Dólar tem terceira queda seguida e recua para R$ 5,35

No mercado futuro, o dólar maio, que vence amanhã, estava em R$ 5,34

O dólar teve o terceiro dia seguido de queda, período em que recuou 20 centavos, embalado pelo mercado externo mais favorável, com notícias de avanço de um tratamento para o coronavírus, que tem contribuído para enfraquecer a moeda americana internacionalmente, e pelo clima menos tenso na política doméstica.

Na tarde desta quarta-feira (29), a disposição mostrada pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, de fazer mais se necessário para conter a crise da economia americana e ainda não sinalizar pressa em retirar as medidas já adotadas, ajudou a sustentar a queda do dólar lá fora e aqui. A moeda americana terminou em baixa de 2,90% no mercado à vista, cotada em R$ 5,3552, a menor cotação desde o dia 20. No mercado futuro, o dólar maio, que vence amanhã, estava em R$ 5,34 perto do fechamento na B3.

Um indício da maior calmaria no câmbio é que, desde ontem, o Banco Central não faz intervenções extraordinárias no mercado. Somente entre sexta-feira, dia da saída do ex-Juiz Sergio Moro do governo, e segunda, foram 12 intervenções, considerando injeção de dinheiro novo e rolagens de swap cambial.

A influência principal para o comportamento do dólar hoje veio do exterior. Primeiro, o dólar começou a se enfraquecer no mercado mundial após a divulgação da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que teve contração de 4,8% no primeiro trimestre. “A trajetória de descida da economia americana começou”, ressaltam os analistas do grupo financeiro ING, prevendo que a queda do PIB no segundo trimestre pode chegar a 40%.

Pela tarde, o dólar acelerou o ritmo de queda após a reunião do Fed e as declarações de seu presidente, Jerome Powell. O dirigente disse que a piora da atividade será sem precedentes, mas o Fed “não tem pressa” de retirar os estímulos e está pronto para fazer mais, se for necessário.

“Em suma, Powell sinalizou que o Fed está pronto para dar mais apoio”, disse a economista-chefe para os EUA da High Frequency Economics, Rubeela Farooqi. O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, como o euro e a libra, passou a tarde em queda, abaixo do nível de 100 pontos.

O economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, revisou suas previsões para o dólar, por conta da maior incerteza política e perspectiva de mais cortes de juros pelo Banco Central. Com isso, ele espera para o final do ano a moeda americana em R$ 4,90, acima dos R$ 4,50 previstos anteriormente.

Em análise publicada no Broadcast, ele observa que a manutenção dos rumos econômicos e da agenda do ministro Paulo Guedes “permitiria ao real acompanhar a esperada melhora externa”, cenário contemplado na previsão de R$ 4,90 para o final do ano. Por outro lado, uma eventual saída do ministro resultaria em um ambiente distinto, e o potencial alcance do patamar de R$ 6,00.

Estadão Conteúdo

Últimos Eventos

21/09/2019
São Vicente/RN
03/03/19
Master Leite
06/05/18
Parque Dinissauros - Povoado Sto Antonio (Cobra)
Março 2017
Aero Clube

Mais eventos

Jornal Expresso RN

Baixar edições anteriores

Curta Jean Souza no Facebook

Siga Jean Souza no Instagram

Empresas filiadas

Banners Parceiros

Design por: John Carlos
Programação por: Caio Vidal
© 2021 Direitos Reservados - Jean Souza