Peritos do INSS encerram greve de quase cinco meses

Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que esperam atendimento médico vão poder respirar mais aliviados. Ontem, a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) anunciou o fim da greve, iniciada em 4 de setembro do ano passado.

A paralisação, no entanto, pode ser retomada a qualquer momento. “A categoria vai retornar ao trabalho na próxima segunda-feira, mas em estado de greve”, afirmou Luiz Argôlo, diretor sindical da entidade. Com o fim da paralisação, o quadro de funcionários, que estava operando com 30%, deve voltar ao normal.

A decisão de encerrar a greve foi tomada, segundo a ANMP, por “sensibilidade ao drama da população não atendida”, e não porque as reivindicações — que incluem reajuste salarial de 27,9%, em quatro anos — tenham sido atendidas. Por isso, Argôlo não descartou que os servidores retomem a greve. “Tudo vai depender das negociações com o governo”, disse.

A principal exigência da categoria é a redução da jornada de trabalho, de 40 para 30 horas semanais, sem perda de remuneração. Em nota, o Ministro do Planejamento informou ter sinalizado com a possibilidade de reduzir a jornada, desde que em um contexto de reestruturação da carreira. Para isso, propôs a criação de um comitê gestor para definir, em seis meses, a reestruturação das carreiras de perito médico previdenciário e de supervisor médico-pericial.

O INSS estima que 1,3 milhão de perícias deixaram de ser realizadas desde o início da greve, mas, segundo a ANMP, o número chega a 2,1 milhões. E não haverá mutirão dos servidores para realizar os exames a toque de caixa, adiantou Argôlo. “Não acontecerá nem de uma vez só, nem fracionado. Esse passivo pertence ao governo, não a nós”, alegou. Segundo ele, serão priorizados os atendimentos essenciais, seja para auxílio-doença, aposentadoria especial por invalidez ou retorno ao trabalho depois de licença médica.

O motorista Fabiano Bezerra, 31 anos, é um dos que ficaram sem receber os benefícios por falta de atendimento de um perito medido. “Estou há 80 dias sem trabalhar pois quebrei o tornozelo. Minhas contas estão todas atrasadas , pois não fiquei sem receber o auxílio”, disse. Fabiano explica que nunca passou por situação tão triste. “Devido à greve, a minha perícia atrasou bem mais do que o previsto. Agora vou tentar marcar novamente, não posso esperar mais.”

 

Correio Braziliense

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