Câncer infantojuvenil: diagnóstico precoce é a melhor “prevenção”, diz oncologista

Sumaia Vilela/Agência Brasil

Liderando o ranking com mais notificações, no período de 2015 a 2020,  Natal ( 7ª Região de Saúde) aparece com 35,06% dos casos e Mossoró (2ª Região de Saúde) com  17,20%. Em um recorte por faixa etária, aproximadamente 51,44% dos diagnosticados entre 0 a 19 anos eram do sexo masculino. O mesmo ocorre na faixa-etária entre 0 a 14 anos, no qual o percentual corresponde a  51,56%. 
Cassandra Teixeira Valle, oncologista pediatra da Liga Contra o Câncer, explica que o cenário de câncer infantojuvenil no estado não se afasta do nacional quando o assunto é diagnóstico tardio e demora para encaminhamento aos Centros de Referência. Ela observa, por outro lado, que há uma melhora na assistência ao público frente ao cenário do Brasil. Um exemplo disso é a atual estruturação de um novo centro de oncologia pediátrica na Liga para atender os pacientes. 

Na infância, o câncer mais recorrente é a  leucemia linfoblástica aguda, que apresenta  80% de chance de cura, mas a incidência também apresenta correlação com a idade.  “Conforme o tipo de tumor, a gente tem idades mais prevalentes. As leucemias são mais frequentes em crianças abaixo de seis anos e o câncer ósseo afeta mais os adolescentes,  mas qualquer tipo de câncer da infância pode acometer a faixa etária de 0 a 19 anos”, explica a oncologista pediatra. 

Sintomas e diagnóstico
Cassandra Teixeira Valle chama atenção, ainda, para o fato de que muitos sinais indicativos do câncer infantojuvenil podem ser confundidos com doenças habituais da infância. Dentre eles, estão palidez intensa – acompanhada de fraqueza e apatia por parte da criança-, manchas roxas na pele, nodulações e tumorações pelo corpo com aumento progressivo, perda de peso, aumento do volume abdominal e dores de cabeça frequentes com vômito associado.   
Embora o câncer de adulto seja passível de prevenção, como o de pulmão que pode ser evitado ao não fumar,  o mesmo não acontece com o infantojuvenil.  Isso porque, conforme explica a oncologista, as principais causas do câncer na infância são genéticas, colocando o diagnóstico como peça chave no cuidado com esse público.  “A grande importância do diagnóstico precoce é aumentar as possibilidades de cura das crianças tanto aqui no Rio Grande do Norte quanto em todo mundo, além de promover uma cura com tratamento mais leve e menos sequelas futuras para a criança”, destaca. 


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