Respirador desenvolvido no RN aguarda aprovação da Anvisa para ser fabricado

Protótipo potiguar já passou pelos testes clínicos promovidos por técnicos da UFRN

Um projeto de produção de respiradores mecânicos desenvolvido por pesquisadores do Rio Grande do Norte, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início da fabricação em série. O equipamento poder utilizado pelos pacientes que precisam ser entubados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

O aparelho foi totalmente desenvolvido pela equipe de engenheiros e técnicos do Senai potiguar em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A instituição de ensino federal é responsável pela fase de testagem clínica. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também participa na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento junto a Anvisa.

O custo para aquisição é estimado entre R$ 10 mil a R$ 15 mil a unidade, uma vez que, neste momento, será produzido sem fins comerciais, somente para atender a demanda dos hospitais. Geralmente, aparelho+s de ventilação mecânica são comercializados no mercado entre R$ 52 mil podendo chegar a R$ 400 mil, dependendo da especificidade do produto.

O respirador mecânico invasivo com modo de operação controlada por pressão, monitora o volume de ar inspirado pelo paciente e é destinado aos casos mais graves que requer entubação (coma induzido).

O equipamento trabalha com pressão máxima de 60 centímetros de água e com controle de PEEP, possui tela ‘touch’, com um quadro de comando que atendem aos requisitos exigidos para responder as necessidades do paciente e da equipe de profissionais intensivistas que irão operar a máquina, além de dispor de banco de dados, sistema de volume, alarme e ser de fácil higienização e manutenção.

O projeto, explica o diretor do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello, surgiu na segunda quinzena de março, devido a urgência da pandemia, a escassez de material e a oferta de preço mais acessível. O protótipo foi concluído em cerca de 45 dias e está em fase de avaliação e calibração dos sensores de pressão e de volume.

“Estamos trabalhando hoje na calibração dos equipamentos, na fase de testagem clínicas feitas por especialistas e pesquisadores da área médica e também na elaboração do dossiê que será submetido à Anvisa para liberação do produto e da fabricação”, disse Mello.

A solução encontrada para a falta de materiais da indústria de medicina foi a de utilizar materiais e tecnologias da indústria de óleo e gás dominados pela equipe de engenheiros – o que conferiu uma aparência “mais robusta” ao aparelho.

O coordenador de Pesquisa do IS-ER, o engenheiro mecânico Antônio Medeiros, explica que além de usar insumos comumente aplicados na indústria de óleo e gás, como válvulas, o equipamento é de fácil montagem e fabricação. “A montagem é simples e pode ser feita por técnicos em eletromecânica ou em eletrotécnica”, esclarece o coordenador.

Ele lembra que a disponibilidade de alguns dispositivos de respiradores tradicionais existentes no mercado, para importação de países como Alemanha, Itália e China, prevista apenas para a partir de outubro deste ano foi um dos fatores que levou a equipe de engenheiros do ISI-ER a criar o protótipo. “Esta é uma solução para auxiliar o Rio Grande do Norte, mas também todo o país pela facilidade e rapidez da montagem”, encerra.

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