Delegado preso suspeito de fraudes no RN é indiciado por nove crimes

Delegado Olavo Dantas de Medeiros Junior, preso na operação 'Prata da Morte' (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Delegado Olavo Dantas de Medeiros Junior, preso na operação ‘Prata da Morte’ (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

O delegado Olavo Dantas de Medeiros Junior, suspeito de envolvimento em um esquema de fraudes no Ipern, foi indiciado por nove crimes. Os delegados Aldo Ribeiro e Laerte Jardim Brasil remeteram o inquérito à Justiça na noite desta quinta-feira (25). Ao todo, nove pessoas foram indiciadas no inquérito da Operação Prata da Morte que investigou o desvio de recursos no Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais do RN (Ipern).

As investigações revelaram que o grupo fraudou a pensão por morte de pelo menos um ex-auditor fiscal do estado.

Olavo Dantas, preso no dia 8 de julho, foi indiciado por peculato, associação criminosa, favorecimento pessoal, falsificação de documento particular, uso de coumento falso, falsidade ideológica, estelionato, advocacia administrativa e coação do curso do processo. O delegado nega as acusações.

A advogada Thayana de Moura Macedo, que em depóimento à polícia confessou participação no esquema, foi indicada por peculato, associação criminosa, favorecimento pessoal, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato. Ela está em prisão domiciliar desde o dia 8 de julho.

Dentre os indiciados está José Laércio Ferreira de Melo, filho de um ex-auditor fiscal do estado. Ele teria sido beneficiado com a pensão por morte do pai indevidamente. Em depoimento à polícia, Laércio confessou a fraude e indicou o delegado Olavo e a advogada Thayana como sendo os mentores do crime. Ele foi indiciado por peculato, associação criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato.

A fraude

A investigação teve início após a polícia receber uma informação através do Whatsapp do Disk Denúncia que dava conta de que o delegado Olavo Dantas de Medeiros Júnior teria procurado um homem identificado como José Laercio Ferreira de Melo e feito a proposta de fraudar uma documentação para que o Laercio e seus familiares pudessem receber a pensão deixada pelo pai, o auditor fiscal falecido, Gonçalo Pereira de Melo. De acordo com a denúncia, a proposta teria sido aceita e o plano executado. Além da pensão, os denunciados teriam recebido ainda R$ 240 mil que estava depositado na conta do falecido.

Thayana de Moura Macedo está em prisão domiciliar (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)

Thayana de Moura Macedo está em prisão
domiciliar (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)

As investigações, que tiveram início em fevereiro deste ano, confirmaram a veracidade da denúncia e deram conta de que o esquema contou com a participação de outras quatro pessoas: a advogada Thayana de Moura Macedo, que foi responsável pela realização de um inventário administrativo no 5º Cartório do Alecrim (com renúncia dos herdeiros) e pelo levantamento do dinheiro que estava depositado na conta do falecido, através de um alvará judicial obtido de forma ilegal; Ana Cláudia de Oliveira Dantas, suspeita de falsificar os documentos utilizados pelo grupo para fraudar a pensão; e Maria Cosme Sobrinho, que se passou por companheira do auditor falecido.

O montante recebido indevidamente pelo grupo desde o início do esquema já soma cerca de R$ 600 mil em prejuízo para o Estado. O grupo foi autuado pelos crimes de falsificação de documento particular, falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, uso de documento falso, falso testemunho e peculato.

G1/RN

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