Guedes pede ao Congresso a aprovação de uma reforma administrativa como contrapartida para o auxílio emergencial, para país não virar uma Venezuela

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil mergulhará no caos se não aprovar a PEC Emergencial, com suas contrapartidas, para retomar o pagamento do auxílio emergencial. Em entrevista a Thiago Nigro, do podcast da consultoria Primo Rico, Guedes criticou a possibilidade de o Congresso aprovar a proposta de emenda à Constituição sem proibir reajustes salariais no serviço público, por exemplo. Essa é ideia de parte dos parlamentares, que já derrubaram a sugestão do governo de eliminar os pisos de gastos com saúde e educação. Segundo ele, o Brasil corre o risco de repetir a situação de países vizinhos que enfrentam grave crise econômica por conta do descontrole fiscal.

“Seguramente, para virar Argentina, [serão necessários] seis meses. Para virar Venezuela, um ano e meio. Se fizer errado, vai rápido. Quer virar Estados Unidos ou Alemanha, dez ou 15 anos na outra direção”, afirmou o ministro. Em seguida, Guedes ressaltou que havia exagerado na estimativa. “Estamos falando para muita gente. Estou exagerando. É bem mais moderado. Leva uns três anos para virar Argentina e uns cinco ou seis anos para virar Venezuela”, ponderou.

Guedes cobrou do Congresso a aprovação de uma reforma administrativa como contrapartida para o auxílio emergencial. “Vamos prorrogar o auxílio. Estamos empurrando dívidas para nossos filhos e netos. Mas me dá uma reforma administrativa aqui, que não tenha salários tão altos para os entrantes [no serviço público]”, disse o ministro. “É guerra, mas você não faz sacrifício nenhum?”

Para o ministro, só é possível empurrar a dívida para frente se houver compensações. “Tentou empurrar custo para futuras gerações, juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, começa a confusão, o endividamento em bola de neve, a confiança do investidor desaparece, interrompe a criação de emprego, renda e inovação, aumenta o desemprego, caminho da miséria, caminho da Venezuela, caminho da Argentina. Está muito claro, caminho da esquerda, e tem o caminho da direita. Sem nenhuma conotação ideológica e política, por acaso é verdade.”

Guedes, que poucas entrevistas tem dado a veículos de imprensa, participou por duas horas do podcast da consultoria Primo Rico. Segundo ele, o podcast tem mais audiência que os principais jornais do país.

“Curto prazo de hoje para daqui a seis meses, vacina, vacina, vacina, vacina em massa. Para a recuperação ser sustentável, todo mundo poder voltar ao trabalho, vamos dar um pouco de auxílio emergencial para quem ainda não se reequilibrou. Por outro lado, vamos acelerar e aprofundar as reformas. Senão, a economia capota ali na frente de novo”, defendeu. Ao elogiar os apresentadores do programa, Guedes disse que “aparentemente” é um “fracasso” na comunicação. “Chuto dez e entra uma. E ainda dizem que eu não chuto”, brincou.

O ministro afirmou que não pretende pedir para deixar o cargo. “Se ele [Bolsonaro] confia no meu trabalho e eu conseguir executar meu trabalho, tudo bem. Se ele não confiar, eu sou demissível em 30 segundos”, disse Guedes.


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