Saiba como os muçulmanos do RN observam o conflito entre Irã e EUA

O mundo acompanha com apreensão as novas decisões do presidente Donald Trump e as reações do Irã após a morte do general iraniano Qassem Soleimani. Mas há exceções, como o vice-diretor interino da Associação Beneficente Muçulmana do Rio Grande do Norte, Marcos Antônio, que afirma não se envolver com o conflito entre os Estados Unidos e o Irã.

“No Irã há uma política em que o próprio povo se protege. Se alguém entra no país, se alguém é inimigo e destrói o que eles têm, o povo vai querer se vingar”, contextualizou Marcos, diante da tensão entre as duas nações.

Nesta terça-feira, 7, o Irã atacou duas bases com americanos no Iraque como retaliação à morte do general Soleimani. Até a publicação desta matéria não havia confirmação de vítimas.

Marcos Antônio alega que o desentendimento é “político e não envolve a religião. Por isso, não nos posicionamos”. Para ele, a nota divulgada na sexta-feira, 3, pelo Itamaraty, a qual foi considerada por muitos como um possível apoio do Brasil aos Estados Unidos, é uma decisão que cabe ao presidente do país.

Sobre a filha de Qassem Soleimani ter pedido vingança pela morte de seu pai durante visita do presidente do Irã, neste sábado, 4, Marcos relacionou que “ela perdeu o pai, perdeu o marido. Qualquer pessoa em uma situação dessa fica transtornada. Aqui no Brasil se um pai perde um filho por um crime, o que ele pede? E eu nem citei religião”.

Após a morte do general, foi erguida uma bandeira vermelha, chamada popularmente de “Bandeira Vingativa”, que na tradição xiita simboliza o sangue derramado injustamente e serve para vingar a morte.

“Os muçulmanos no Rio Grande do Norte não terão que se envolver com essa especulada vingança, pois é uma decisão do país iraniano. É da cultura de lá essa proteção pelos seus. A religião, em si, não tem nenhum envolvimento”, destacou Marcos.

Marcos Antônio diz que a cultura iraniana tem forte relação com a religião, pautada pelo afeto ao seu povo. No entanto, ele alega que no país do Oriente Médio a maioria dos muçulmanos são xiitas, enquanto aqui na associação que ele faz parte os membros são sunitas, gerando pequena diferença entre os membros da religião.

No Brasil, 35.167 pessoas praticam o Islã – religião dos muçulmanos – segundo dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Associação Beneficente Muçulmana do Rio Grande do Norte conta com cerca de 70 membros.

Agora RN

Últimos Eventos

21/09/2019
São Vicente/RN
03/03/19
Master Leite
06/05/18
Parque Dinissauros - Povoado Sto Antonio (Cobra)
Março 2017
Aero Clube

Mais eventos

Jornal Expresso RN

Baixar edições anteriores

Curta Jean Souza no Facebook

Siga Jean Souza no Instagram

Empresas filiadas

Banners Parceiros

Design por: John Carlos
Programação por: Caio Vidal
© 2021 Direitos Reservados - Jean Souza