Após crime que chocou o país, menor que confessou estupro coletivo no Piauí é morto por colegas após delação

Um dos adolescentes condenados por estupro coletivo em Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina) foi morto na noite desta quinta-feira (16) dentro do alojamento do CEM (Centro Educacional Masculino) para adolescente infratores, no bairro Itaperu, zona norte da capital piauiense. Ele foi morto sem ajuda de arma, mas com socos e pontapés, e a cabeça sendo batida contra o chão.

A vítima é Gleison Vieira da Silva, 17 anos, e foi assassinado por volta das 23h na cela “D” com murros, pontapés e pancadas na cabeça. Os suspeitos do homicídio são os três menores que participaram do estupro coletivo em Castelo e dividiam a cela com ele, na área de isolamento.

Gleison chegou a ser socorrido por uma equipe de enfermeiros do CEM, mas não resistiu e morreu.

Segundo o diretor de Atendimento Socioeducativo da Secretaria de Estado da Assistência Social, Anderlly Lopes, a motivação do crime seria vingança. Gleison foi o adolescente que delatou os colegas e que ajudou a polícia na investigação.

“Eles já confessaram o crime e este foi um ato de vingança. A princípio a rotina iniciou-se bem, mas fomos surpreendidos e é como um lobo na pele de cordeiro. Foi uma abordagem covarde e de traição”, disse Anderlly Lopes.

Os adolescentes suspeitos do homicídio, de 15 e 16 anos, foram condenados a três anos de internação pelo crime de estupro coletivo, tentativa de homicídio e pela morte da estudante Danielly Rodrigues Feitosa, 17. Eles são apontados como autores do estupro de quatro garotas em Castelo, além de amarrá-las e jogá-las de um morro de dez metros de altura nos arredores do município.

O juiz da 2ª Vara da Infância e do Adolescente, Antônio Lopes, determinou a transferência dos três adolescentes para o Complexo da Cidadania, no bairro Redenção. Eles estão em celas separadas. “Eles não têm condições de voltar para o CEM, se voltar eles morrem. Já existem ameaças dos internos lá dentro”.

Antes da morte do adolescente, os quatros acusados do crime estavam no Centro Provisório em Teresina e foram transferidos na última quarta-feira. No CEM, onde há 80 adolescente mas a capacidade é de 60, os internos fizeram motim e não aceitam a presença dos três adolescentes de Castelo.

 

Folha Press

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