Pesquisa coleta sangue e informações de crianças do RN para estudo sobre obesidade e desnutrição

José Erimar é supervisor do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) no RN — Foto: Rafael Barbosa/G1

Uma pesquisa do Ministério da Saúde está coletando dados e amostras sanguíneas de crianças de 0 a 5 anos em Natal e Parnamirim, na Região Metropolitana, para fomentar um estudo sobre desnutrição e obesidade infantis. O trabalho está sendo desenvolvido em todo o país e tem coordenação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trata-se do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani). A ideia é que as informações sirvam para a elaboração de polícias públicas para essa parcela da população.

De acordo com José Erimar, supervisor do Enani no Rio Grande do Norte, a coleta de amostragens no estado potiguar começou no início do mês de dezembro. Na mesma época, também foram iniciadas as coletas em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe.

O trabalho acontece porta a porta, em localidades previamente selecionadas pelo próprio Ministério da Saúde. Além de José Erimar, outros cinco pesquisadores participam das atividades. O supervisor explica que, no primeiro contato, ocorrem visitas aos domicílios escolhidos para a coleta de informações sobre as crianças.

“Verificamos se as casas têm as pessoas com o perfil indicado para a pesquisa, crianças de 0 a 5 anos. Depois disso, fazemos uma entrevista, para saber informações sobre esses meninos e meninas, pesamos e medimos sua altura. As famílias não são obrigadas a participar e podem nos informar isso no ato da abordagem”, detalha José Erimar.

Depois desta etapa, um laboratório é acionado para realizar a coleta de sangue das crianças. Esses exames vão precisar como estão as taxas e a presença de vitaminas no organismo delas. Tudo isso servirá de base para a pesquisa de combate à obesidade e desnutrição. “Não somos nós quem fazemos as coletas. São laboratórios contratados especificamente para este fim”, esclarece o supervisor.

Ao todo, as duas cidades selecionadas no Rio Grande do Norte têm 240 municípios a serem visitados. De dezembro até aqui, a equipe de José Erimar fez o trabalho em 90.

Fake News

Desde a semana passada, os pesquisadores têm enfrentado dificuldades para realizar a pesquisa na Zona Norte de Natal. O problema é a difusão de notícias falsas. Circula em redes sociais que os entrevistadores do Enani querem roubar crianças, que praticam tráfico de órgãos e ainda que as estão infectando com doenças nas agulhas.

Na sexta-feira (24), uma das pesquisadoras foi abordada na rua, no bairro Nova Natal, por moradores que a acusavam de todas essas práticas. Além disso, chegaram a dizer que ela estava em um veículo roubado, o que não procedia.

Segundo José Erimar, a polícia foi acionada pela própria população e, ao se deparar com a situação, percebeu que se tratava de um trabalho oficial do Governo Federal. Os policiais ainda acompanharam a entrevistadora em algumas residências, para que ela explicasse a pesquisa.

“Voltamos na segunda-feira, acreditando que o problema havia sido resolvido. Na segunda ainda trabalhamos sem empecilhos, mas, na terça-feira, as intimidações voltaram. Foi assim também na quarta”, relata o supervisor.

Diante as hostilizações, o grupo decidiu suspender as atividades, até que não haja mais perigo para executar a pesquisa. Restam ainda 150 domicílios a serem visitados. A previsão era de concluir o levantamento até o mês de março, contudo, com a interrupção, pode ser que esse prazo não seja cumprido.

G1

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