Após revista da PM, detentos usam celulares e facas no Recife

Após revista da PM, presos continuam usando celulares e armas em presídio do Recife.

Uma revista realizada na manhã desta quarta-feira (11) no Presídio Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), que faz parte do Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, gerou tumulto entre os presos. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e entrou na unidade prisional após uma vistoria que apreendeu duas armas de fogo, drogas e 133 armas brancas. Após a revista da PM, presos foram vistos usando celulares e facas no presídio.

Vizinhos do local relataram ter ouvido tiros dentro do presídio. “Ouvi barulhos de tiro por volta das 13h15 e depois já vi a confusão. A Polícia entrou no pátio do presídio logo depois”, relata um morador vizinho ao Complexo do Curado que preferiu não ser identificado.

Facões e celulares foram apreendidos após revista no Pamfa nesta quarta-feira (11) (Foto: Divulgação/Seres)

Na vistoria, também foram apreendidos 19 facões (sendo 18 industriais e um artesanal), 76 facas (55 industriais e 21 artesanais), 12 foices e 26 barrotes de madeira, além de 10 munições calibre 40 e 12 munições calibre 38. A revista resultou ainda na apreensão de 27 celulares, um tablet, 13 baterias e 37 carregadores de celular, duas balanças de precisão, quatro chips telefônicos, 15 fones de ouvido, três chuços, cinco usinas e 268 litros de cachaça artesanal.

Com relação às drogas apreendidas, foram 2,64 kg de maconha, 467 gramas de crack e 65 gramas de ácido bórico. A inspeção foi realizada pela Polícia Militar, pelo Grupo de Operações e Segurança (GOS) e por agentes penitenciários.

Vistoria também resultou na apreensão de drogas (Foto: Divulgação/Seres)

De acordo com a Seres, a vistoria foi motivada por denúncias e gerou insatisfação entre os detentos de um dos pavilhões, mas a movimentação já teria sido controlada. Entretanto, policiais militares foram vistos nos pavilhões da unidade prisional na tarde desta quarta-feira. Procurada pelo G1, a pasta confirmou a continuidade da revista durante o período vespertino.

Por meio de nota, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos informou que “as revistas não garantem a apreensão de 100% dos materiais ilícitos” e que “todos os esforços estão sendo feitos na tentativa de coibir a entrada e permanência desses materiais nas unidades prisionais de Pernambuco”.

G1 PE

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