RN solicita R$ 15 milhões ao Ministério da Saúde para enfrentar o coronavírus
Os secretários estaduais da Saúde de todo o País encaminharam ofício ao Ministério da Saúde solicitando recursos para o enfrentamento da epidemia pela Covid19, a doença causada pelo novo coronavírus. O Rio Grande do Norte solicitou R$ 15,6 milhões.
Os gestores estaduais argumentam que a crise gerada pelo coronavírus vai ampliar custos sobre o sistema de saúde brasileiro, que já sofre de problemas relacionados ao insuficiente custeio de suas ações regulares.
O ofício foi encaminhado nesta terça-feira (3) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) ao governo federal.
O documento pede o valor de R$ 1 bilhão para que os estados se prepararem para chegada do coronavírus. Segundo dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), do Ministério da Saúde, a União participou apenas com 23,78% do custeio das ações e serviços de saúde dos estados no ano de 2018.
“Todos os estados brasileiros estão sobrecarregados, com insuficiência de leitos, e o aporte é encarado como necessário por todos os secretários de Saúde”, explicou Cipriano Maia, atual titular da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap).
O pedido feito é de um aporte de recursos destinados ao custeio de ações de media e alta complexidade na razão de R$ 4,5 per capita. Desta forma, com 3,47 milhões de habitantes, o RN teria acesso a R$ 15,6 milhões.
Os secretários de Saúde de todo Brasil se mostram preocupados com a possível falta de leitos hospitalares em caso de expansão dos casos da nova doença. Além disso, os gestores também temem que o coronavírus “paralise” os demais serviços hospitalares.
“Para o Estado, que enfrenta crise fiscal e econômica, o aporte será um alívio. Com recursos, poderemos melhorar nossa capacidade de resposta”, justificou Cipriano Maia.
No Rio Grande do Norte, até esta terça-feira (3), eram quatro casos suspeitos e nenhuma confirmação.
Ainda segundo o titular da pasta de Saúde no Estado, o dinheiro seria utilizado para melhorar a capacidade dos laboratórios públicos, bem como para fortalecer o campo assistencial, principalmente para qualificar leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), assistência respiratória e ampliação dos leitos de retaguarda.