Consumo de álcool no Brasil fica acima da média mundial

O uso do consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a mais de 140 países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, em um informe publicado ontem alertou que 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 (5,9% do total) foram causadas pelo uso excessivo do álcool. O volume é superior a todas as vítimas causadas pela aids e tuberculose. Segundo a entidade, a bebida não pode só gerar dependência, mas também leva ao desenvolvimento de outras 200 doenças.

A OMS avaliou dados de 194 países e chegou à conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse volume caiu entre 2003 e 2010. Há dez anos, a taxa era de 9,8 litros por pessoa.

Entre os países avaliados, o Brasil ocupa a 53ª posição entre os que mais consomem. A liderança é da Bielorrússia, onde o consumo anual per capita chega a 17,5 litros, duas vezes o volume brasileiro. Mas as projeções até 2025 mostram que o consumo no Brasil voltará a aumentar, ultrapassando a marca de 10,1 litros por ano por pessoa. Em 1985, o índice não chegava a 4 litros. No caso brasileiro, a diferença entre o consumo masculino e feminino é profunda. Entre os homens, a taxa chega a mais de 13 litros por ano. Para as mulheres, ela é de 4 litros. Cerca de 60% do consumo é de cerveja; apenas 4% é representado pelo vinho.

Mas o que mais preocupa a OMS são os casos de abusos no consumo. No mundo, a média é de 7,5% da população que experimentou em algum momento do ano um caso de um consumo excessivo de álcool. No Brasil, porém, a taxa de pessoas que participam de episódios de consumo pesado é de 12,5%. Em um ranking de números de anos perdidos de vida saudável, o Brasil está entre os líderes. Entre a população brasileira que bebe, um terço identificou que já abusou do álcool em alguma ocasião. A taxa é bem superior à média mundial de 16%.

Os dados revelam que são as classes mais pobres que mais sofrem com o impacto social e de saúde do álcool. “Elas frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e comunidade”, disse Shekhar Saxena, diretor de saúde mental e abuso de substâncias da OMS.


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