Economia: Copa rende R$ 12 bi aos bares em junho

O evento, que tem abrangência mundial, gerou aumento na economia do Brasil.

O evento, que tem abrangência mundial, gerou aumento na economia do Brasil.

Com a bola rolando e sem o registro de grandes manifestações e protestos violentos, os bares comemoram o movimento que a Copa do Mundo levou aos estabelecimentos. Diante da demanda acima das expectativas, o segmento deve faturar R$ 12 bilhões no mês do Mundial de futebol, segundo previsão da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.

No ano passado, a Copa das Confederações já havia incrementado a receita de bares e restaurantes, que ficou entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões no período entre junho e julho. No balanço da entidade para as primeiras duas semanas do Mundial, o movimento nos bares cresceu em média 70% nos dias de jogos do Brasil — mas alguns locais receberam número de clientes duas ou até três vezes maior que o normal. O tempo de permanência dos clientes também é maior.

Seleções campeãs como Uruguai e Itália e até menos favoritas como Irã têm atraído torcedores. Daqui para frente, com menos jogos na segunda fase da Copa, a animação deve ser menor, mas a expectativa continua alta. Já nos restaurantes, o impacto não tem sido grande. Há algumas razões para as perdas nos restaurantes. Em primeiro lugar, o horário dos jogos (muitos às 13h ou 19h) fez com que muita gente migrasse para o barzinho. Os feriados também reduziram o movimento corporativo, grande público de restaurantes. A exceção é a pequena parcela de estabelecimentos próximos a pontos turísticos.

A opção por comer em casa também ajuda a explicar a baixa nos restaurantes. “Mesmo quando não é dia de jogo, o consumo na cidade de São Paulo continua aquecido pela presença dos turistas”, diz o gerente de economia e pesquisas da Apas, Rodrigo Mariano.

Na hotelaria, o dinheiro despejado pelos turistas pode salvar o setor em um ano de provável estagnação ou até queda no faturamento. O evento deve injetar R$ 650 milhões no setor. Apesar disso, a CVC, maior empresa do setor de viagens, afirma que a vinda de 600 mil estrangeiros estimada inicialmente não deve se concretizar. A menor demanda teria levado, segundo a CVC, hotéis e companhias aéreas a baixarem os preços, barateando os pacotes nacionais, com descontos de até 40%.

R7

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