Após massacre, alunos de escola em Suzano têm aulas vagas e falta de apoio psicológico

Duas semanas após a Escola Raul Brasil abrir novamente as portas em Suzano/SP,os alunos tem rotina de aulas vagas, falta de professores e medo do pátio. Pais dizem que as ações de apoio psicológico e reforço na segurança duraram apenas um dia.

A filha de 16 anos de Alexandra Lião da Silva, ficou presa dentro de uma das salas do colégio na hora do ataque.

Na terça 19, quando os alunos puderam voltar ao colégio, ela não conseguiu, acabou perdendo as rodas de conversa e a presença dos psicologos. Foi no dia seguinte,”mas ai não teve mais nada. as amigas dela até foram embora antes do horário”, diz a mãe. Na última sexta, a adolescente assistiu apenas uma aula, no período de 7h a 12h20m.”quando não tem professor eles são liberados pra o pátio mais ela não desceu”.

Sem aula,”ficamos sentados em algum lugar conversando,outros andando”. conta Gabriel Vinícios,16. Mas ainda tem partes da escola que João Flaves,17,não consegue ir.”Quando passo pelos locais eu lembro”. Os dois ficaram trancados numa das salas ouvindo os tiros.

O apoio psicossocial integral foi anunciado pelo secretário estadual de Educação,Rossiele Soares, sob gestão de João Doria (PSDB),e pelo prefeito de Suzano,Rodrigo Ashiuchi(PR).Também foi divulgado que haveria revisão dos procedimentos de segurança das 5.300 escolas da rede estadual e reforço nas consideradas vulneráveis – o projeto segue em estudo.

Sem ver tais medidas na pratica, os pais tem procurado a diretora do colégio, Sonia dos Santos, sem sucesso. Não houve encontro com os responsáveis pelos alunos desde a tragedia. Nesta quarta-feira(3), cerca de 15 pais foram até a porta da Raul Brasil pedir uma reunião com a diretora e foram recebidos. Eles cobram controle no acesso á escola, com uma politica de segurança, e substituição imediata dos professores que, ainda abalados, não estão trabalhando ou pediram transferência.

Segundo diretora, a volta dos conteúdos em sala estavam programados para esta semana, assim como procurar os pais para uma conversa. perguntada não respondeu quantos docentes estão fora do colégio.

No dia 13 de março, a escola foi palco de um massacre em que dois alunos munidos de arma de fogo, besta e machadinha deixaram sete mortos, entre alunos e funcionários e outros oito feridos.

Folhapress

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