Papa diz que Igreja ‘não pode concordar com tudo o que grupos feministas propõem’

Em um documento divulgado nesta terça-feira, dia 2, o Papa Francisco disse que a Igreja Católica Romana tem que reconhecer, para o seu próprio bem, sua história de “autoritarismo patriarcal” e abuso sexual de mulheres. O Pontífice se refere aos escândalos de assédio e abuso sexual que vêm sendo descobertos dentro do clero.

Francisco fez, no entanto, uma ponderação. Ele disse que a Igreja “não poderia concordar com tudo o que alguns grupos feministas propõem”, o que pode ser considerado uma referência ao celibato exigido aos membros do clero e à proibição do sacerdócio feminino. A Cúria só permite que homens sejam padres e cardeais.

O Papa está enfrentando críticas sobre a resposta do Vaticano a uma crise de abuso sexual de décadas que prejudicou gravemente a posição do catolicismo em todo o mundo.

O líder da Igreja Católica deu essas declarações em um documento de 50 páginas chamado de “Exortação Apostólica”. Ele contém reflexões de Francisco sobre o funcionamento de uma reunião de bispos que durou um mês, em outubro passado, e discutiu o papel dos jovens na Igreja, que tem cerca de 1,3 bilhão de membros.

No documento, cintitulado “Cristo está vivo”, o Papa também instou os jovens a não se desiludirem com os escândalos de abuso sexual do clero, mas a trabalhar com a esmagadora maioria dos padres e outros membros da Igreja que são fiéis à sua vocação.

Em fevereiro, o Papa realizou uma cúpula reunindo 190 clérigos com o objetivo de debater formas de prevenir casos de pedofilia dentro do clero. Francisco apresentou um guia com 21 orientações para que crimes assim não ocorram.

No entanto, para alguns analistas, a fala do Papa ao término do encontro sobre pedofilia foi uma “decepção colossal”.

Há quatro dias, o Pontífice publicou uma legislação sobre o tema, que valera na Cidade do Vaticano e em toda a Cúria Romana a partir de 1º de junho. De acordo com as novas normas, torna-se obrigatório notificar qualquer caso de abuso — com exceção dos casos descobertos por meio de confissão eclesiástica —, os condenados deverão ser automaticamente demitidos de seus cargos e o tempo de prescriçao para esses crimes passa a ser de 20 anos. Se a vitima for menor de idade no momento do abuso, o prazo começa a contar a partir dos 18 anos dela.

O Globo

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