Com ações contra coronavírus, rombo nas contas públicas será o maior da história: R$ 419,2 bi

Foto: Gustavo Raniere / Ministério da Economia

O Brasil terá o maior déficit fiscal da história. O rombo estimado para 2020 é de R$ 419,2 bilhões, equivalente a 5,55% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues. Em entrevista nesta quinta-feira (2) que o “rombo” será motivado pelas ações contra a crise do coronavírus farão com que o país tenha o maior déficit fiscal da história.

Segundo Waldery, a expectativa da equipe econômica é que o impacto seja limitado a este ano. “É o maior da série histórica, mas é justificado pela pronta ação do governo federal. Entendemos que é limitado a 2020 e que a economia se recuperará” disse Waldery de acordo com o Globo.

O Orçamento deste ano autorizava um déficit de até R$ 124,1 bilhões. A decretação de calamidade pública pelo Congresso, no entanto, liberou o governo de cumprir essa meta. O decreto vale até o dia 31 de dezembro deste ano.

Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a mencionar que o impacto das medidas do governo contra a pandemia chegaria a R$ 750 bilhões. Esse valor inclui, no entanto, ações que não têm impacto fiscal, como facilitação de crédito e permissão para atraso no recolhimento de impostos.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, defendeu a aprovação rápida da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o chamado “Orçamento de guerra”.

A PEC, apresentada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), permite ao governo gastar o que for preciso para as ações relacionadas ao coronavírus. A votação da proposta deve ocorrer nesta sexta-feira. “A PEC trabalha com a flexibilidade das regras tradicionais num momento de calamidade pública, num momento em que a população precisa receber recursos”, completou Guaranys.

Para ampliar os gastos públicos durante a crise, a proposta permite que as despesas relacionadas ao combate à pandemia e seus efeitos na economia possam ser feitas sem o cumprimento das regras que hoje regem o Orçamento público. A condição é que a despesa não seja permanente.

A “regra de ouro” — que proíbe o governo de emitir dívida para pagar despesas correntes, como salários — fica suspensa neste ano, pela proposta aprovada, o que facilita a ação do governo.

“Mesmo sem ter tido a aprovação da PEC, a gente já tem divulgado as medidas e implementado as medidas necessárias. Mas entendemos que é importantíssimo termos a aprovação da PEC do Orçamento de guerra de forma mais rápida e célere possível”, finalizou o secretário.


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