RN: Falta de repasses do Minha Casa, Minha Vida pode causar demissão de mil trabalhadores

Cerca de mil trabalhadores da construção civil podem ficar desempregados no Rio Grande do Norte. O número foi revelado, nesta quarta-feira, 3, pelo SINDUSCON, o sindicato que representa a indústria do setor. Desde o começo do ano, o Governo Federal vem acumulando uma dívida que já alcança R$ 5 milhões com as construtoras que integram o programa Minha Casa, Minha Vida no estado.

“São mil postos ameaçados, o que preocupa muito. Fora isso, também ficam ameaçadas as obras de 1.200 unidades. Ou seja, 1.200 famílias podem ter o sonho da casa própria retardado. O detalhe é que 80% dessas unidades foram retomadas, ou seja, já foram paralisadas no passado”, lamentou o diretor de Materiais e Serviços do SINDUSCON, Carlos Henrique de Oliveira Dantas.

O diretor explica como essa dívida foi gerada. “No governo anterior, a gente emitia a nota e, em dois dias, o pagamento já era feito. Agora, com a nova presidência, esse repasse não está chegando. Desde janeiro, só um pequeno repasse foi feito. Um valor bem distante do que deveria ser pago em um mês, inclusive”, relatou.

Para justificar a falta de pagamento, “no começo, o governo alegava que o orçamento da União não tinha sido publicado. Agora, após a publicação, os atrasos continuaram. Aí alegam falta de recursos, no que não acreditamos”, enfatizou.

Se as construtoras não recebem dinheiro ficam sem condições de repassar para os fornecedores e, consequentemente, canteiros de obras estão parados. “Isso é uma cadeia. As empresas têm seus compromissos, inclusive, com o pagamento de impostos. E, continuando assim, vai sobrar, infelizmente, para os nossos trabalhadores porque não teremos como honrar nossos compromissos com a classe”, ressaltou o diretor do SINDUSCON.

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