Segundo Ney Jr, Micarla loteou a Prefeitura e secretários atuaram em benefício próprio

A declaração do então prefeito Ney Lopez JR foi dada ao jornal mossoroense Defato. Na entrevista o atual prefeito da capital, aproveitou seu último dia útil a afrente da prefeitura para fazer duras críticas a gesta Micarla de Sousa. Acompanhe:

Em seu último dia útil como “prefeito-tampão” de Natal, o vereador não reeleito Ney Lopes Jr. (DEM) disparou duras críticas à gestão da prefeita afastada Micarla de Sousa (PV). “Dezembro de 2012 foi o pior momento desta Prefeitura em toda sua história. Micarla loteou a Prefeitura na medida em que permitiu aos partidos aliados deitarem e rolarem nas ações das secretarias, sem nenhum comando por parte da prefeita. Ela perdeu totalmente o controle e os partidos mandavam nas pastas”, afirma.

“Alguns secretários e ocupantes de cargos comissionados atuavam em benefício próprio. Por exemplo, condicionavam a inclusão das pessoas nos programas sociais ao voto delas nos candidatos de seu interesse. Micarla não mandava, nem tinha conhecimento do que acontecia na sua gestão. Os partidos dominavam tudo e defendiam seus próprios interesses”, acusa o vereador democrata, que ressaltou ter mantido uma postura de independência em relação à gestão verde.

Ele garante que alertou a prefeita, “várias vezes”, sobre a situação. “Chegamos a ter uma longa conversa no aeroporto de Brasília, e depois num restaurante da capital federal. Micarla perdeu o controle financeiro da Prefeitura, faltam planejamento e metas a serem atingidas. Não havia planos, nem se sabia aonde se queria chegar”, constata.

O resultado foi o completo caos administrativo e financeiro ao final de 2012: folha de pagamento ameaçada, escolas paralisadas e sem completar o ano letivo, coleta de lixo inexistente, saúde em calamidade pública declarada. Apesar de tudo, Ney Lopes Jr. garante ter cumprido bem sua “missão meteórica”. Só nesta sexta-feira, último dia útil de sua administração, foram pagos R$ 8.018.768,64 em dívidas da Prefeitura.

Ney não quis comentar a situação legal e jurídica de Micarla junto à Justiça, o Ministério Público e os órgãos de controle. “Posso falar que houve total falta de critério na nomeação dos auxiliares, em especial os secretários. É legítimo haver acomodações políticas, mas com pessoas capacitadas para a função”, afirma.

O democrata garante que não vai entregar a Prefeitura no vermelho, pelo menos não em relação ao seu curto período. “As dívidas permanecem, claro, mas Carlos Eduardo vai assumir na próxima terça-feira (01/01) numa situação bem melhor do que ele espera”, avalia.

Postado por: Jean Souza / BG

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