Procuradora-geral da AL está proibida de entrar na instituição por 6 meses

Rita Mercês (ao centro) foi presa nesta quinta-feira (20) (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)

Rita Mercês (ao centro) foi presa nesta quinta-feira (20) (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)

A procuradora-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Rita Mercês, está proibida de entrar no prédio da instituição por seis meses. A medida é uma determinação judicial que foi acatada pelo presidente da AL. Os outros servidores da AL investigados na operação Dama de Espadas também estão proibidos de entrar no local. A operação foi deflagrada pelo Ministtério Público Estadual nesta quinta-feira (20) e investiga desvios de recursos dos cofres da AL. O valor desviado chega a R$ 5,5 milhões, segundo o MP.

Rita Mercês foi presa nesta quinta-feira (20), em casa. A assessora direta dela, Ana Paula Macedo de Moura, também foi presa. Além delas, são investigados Marlúcia Maciel Ramos de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Administração e Pagamento de Pessoal (NAPP); Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes, servidor público da Assembleia Legislativa; José de Pádua Martins de Oliveira, funcionário público; e Oswaldo Ananias Pereira Júnior, gerente-geral da agência do Banco Santander.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na AL, na casa da procuradora-geral, em outro apartamento na Zona Sul de Natal, e ainda nas cidades de Santa Cruz, no RN, e Areia, na Paraíba.

De acordo com a assessoria da Assembleia, a casa legislativa voltou a funcionar normalmente nesta sexta-feira (21).

Operação

A operação Dama de Espadas investiga supostos desvios dos cofres da AL, que podem passar de de R$ 5,5 milhões, segundo o MP.  Ainda segundo informações do Ministério Público, a associação criminosa é composta por servidores públicos do órgão com o auxílio de um gerente do banco Santander. Eles utilizavam “cheques salários” como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações, muitas vezes inexistentes.

Ainda de acordo com o MP, os investigados devem ser acusados pelos crimes de formação de quadrilha ou associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A operação é coordenada pela Promotoria do Patrimônio Público e conta com o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e representantes do MPRN cumprem mandados de busca de apreensão em condomínios de alto padrão localizados nas ruas Senador José Ferreira de Souza e Mirabeau da Cunha Melo. Também nas cidades de Santa Cruz, no RN, e Areia, na Paraíba, além da Assembleia Legislativa. Participam da operação 17 promotores e cerca de 60 policiais militares.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na procuradoria da AL (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na procuradoria da AL (Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi)

G1/RN

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