Rombo no Orçamento da União para 2016 pode ser de R$ 70 bilhões
Após reunião com a presidente Dilma Rousseff os presidentes da Câmara e do Senado, o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros rejeitaram a possibilidade de devolver ao governo a proposta de Orçamento da União de 2016, enviada ao Congresso na segunda (31). Afirmaram, no entanto, que é responsabilidade do governo encontrar uma solução para o rombo de R$ 30,5 bilhões apresentada. Ainda mais que a diferença entre o valor arrecadado e o que se espera gastar pode ser maior.
Segundo O Globo, o governo conta com a arrecadação de R$ 37,5 bilhões com a venda de ativos (como terrenos, imóveis e participação acionária em empresas) e isso pode não se concretizar em um cenário de crise. Além disso, os parlamentares incluirão despesas obrigatórias de R$ 3,4 bilhões. Ou seja, as contas do governo podem ficar negativas em até R$ 70 bilhões, se a proposta for aprovada.
Anos 80
Contrariado com a decisão de expor o rombo no orçamento de 2016, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, começou a se reaproximar de parlamentares líderes de partidos aliados para tentar encontrar uma solução para o déficit, segundo o Estadão.
“Nós precisamos de firmeza para lidar com essa situação. A maré mudou e a ficha tem que cair”, afirmou Levy, que desejava um corte maior nas despesas públicas e agora compara o cenário econômico ao da década de 1980.