canto.

“Pacientes que tiveram poucos sintomas, com um quadro parecido com um resfriado ou uma gripe, se recuperam bem e não costumam ter nenhum problema depois desses 14 dias”, explica ela. “Os pacientes com quadro mais moderado não saem dos 14 dias e voltam ao normal. Eles têm recebido alta e procurado os serviços de saúde novamente, ainda em recuperação, muitos com uma sensação de cansaço, ainda sem conseguir voltar às suas atividades normais. Muitos ainda apresentam falta de ar.”

A pneumologista explica que os casos moderados são aqueles em que houve internação sem a necessidade de leitos de unidade de terapia intensiva. “O que eu tenho visto, acompanhando pacientes nessa fase pós-alta, são pacientes ainda muito cansados, com relatos de falta de ar ainda. Principalmente os que já tinham asma ou alguma doença pulmonar”.

A comunidade científica ainda busca respostas sobre a duração dessas limitações pós-internação, já que a pandemia ainda é recente. “Relatos da China indicam que pessoas saíram de alta com algum grau de fibrose pulmonar, com cicatrizes. A gente não sabe se isso é definitivo e em que grau isso vai comprometer a capacidade respiratória das pessoas”.

As consequências mais sérias têm sido observadas em pacientes que desenvolvem os quadros graves da covid-19. Nesse caso, as complicações muitas vezes vão além do pulmão durante a internação, com insuficiência renal e problemas de coagulação.

“Esses vão ter um período muito mais longo de recuperação”, conta ela. Como o tempo de internação na unidade de terapia intensiva pode chegar a semanas, a necessidade de fisioterapia respiratória e motora tem sido frequente, principalmente para pacientes idosos.

O ataque do coronavírus a outros órgãos, em alguns casos, leva os pacientes graves à UTI antes mesmo da necessidade de ventilação mecânica, e a recuperação dessas partes do corpo vai demandar acompanhamento especializado após a alta.

Resposta autoimune

Apesar de a pneumonia viral ser a complicação mais comum dos casos graves de covid-19, a ação disseminada do vírus no organismo tem sido observada por médicos e cientistas, e ainda não se tem certeza absoluta se o que determina essas complicações é o ataque direto do vírus ou uma resposta exagerada do sistema imunológico.

“Há pacientes agravando com uma resposta imunológica muito exacerbada. O próprio sistema imune começa a trabalhar de uma forma descontrolada, e muitas dessas lesões podem ocorrer por conta dessa resposta inflamatória que o vírus desencadeia”, pondera a pneumologista, que exemplifica que esses problemas podem chegar a órgãos como o cérebro e o coração.

Monitoramento

A pneumologista aconselha que os pacientes recuperados que continuem apresentando sintomas como cansaço busquem o serviço de saúde para acompanhamento médico. O retorno às atividades deve ser cuidadoso, e a prática de exercícios físicos, por exemplo, deve ser retomada de forma gradual, caso não haja mais sintomas respiratórios.

“Se o Messi torce o pé e fica quatro semanas sem jogar, quando ele volta, ele não vai jogar os dois tempos. Ele entrar nos 10 minutos finais de um jogo já ganho. É por aí”, brinca ela, que pede que o distanciamento social e os cuidados de higiene continuem, porque não há garantias de que pacientes já infectados possam ser considerados imunes à doença. “Permaneça na sua casa”, aconselha.

Com o crescimento do número de recuperados, a pneumologista acredita que o acompanhamento desse grupo vai gerar uma nova pressão por serviços de saúde que precisa ser observada pelos gestores da área.

“A gente vê que muitos desses recuperados são pessoas ainda com algumas sequelas e sintomas, ainda que a gente não possa ter certeza de por quanto tempo elas terão esses sintomas. Veremos um aumento da demanda”, concluiu.

Agência Brasil

Enem 2020 já tem 3 milhões de inscritos

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentou, em seu Twitter, o número de inscrições no Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 já alcançou 3 milhões de inscrições até essa sexta-feira (15), segundo balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Estudantes podem se inscrever, por meio da página do Enem na internet até o dia 22 de maio.
A versão digital das provas tem 99,6 mil inscritos, e as vagas para essa modalidade do exame estão praticamente esgotadas (das 101,1 mil disponibilizadas). Já o Enem impresso recebeu 2,9 milhões de inscrições desde a abertura do sistema, às 10h da segunda-feira (11).

O participante que optar por fazer o Enem impresso não poderá se inscrever na edição digital e, após concluir o processo, não poderá alterar sua opção. As provas impressas serão aplicadas em 1º e 8 de novembro e as digitais estão previstas para os dias 22 e 29 de novembro.

A estrutura dos dois exames será a mesma. Serão aplicadas quatro provas objetivas, constituídas por 45 questões cada, e uma redação em língua portuguesa. A redação será manuscrita, em papel, nas duas modalidades. Durante o processo de inscrição, o participante deverá selecionar uma opção de língua estrangeira – inglês ou espanhol.

Neste ano, será obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante no sistema de inscrição, que deverá ser utilizada para procedimento de identificação no momento da prova. O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e deverá ser pago até 28 de maio.

Quem tem direito à gratuidade da taxa de inscrição, por se enquadrar nos perfis previstos nos editais do Enem, terá a isenção automática, a partir da análise dos dados declarados no sistema. A regra se aplica, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência. De acordo com o Inep, a medida beneficia quem teve dificuldades em realizar a solicitação de isenção, devido às restrições impostas pelo isolamento social decretado em razão da pandemia de covid-19.

Acessibilidade

O prazo para efetuar a inscrição e solicitar atendimento especializado é o mesmo, até 22 de maio. Para facilitar a compreensão no momento da inscrição, os atendimentos específicos (gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar) foram incluídos na denominação “especializado”. Quem teve a solicitação deferida nas edições de 2017, 2018 e 2019 não precisa apresentar nova documentação, desde que se trate do mesmo pedido.

Os resultados serão publicados na Página do Participante em 29 de maio. Para os pedidos que forem negados, está prevista uma fase para apresentação de recursos. O resultado final estará disponível no dia 10 de junho.

Os pedidos de tratamento por nome social serão feitos entre 25 e 29 de maio, com previsão de divulgação dos resultados em 5 de junho. O período para apresentação de recursos será entre 8 e 12 de junho e a disponibilização dos resultados finais em 18 de junho.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentou, em seu Twitter, o número de inscrições no Enem.

Agência Brasil

RN tem segundo município com isolamento social rígido

Município estabelecerá ostensivo trabalho de fiscalização

A cidade de Baraúna, no Oeste potiguar, é a segunda do estado a endurecer as regras de isolamento social. O decreto Nº 024/2020 institui, a partir desta sexta-feira (15), a política de isolamento rígido como medida de enfrentamento ao coronavírus. O primeiro município a decretar distanciamento rígido foi Itaú, também no Oeste do estado.
No documento, a prefeitura estabelece uma série de restrições ao funcionamento das atividades da cidade, bem como à circulação pública de pessoas. Na prática, uma espécie de lockdown mais leve.

O isolamento social rígido vigorará até o próximo dia 31, e consiste no “controle da circulação de pessoas nos espaços e vias públicas, objetivando contenção da disseminação” da Covid-19.

Pelo decreto, as pessoas que compõem o grupo de risco deverão permanecer em confinamento domiciliar. Já as demais pessoas somente poderão circular em espaços e vias públicas, ou em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, exceto, com o uso obrigatório de máscaras, em situações de grandes necessidades, tais como deslocamentos por motivos de saúde.

Ainda segundo o documento, “fica estabelecido o dever geral de permanência domiciliar no município de Baraúna”.

O município estabelecerá ostensivo trabalho de fiscalização por servidores da Secretaria Municipal da Saúde Pública do Município, e das Forças Policiais do Estado. Os infratores estão sujeitos ao pagamento de multa no valor de R$ 85,00;

Para os estabelecimentos que não seguirem as regras de vigilância sanitária, após notificação e reincidência estarão sujeitos a multa no valor de 50 mil reais.

A eficácia das medidas de restrição estabelecidas no decreto serão reavaliadas regularmente pelo Comitê Estratégico de Acompanhamento de Gestão da Saúde Pública, decorrente do coronavírus, e poderão ser prorrogadas.

Locais permitidos para o deslocamento da população de Baraúna:

  • Deslocamento a unidades de saúde para atendimento médico;
  • Deslocamento para fins de assistência veterinária;
  • Deslocamento para o trabalho em atividades essenciais ou estabelecimentos autorizados a funcionar na forma da legislação;
  • Circulação para a entrega de bens essenciais a pessoas do grupo de risco;
  • Deslocamento a estabelecimentos que prestam serviços essenciais ou cujo funcionamento esteja autorizado nos termos da legislação;
  • Deslocamento para serviços de entregas;
  • Deslocamento para o exercício de missão institucional, de interesse público, buscando atender a determinação de autoridade pública;
  • A circulação de pessoas para prestar assistência ou cuidados a idosos, a crianças ou a portadores de deficiência ou necessidades especiais;
  • Deslocamento de pessoas que trabalham em restaurantes, congêneres ou demais estabelecimentos que, na forma da legislação, permaneçam em funcionamento exclusivamente para serviços de entrega;
  • Deslocamentos para outras atividades de natureza análoga ou por outros motivos de força maior ou necessidade impreterível, desde que apresentada justificativa plausível

Para a circulação excepcional autorizada na forma do § 1°, deste artigo, deverão as pessoas portar documento ou declaração subscrita demonstrando o enquadramento da situação específica na exceção informada, admitidos outros meios idôneos de prova.

Agora RN

Polícia Federal vai investigar relato sobre vazamento de operação a Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro foi acusado pelo empresário Paulo Marinho pelo suposto vazamento de uma investigação da PF

A Polícia Federal vai investigar o relato do empresário Paulo Marinho à Folha sobre suposto vazamento de uma investigação da Polícia Federal ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Além de apurar o vazamento, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) a PF vai ouvir o depoimento de Marinho no inquérito já aberto para investigar, com base em acusações do ex-ministro Sergio Moro (Justiça), se o presidente Bolsonaro tentou interferir indevidamente na corporação.

O caso agora passa a ser objeto da investigação instaurada com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir do rompimento entre Moro e o presidente. Ainda não há data para esse depoimento.

Após apuração da PF nesse inquérito, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF – que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​

Hoje rompido com os Bolsonaros, Marinho é suplente de Flávio no Senado e pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio. Ele foi um dos mais importantes e próximos apoiadores de Bolsonaro na campanha.

Ele não apenas cedeu sua casa no Rio de Janeiro para a estrutura de campanha do então deputado federal, que ainda hoje chama de “capitão”, como foi candidato a suplente na chapa de Flávio ao Senado.

Na entrevista a Mônica Bergamo, colunista da Folha, o empresário disse que, segundo ouviu do próprio filho do presidente, um delegado da Polícia Federal antecipou a Flávio em outubro de 2018 que a Operação Furna da Onça, então sigilosa, seria realizada.

Essa operação, segundo ele, teria sido “segurada” para que não atrapalhasse Bolsonaro na disputa eleitoral. De acordo com o relato, Flávio foi avisado entre o primeiro e o segundo turnos por um delegado simpatizante da candidatura de Bolsonaro à Presidência.

Os desdobramentos da operação revelaram um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio e atingiram Fabrício Queiroz, policial militar aposentado amigo de Jair Bolsonaro e ex-assessor de Flavio na Assembleia.

O delegado-informante teria aconselhado ainda Flávio a demitir Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Segundo o relato, ambos foram exonerados em 15 de outubro de 2018 por ordem do então candidato Bolsonaro.

Neste domingo (17), em nota, a PF afirmou que a reportagem aponta “a eventual atuação em fatos irregulares, de pessoa alegadamente identificada como policial federal, no bojo da denominada operação”.

“Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje [17], a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados.”

Segundo a PF, a operação policial foi deflagrada no Rio em 8 de novembro de 2018, tendo os mandados judiciais sido expedidos pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2° Região), a partir de representação do Ministério Público Federal, em 31 de outubro, “portanto, poucos dias úteis antes da sua deflagração”.

Também neste domingo o juiz federal Abel Gomes, relator da operação Furna da Onça no TRF-2, afirmou em nota que operação foi adiada para não interferir no resultado das eleições de 2018.

“[A operação] poderia suscitar a ideia de uso político de uma situação que era exclusivamente jurídico-criminal, com o objetivo de esvaziar candidatos ou até mesmo partidos políticos, quaisquer que fossem, já que os sete deputados alvos da Furna da Onça eram de diferentes partidos.”

“Tratou-se de precaução lídima, lógica e correta das autoridades envolvidas na persecução penal: a Justiça Federal, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal”, completou o juiz.

Ainda segundo a PF, uma notícia anterior de vazamento da operação foi apurada por meio de um inquérito já relatado —a nota da PF não diz quais foram as conclusões dessa apuração.

A pedido da PGR, Miguel Ângelo Braga Grillo, o coronel Braga, chefe de gabinete de Flávio, também terá de prestar depoimento à PF. Segundo disse Marinho, ele teria recebido um telefonema desse delegado da PF e ido até o local em que a informação sobre a operação foi vazada.

Outro pedido da PGR é para a obtenção da cópia integral, em meio digital, do inquérito da PF que já apurou, em outra oportunidade, supostos vazamentos relativos à Furna da Onça.

Em reação às revelações feitas à Folha, senadores e deputados cobraram neste domingo investigação para apurar se Flávio foi informado antes pela Polícia Federal sobre a operação.

Líder da minoria no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) classificou as declarações como “gravíssimas” e afirmou que elas revelam “a interferência de Bolsonaro e de sua família na PF antes mesmo do início de seu governo”.

Assim como Randolfe, a defesa do ex-ministro da Justiça Sergio Moro também estudava pedir o depoimento de Marinho no inquérito. A avaliação é a de que o relato pode reforçar a narrativa de Moro.

O ex-ministro da Justiça disse em depoimento à PF que Bolsonaro queria interferir na corporação. “Espero que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos”, afirmou Moro em seu perfil no Twitter neste domingo.

Oposicionistas também foram às redes sociais para propor a criação de uma CPI e a anulação da última eleição.

O candidato derrotado no pleito presidencial de 2018, Fernando Haddad, postou em rede social: “Conforme suspeita, suplente de Flávio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° e o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama fraude!”

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) usou a mesma rede social para se manifestar.

“Fraude eleitoral! A operação que revelou o esquema das rachadinhas gerenciadas pelo Queiroz no gabinete do Flávio Bolsonaro foi adiada pela PF para depois da eleição presidencial para não prejudicar o chefe da máfia, Jair Bolsonaro. CPI já para investigar esse crime”, escreveu o congressista.

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL (Movimento Brasil Livre) afirmou que a denúncia é grave.

“Sendo comprovada, o TSE pode cassar a chapa de Bolsonaro e Mourão, dando margem para que ainda em 2020 haja novas eleições presidenciais, pois se trata de uma clara interferência da PF do Rio no pleito”, publicou Kataguiri.

Essa não é a primeira vez que é levantada a suspeita de vazamento na operação Furna da Onça.

No momento da prisão dos investigados em novembro de 2018, os policiais encontraram um cenário com casas sem computadores, WhatsApp sem conversas e um investigado vestindo roupa social às 6h com um diploma devidamente separado.

Com base nesses indícios, o juiz federal Abel Gomes converteu em prisão preventiva (sem prazo para acabar) a prisão temporária de dez investigados, entre eles seis deputados. Na ocasião, o magistrado também manteve outros três parlamentares na cadeia.

Folha de S. Paulo

Pandemia afunda setor produtivo potiguar e eleva o desemprego

No RN, cerca de 46 mil pessoas estão desocupadas, segundo dados do IBGE

Depois de registrar o maior aumento em dez anos no número de empresas abertas em 2019, o Rio Grande do Norte teve queda de 55% nos pedidos de abertura e já sente os primeiros impactos econômicos da crise sanitária causada pela Covid-19, segundo a Junta Comercial do estado (Jucern). Em abril de 2019 foram 640 pedidos, enquanto o mesmo período de 2020 registrou 285. Já no mês de março, quando a pandemia chegou ao Rio Grande do Norte, a queda foi menor: 580 em 2019, e 527 neste ano.

O presidente da Jucern, Carlos Augusto Maia, destaca que o Estado “vem de um período de recuperação e que agora está sendo afetado pelo momento atípico que vivemos” e reforça que “a Jucern está se adaptando ao momento de isolamento social, priorizando os serviços digitais e a desburocratização de procedimentos para apoiar o nosso empreendedor”.

O Rio Grande do Norte teve queda também nos pedidos de fechamento de empresas, mas Natal, Mossoró e Parnamirim foram à contramão do resultado estadual e apresentaram crescimento.

Na capital, os pedidos de encerramento passaram de 136 para 179 (31%) no comparativo anual (2019-2020) de março. Em Mossoró foi de 15% e Parnamirim, 5%.

O setor industrial também vem sofrendo impactos com as medidas de isolamento social adotadas em todo o país com o intuito de evitar o contágio do novo coronavírus, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) no estado passou de 58,6 para 30,3 pontos na passagem de março para abril de 2020, mostrando falta de confiança dos empresários potiguares (valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança), interrompendo a trajetória de avaliações positivas (indicadores acima de 50 pontos), que vinha sendo observada por vinte meses consecutivos.

Com essa queda acentuada, o índice atinge o nível mais baixo de toda a série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2010.

Para Fiern, além de provocar perdas humanas, a Covid-19 ataca a economia em seus dois principais pontos: pelo lado da oferta (necessidade de menor interação social, limitação ou parada na produção, falta de matérias-primas e insumos), e pela demanda (aumento do desemprego e queda na renda da população).

Na percepção dos empresários potiguares, conforme relatório da Fiern, as condições atuais dos negócios pioraram em comparação com os últimos seis meses. As expectativas para os próximos seis meses, por sua vez, que eram otimistas desde janeiro de 2017, tornaram-se pessimistas. Todos os setores industriais (indústria da construção e indústrias extrativa e de transformação) e portes de empresas pesquisados (pequenas e médias e grandes indústrias) apontam falta de confiança.

A falta de confiança dos empresários do Rio Grande do Norte converge com a tendência apontada no conjunto do país e na região Nordeste. De acordo com a CNI, o ICEI nacional caiu 25,8 pontos entre março e abril, registrando 34,5 pontos, o menor índice da série histórica.

Até então, a maior queda registrada em um único mês havia sido de 5,8 pontos, em junho de 2018, associada à greve dos caminhoneiros.

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela Fiern, aponta que a atividade do setor sofreu forte contração em março de 2020, dando continuidade à tendência já observada em fevereiro, e ficou abaixo do padrão usual para o período.

Segundo a federação, o comportamento mais recente reflete os impactos negativos da pandemia do novo coronavírus. No entanto, vale destacar que a atividade do setor se encontra abaixo do padrão usual desde outubro de 2013, mas que este vinha experimentando um processo de redução de perdas entre setembro de 2019 e janeiro de 2020.

Com o último o recuo de março, o índice do nível de atividade alcançou o valor mais baixo da série histórica iniciada em 2010. Acompanhando o desempenho negativo da atividade, o

Crescimento recorde

No Rio Grande do Norte, 46 mil pessoas tornaram-se desocupadas (sem emprego formal nem informal) no início de 2020. Esse é o maior crescimento no estado, para um primeiro trimestre, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua foi criada em 2012. Os dados foram divulgados na sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No total, o estado potiguar registrou 237 mil desocupados no primeiro trimestre de 2020, enquanto que no último trimestre de 2019 havia 191 mil. Em relação a todos os outros trimestres, o crescimento é o terceiro maior da série histórica do RN.

Os números revelam que, entre os desocupados, 110 mil moram na Região Metropolitana de Natal e 62 mil no município capital. A taxa de desocupação da Grande Natal foi de 14,4%, e da capital, 13,8%.
A alta de 24% de desocupados nesse período também é a quinta maior do país. Apenas Mato Grosso (34,4%), Maranhão (32%), Alagoas (25%) e Tocantins (24,6%) superam o estado potiguar.

No Brasil, 12 unidades da federação cresceram neste aspecto. O número de desocupados no trimestre de janeiro a março de 2020 representa 15,4% das pessoas que estão na força de trabalho no RN. Também é a terceira vez que a desocupação ultrapassa o nível de 15% no estado.

Pedro Trindade

Meio milhão de mortes somem de sistema usado para monitorar Covid-19

Enfermeira cuida de paciente internado com coronavírus em UTI de hospital em Guarulhos (SP)

Mais de 500 mil registros de óbitos, referentes a diferentes anos, foram excluídos do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados alimentada pelos cartórios. O sistema é usado por pesquisadores e veículos de imprensa para estimar, na carência de testes, o volume de mortes pelo coronavírus.

A mudança de informações na base, mesmo referente a anos anteriores, dificulta a análise do impacto da Covid-19, por prejudicar a base de comparação com 2020.

Como a Folha mostrou nesta quarta (13), o portal tem problemas na alimentação que tornam inviável usá-lo para analisar a real dimensão das mortes por Covid-19 no país.

Após essa reportagem, a Folha voltou a analisar todos os registros de óbitos do último dia 5 e compará-los com os apresentados nesta quinta (15) no sistema. Ao comparar os arquivos, nota-se que 546.490 ocorrências de anos e meses variados desapareceram do sistema. São registros antigos, que não se referem às mortes por coronavírus em si.

Isso representa 11,5% do total de registros de óbitos de janeiro de 2015 a abril de 2020, aí incluídas todas as causas de mortalidade.

A maioria desses registros que não constam mais no sistema é do estado do Rio de Janeiro, que perdeu 71% das ocorrências, e se referem aos anos de 2016, 2017 e 2018.

A Arpen (associação dos cartórios) confirmou que houve revisão nos dados sobre o Rio.

O problema foi inicialmente destacado por Lucas Lago, desenvolvedor do @projeto7C0, por meio de sua conta no Twitter. Há cerca de duas semanas ele publica seus achados sobre o portal.

O monitoramento de Lago mostra que a grande variação no número de mortes ocorreu entre o registrado no sistema na quarta e na quinta. Ou seja, em apenas um dia, pouco mais de 593 mil registros (referentes aos anos de 2016 a 2019) foram excluídos, segundo o levantamento de Lago.

Em tese, os dados apresentados pelos cartórios poderiam dar uma dimensão do real impacto da Covid-19, ao se comparar o número de mortes em 2020 com o mesmo período de anos anteriores. O que foge do padrão poderia ser atribuído à doença. Mas a alteração dos dados de anos anteriores prejudica esse levantamento.

Se considerados os dados antes da revisão, a estimativa do número de mortes devido à Covid-19 em abril seria de 11 mil. Com a revisão, sobe para 26 mil (comparando a média de mortes entre 2015 e 2019 com 2020).

Isso porque a média para o mês, antes da revisão, era de 88.919 mortes. Depois, passou para 78.349. Atualmente, a plataforma indica que houve 104.664 mortes em abril.

A base mantida pelos cartórios se propõe a informar os registros de óbitos que chegam a esses estabelecimentos, de todo o Brasil, quase em tempo real.

Outros sistemas que acompanham a mortalidade no país, como o SIM, do DataSus, têm uma defasagem de ao menos um ano. Esse tempo é utilizado em grande parte para que haja conferência e consolidação dos dados.

Mesmo as estatísticas do registro civil, publicadas pelo IBGE e que também são baseadas nos dados dos cartórios, são divulgadas ao público com um intervalo de um a dois anos.

Por essa razão, o portal dos cartórios teria a vantagem de fornecer ferramentas que permitissem estimar a real dimensão das mortes por coronavírus no Brasil de forma atualizada.

O sistema, contudo, possui inconstâncias na alimentação dos dados. Além dos mais de 500 mil registros desaparecidos no intervalo de uma semana, a reportagem verificou oscilações muito grandes nos números mensais de mortes por causas naturais em cada cidade, na comparação com anos anteriores.

Como nesse tipo de análise não entram na conta homicídios e acidentes, em um cenário normal as ocorrências deveriam apresentar certa estabilidade —haveria aumento apenas em meio a epidemias, como é o caso agora. Outras bases de mortalidade, como a do IBGE, mostram essa tendência de estabilidade em anos anteriores.

Não é o que se verifica nos números de quase metade da 518 cidades que constam no portal dos cartórios.

Porto Velho, por exemplo, tinha 11 registros de óbitos em fevereiro de 2019 e 204 para o mesmo mês de 2020. Outras cinco capitais tiveram variação no volume de óbitos acima dos 20% já em janeiro e fevereiro, quando a Covid-19 ainda não havia se espalhado pelo país.

A Arpen, associação nacional dos cartórios que mantém o sistema, afirma que há, de fato, atraso na atualização. No país há mais de 7.500 cartórios, e eles têm ritmos diferentes para alimentar a base. Há defasagem nos dados mesmo nos referentes a anos como 2017 e 2016.

Em grandes cidades, a tendência é que o sistema funcione melhor, e São Paulo é citada como exemplo de regularidade na inserção dos dados. Ainda assim, a entidade sugere que os números de maio não sejam considerados, pois há certa defasagem na entrada dos registros.

Sobre o sumiço dos registros, a entidade afirmou, em nota, que houve problemas de compatibilidade na plataforma que abastece o portal no Rio de Janeiro, com duplicação de registros antigos. Com a correção, as ocorrências foram removidas, o que ocasionou a redução nos números.

A entidade aponta que esses dados não são utilizados no site a que o público em geral tem acesso, por isso a revisão não alteraria as conclusões presentes ali. As informações alteradas, porém, prejudica pesquisadores que buscam calcular o excesso de mortes devido à Covid-19 a partir da comparação com a série histórica.

Folha de SP

Teich deixa o Ministério da Saúde antes de completar um mês no cargo

O ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira (15). Em nota, a pasta informou que ele pediu demissão

ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Em nota, a pasta informou que ele pediu demissão.

Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.

Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre:

  • o uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.
  • o decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica
  • detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.

Teich foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto nesta manhã. Ele esteve com Bolsonaro e depois voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.

G1

Empresas filiadas

Banners Parceiros

Design por: John Carlos
Programação por: Caio Vidal
Botch das divs centrais
© 2021 Direitos Reservados - Jean Souza