Casal é suspeito de enforcar recém-nascido por não ter condições de criá-lo

Um casal de haitianos é suspeito de matar e enterrar o próprio filho recém-nascido em Blumenau (SC). Segundo a polícia, eles teriam cometido o crime por não ter condições de criar o bebê e enviar dinheiro a seu país de origem

John Woody Joaquim, de 28 anos, e Bertina Milien, de 22, estão no Brasil há dez meses.

Inicialmente, o casal procurou um hospital da cidade com a criança morta. Eles alegaram que o bebê havia morrido de causas naturais. Os funcionários suspeitaram e chamaram a polícia, que iniciou as investigações.

O homem foi levado até a associação de moradores e disse que havia enterrado o corpo do bebê em um terreno baldio perto dali, às margens de um ribeirão. O menino estava enrolado em um cobertor.

Segundo o delegado responsável pelo caso, a polícia não tem dúvidas da participação do casal na morte do bebê.

— A mãe sempre conta a mesma história de que o bebê teria passado mal e depois confessa que eles o enterraram. Mas o marido fala que ela não tinha condições de criar a criança e sustentar a família que teria ficado no Haiti, por isso teria matado o bebê.

Um vídeo gravado pela polícia mostra o suspeito desenterrando o corpo do bebê, que teria sido assassinado no último domingo (13), dois dias após o nascimento.

De acordo com a polícia, o bebê morreu por asfixia e estava com o lençol do hospital enrolado no pescoço. Segundo o delegado, a mulher disse que o nó dado no pescoço da criança seria um costume local para que ela pudesse gerar filhos novamente.

O corpo do bebê está no Instituto Médico Legal. O casal foi preso em flagrante e deve responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.