Impostos: R$ 1 trilhão pagos no Brasil até a próxima segunda

Impostômetro instalado na Faculdade Maurício de Nassau em Natal marcará montante. País é o pior do mundo em retorno da carga tributária à população.

Impostômetro instalado na Faculdade Maurício de Nassau em Natal marcará montante. País é o pior do mundo em retorno da carga tributária à população.

Na próxima segunda-feira (29), os brasileiros terão pago R$ 1 trilhão em tributos ao poder público. A marca será registrada pelo Impostômetro instalado em frente à Faculdade Maurício de Nassau, em Natal, na Avenida Engenheiro Roberto Freire, uma das mais movimentadas da capital potiguar. O número chama atenção não só pelo montante, mas porque o Brasil é um dos 30 países com a maior carga tributária do planeta porém é o que proporciona o pior retorno à população nas esferas federal, estadual e municipal. A afirmação vem de um estudo lançado este mês pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) um dos parceiros da instituição de ensino superior no cálculo do medidor de impostos instalado em vários pontos do país.

A pesquisa “Carga Tributária/PIB x IDH – Cálculo do Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade – IRBES”, criado pelo IBPT leva em consideração o volume de tributos em relação ao PIB. Em outras palavras, é comparada a riqueza do País com o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, que mede a qualidade de vida da população, de 2013. Nos resultados apresentados, o Brasil fica atrás até de outros países da América do Sul, como Uruguai e Argentina, que ocupam, respectivamente, a 11ª e 19ª colocações no ranking. Esta é a quinta vez que o País fica entre os piores no levantamento.

“Diante de uma expressiva arrecadação de tributos que viabiliza o custeio da máquina administrativa, temos em contrapartida um elevado gasto público de descontrole administrativo, tendo como uma das consequências o atual pedido de ajuste fiscal que se encontra em votação no Congresso”, analisa o professor de Legislação Tributária da Faculdade Maurício de Nassau, Aderson Barros.

O especialista lembra que, infelizmente, não há como a população se proteger do impacto no bolso causado pelos impostos excessivos. O único caminho é exigir do governo mais informações para saber quanto está se pagando e como esse dinheiro vem sendo usado. “Através das organizações sociais, é possível exigir maior transparência dos gastos públicos”, afirma Barros.

 


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