Terapia promete mudar o tratamento contra o câncer

A FDA, a agência americana que regula medicamentos, aprovou nesta quarta-feira um tratamento inovador capaz de combater o câncer.

A terapia celular chamada comercialmente de Kymriah (tisagenlecleucel), da farmacêutica suíça Novartis, será indicada para casos de leucemia linfoide aguda, um tipo de câncer comum em crianças e adolescentes. Poderá ser uma opção para pacientes com até 25 anos que não melhoraram com nenhum outro tratamento.

“Estamos entrando em uma nova fronteira de inovação médica com a capacidade de reprogramar as células do próprio paciente para atacar um câncer mortal”, afirmou o diretor da agência Scott Gottlieb.

Como funciona

Conhecido como CAR-T, o método é totalmente personalizado e associa a imunoterapia à engenharia genética. Ao contrário dos medicamentos disponíveis atualmente, cada dose é customizada para o paciente e, para isso, há uma logística complexa.

A confecção do tisagenlecleucel consiste em retirar as células de defesa do sangue do próprio doente e modificá-las em laboratório.  Uma vez alteradas, as células, mais potentes, são reintroduzidas no paciente. Assim, elas se tornam capazes de reconhecer e destruir o tumor de forma mais eficaz.

O estudo conduzido com a terapia mostrou que uma dose única de Kymriah fez desaparecer por completo os tumores de 83% dos participantes. Os resultados foram considerados impressionantes pelos oncologistas e um grande avanço para aqueles que não tinham mais opções.

Efeitos colaterais

Apesar de promissora, a nova terapia pode ter efeitos colaterais graves. O mais frequente é a resposta exacerbada do sistema imunológico, que causa febre muito alta e queda súbita de pressão arterial, além de dificuldade para respirar e inchaço dos órgãos. Em alguns casos, essas reações graves em pacientes já debilitados podem ser fatais.

Em maio, a Kite Pharma revelou que uma pessoa havia morrido durante o ensaio clínico por causa de um edema cerebral. E, em julho de 2016, a Juno Therapeutics, outra companhia que testa o CAR-T informou que quatro pessoas morreram durante os estudos. Todas de edema cerebral. O procedimento só pode ser feito em ambiente hospitalar.

Outros tumores

O CAR-T tem mostrado resultados impressionantes no tratamento de leucemias e linfomas — que não melhoram com as terapias convencionais. A abordagem está sendo estudada também para outros quarenta tipos de câncer, entre eles o de pâncreas, intestino, ovário e pulmão. O tratamento deverá custar 475 000 dólares — o equivalente a 1,5 milhão de reais.


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