Onze minutos de exercícios diários podem ajudar a reverter os efeitos de ficar sentado

Caminhar pelo menos 11 minutos por dia pode diminuir as consequências indesejáveis das horas e horas que ficamos sentados, de acordo com um novo e útil estudo a respeito das maneiras com que tanto a inatividade quanto o exercício físico influenciam nossa longevidade.

O estudo, que se baseia em dados objetivos de dezenas de milhares de pessoas mostrando como elas passam seus dias, descobriu que os mais sedentários encaram um risco maior de morte precoce, mas que, se as pessoas se levantarem e se movimentarem, essa ameaça diminui substancialmente, mesmo se elas não se exercitarem muito. Para a maioria de nós, ficar sentado por períodos prolongados de tempo é comum, especialmente agora, enquanto enfrentamos o desafio das restrições relacionadas à covid-19.

Pesquisas recentes a respeito do comportamento das pessoas desde o início da pandemia indicam que a maioria de nós está se exercitando menos e passando mais tempo sentada do que há um ano. Não surpreendentemente, consequências de saúde a longo prazo poderão surgir em razão dessa quietude física. Vários estudos epidemiológicos evidenciaram no passado a ligação entre a inatividade e a mortalidade.

Em geral, nesses estudos, as pessoas que vivem no sofá têm uma chance muito maior de morrer prematuramente do que as pessoas fisicamente ativas. Mas nunca foi esclarecido o quão ativa uma pessoa deve ser se pretende atenuar os malefícios de ficar sentada. Quem fica sentado por oito horas no trabalho, por exemplo, e depois dá uma volta de meia hora de noite — significando que cumpre a recomendação padrão de exercícios, de cerca de 30 minutos quase diários —, isso é movimento o suficiente para reverter a maioria dos riscos de saúde ocasionados por ficar sentado tempo demais?

Algumas pesquisas no passado sugeriram que a resposta é não. Um estudo de 2016 envolvendo mais de 1 milhão de pessoas descobriu, em vez disso, que homens e mulheres precisavam se exercitar de 60 a 75 minutos por dia para conseguir diminuir os efeitos indesejáveis de ficar sentado.

Mas, como a maioria das pesquisas similares anteriores, aquele estudo pedia às pessoas que se lembrassem do quanto elas tinham se movimentado ou ficado sentadas, o que pode ser problemático. Tendemos a ser narradores pouco confiáveis de nossas vidas, superestimando atividades físicas e subestimando quanto tempo passamos sentados.

Mas, se um número grande de pessoas se confunde dessa maneira, o resultado paradoxal é que os exercícios físicos parecem menos potentes do que realmente são, já que as pessoas “ativas” analisadas pelo estudo parecem ter precisado de muito exercício para obter os benefícios de saúde, quando, na verdade, a quantidade objetiva de exercício que elas realmente fizeram foi menor, e foi essa quantidade menor que produziu os benefícios.


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