Vacinação contra poliomielite e sarampo segue até 31 de agosto

Teve início nesta segunda-feira (6) a campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite no Brasil. Sob a ameaça de retorno de doenças que já eram consideradas “erradicadas” há anos, e com as quedas consideráveis no número de recém-nascidos vacinados, as autoridades têm, na campanha deste ano, a esperança de tentar reverter o quadro no país. Na capital potiguar, o primeiro dia  foi considerado de baixa adesão por alguns postos de saúde. A expectativa, no entanto, é de que os números aumentem gradativamente até o dia 31 de agosto, quando se encerra a campanha.

Na Unidade Básica de Saúde São João, por exemplo, no bairro de Tirol, ao longo da manhã apenas oito crianças foram vacinadas, de acordo com a enfermeira Tânia Rosália, que há 18 anos trabalha na Unidade. “Para um primeiro dia, a adesão está sendo baixa. Mas acredito que a tendência é só melhorar daqui pra frente. Muitos vem sem sequer saber da campanha, para dar outras vacinas às crianças, e acabam descobrindo que estamos fornecendo essa também”, afirma a enfermeira.

O objetivo da campanha, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é imunizar 43.475 crianças no município. Os pais ou responsáveis podem buscar atendimento em qualquer unidade de saúde da capital. O público-alvo são crianças de doze meses à menores de cinco anos de idade, incluindo aqueles que já receberam as vacinas anteriormente. No Rio Grande do Norte, a campanha deve vacinar 188,8 mil crianças.

Cristiane Cabral, de 56 anos, levou a neta Angelina, para se vacinar. “É importante que as pessoas se atentem às campanhas, porque estamos sob risco de retorno dessas doenças. A gente se preocupa, porque não adianta uma só se vacinar, tem que ser todas”, comenta a avó. Um relatório recente do Ministério da Saúde, divulgado em junho deste ano, aponta que 21 cidades do Rio Grande do Norte estão com alto risco de poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. A doença, que é altamente contagiosa e pode causar sequelas graves para toda a vida, havia sido erradicada do Brasil em 1994, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua prevenção é simples: a imunização.

Ao longo dos últimos três anos, no entanto, os níveis de cobertura vacinal têm caído consideravelmente em todo país. No RN, os níveis de 2018 foram os mais baixos desde o início do programa nacional de imunização, tendo caído pela metade o número de crianças vacinadas. A meta mínima estipulada pelo Ministério é de que 95% das crianças do país sejam vacinadas. Os índices de cobertura da poliomielite, por exemplo, atingiu apenas 63,9% dos recém-nascidos em 2017. Já a tríplice viral, que previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, caiu para 51,7% este ano. A Tetraviral, que também imuniza contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a varicela atingiu apenas 38,6% da população.

De acordo com a SMS, apenas aquelas crianças que já foram vacinadas nos últimos 30 dias não precisam de uma nova dose. O “Dia D” da campanha acontece no dia 18 de agosto, com todos os postos de saúde da cidade abertos para vacinação ao longo do dia inteiro. Para atender a todo o país, foram adquiridas 28,3 milhões de doses de vacina, e todos os estados já estão abastecidos. Para o RN, foram distribuídas 476,8 mil doses das três vacinas: a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), a Vacina Oral Poliomielite (VOP) e a Tríplice Viral. Além dessas, outras sete são consideradas obrigatórias pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Tribuna do Norte


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