Falso médico que atuava em PE, PB e RN se apresenta à Polícia Federal

Bruno Mousinho não falou com a imprensa. Entrou pelos fundos da sede da PF (Foto: Divulgação / TV Globo)

Bruno Mousinho não falou com a imprensa. Entrou pelos fundos da sede da PF (Foto: Divulgação / TV Globo)

Suspeito de exercer medicina ilegalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, Bruno Maurício Costa Mousinho, de 33 anos, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, nesta terça-feira (10). Ao delegado André de Oliveira Barbosa, afirmou ser formado em medicina na Bolívia e admitiu utilizar um registro do Conselho Regional de Medicina de outro médico chamado Bruno, mas que não seria o de Bruno Tenório, que o denunciou.

Bruno Mousinho chegou à sede da PF, no Cais da Aurora, área central do Recife, acompanhado do irmão, o advogado Diego Mousinho. O depoimento durou aproximadamente uma hora e, na saída, nenhum dos dois quis falar com a imprensa. Os depoimentos do suspeito e do médico que fez a denúncia vão ser encaminhados para a Polícia Civil, que dará continuidade às investigações.

Ainda segundo o depoimento divulgado pela PF, Bruno Mousinho alegou que, apesar de ser formado na Bolívia, não chegou a dar entrada no diploma no país vizinho e preferiu, ao retornar ao Brasil, fazer vestibular. Ele garantiu que chegou a cursar medicina em João Pessoa (PB), mas por dificuldades financeiras, trancou o curso.

O suspeito revelou ainda, durante as declarações, que resolveu trabalhar como médico por ser formado fora do país. Para isso, realizou pesquisas na internet, e em seguida pegou o CRM de um médico de Alagoas e, depois, de um médico de Pernambuco, mas que nenhum dos dois seria Bruno Tenório.

Durante o depoimento, o suspeito reconheceu o prontuário apresentado pela PF como seu. “A Polícia Civil vai ainda aprofundar as investigações para verificar esses dados repassados por ele, como o fato de ter estudado medicina na Bolívia. Na atual conjuntura, ele pode vir a responder por falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina e, se for verificado que algum paciente por ele medicado teve alguma piora, tentativa de homicídio”, detalha o chefe de comunicação da PF, Giovani Santoro.

Ao fim do depoimento, Bruno Mousinho fez questão de dizer que apenas utilizou o registro de outro profissional, mas não teria falsificado qualquer documento. Ele afirmou ainda que, de fato, conhecia Bruno Tenório de um plantão em Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, mas que não eram amigos.

 

G1

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