Consolando: Dilma afaga dissidentes do PMDB com cargo na Caixa
A presidente Dilma Rousseff decidiu fazer um aceno à ala dissidente do PMDB na semana seguinte à convenção do partido que decidiu pelo apoio à sua reeleição. Ela permitiu que um dos líderes dos rebeldes no partido, o baiano Geddel Vieira Lima, desse o aval a uma indicação para uma das vice-presidências da Caixa Econômica Federal.
Roberto Derziê, cujo nome foi publicado nesta terça-feira em edição do Diário Oficial da União (DOU), ocupará a área de operações corporativas, antiga logística, no lugar de Paulo Roberto dos Santos, que foi exonerado do cargo. Derziê é funcionário de carreira há mais de 20 anos no banco e ocupou o cargo de Geddel quando ele o deixou em dezembro de 2013 para disputar o Senado pela Bahia, em uma chapa que dará palanque ao senador Aécio Neves (PSDB).
Para conseguir o apoio do PTB à reeleição, Dilma nomeou para o cargo de Geddel Luiz Rondon Teixeira de Magalhães Filho, primeiro tesoureiro do partido. Quando Rondon foi nomeado, a Executiva Nacional do PMDB reclamou e, desde então, articulou uma estratégia para contemplar também o PMDB com outra vice-presidência. A nomeação de Derziê para o cargo, porém, só acabou vindo depois da convenção nacional do PMDB no dia 10 deste mês, quando o partido decidiu apoiar por 398 votos a favor (59,13%) e 275 contrários (40,87%) o apoio à aliança com Dilma.
Os dissidentes do PMDB alegam que o governo Dilma excluiu a legenda das decisões de governo durante todos os quatro anos de mandato. Além disso, afirmam que o PT priorizou candidaturas próprias nos Estados para ampliar suas bancadas no Congresso Nacional e minimizar a influência do partido no Legislativo.