Avião da tragédia da Chapecoense é considerado problemático; modelo já sofreu vários acidentes
A aeronave em que a delegação da Chapecoense embarcou segunda-feira, com destino a Medelin, na Colômbia, onde o time disputaria hoje o primeiro jogo da final da Sul-Americana contra o Atletico Nacional, não emplacou no mundo da aviação.
O modelo Avro Bae 146 – igual ao que caiu na madrugada de ontem em território colombiano, matando 71 pessoas entre jogadores, comissão técnica e jornalistas – só teve 387 unidades vendidas entre 1983 e 2002, período em que foi produzido pela British Aerospace. Número pequeno se comparado aos 1.200 E-Jets, de tamanho semelhante, produzidos pela Embraer entre 2004 e 2015.
Um dos motivos é sua fama ruim. O site “airsafe.com” enumera sete acidentes com o modelo antes da tragédia com o time catarinense, com 252 mortes. Para Carlos da Silva Cordeiro, professor de aviação desde 1994, o histórico da aeronave é preocupante: “É um número altíssimo. Existem modelos com 5 mil unidades no ar que não têm essa quantidade de quedas”.