Tecnologia que reutiliza água para plantio no RN vence prêmio nacional

O sistema que reutiliza água servida para irrigação rendeu a um assentamento rural de Upanema, cidade da região Oeste do Rio Grande do Norte, o prêmio de melhor tecnologia social criada por mulheres do país. O projeto Água Viva, criado pelo Centro Feminista 8 de Março no assentamento Monte Alegre, receberá R$ 50 mil da Fundação Banco do Brasil, que promove o evento. E o recurso já tem destino certo: será reinvestido na ampliação do projeto para outros municípios potiguares. Veja o vídeo do projeto aqui.

“A proposta inicial era a organização das mulheres e nesse processo percebemos a necessida de algo para construir a participação delas no processo produtivo do assentamento. Era uma autonomia muito demandada por elas”, explica a agrônoma Ivi Dantas, assessora técnica do centro feminista, que esteve em Brasília nesta terça-feira (10) para receber o prêmio.

Os imóveis instalaram tubos que captam a água servida, utilizada para práticas domésticas como lavagem de roupas, louça e banho. O líquido passa então por um processo de filtragem, chegando a um reservatório e sendo reaplicado na plantação de hortaliças e árvores frutíferas.

Criado como projeto piloto em 2013, o sistema de filtragem foi aplicado inicialmente nas casas de três moradoras, que além de reaproveitar água e plantar para consumo próprio, já produzem o suficiente para comercializar os alimentos com as cerca de 70 famílias do assentamento.

A cientista social Rejane Medeiros, também assessora técnica do centro feminista, detalha que as cidades de Tibau, Grossos e Porto do Mangue, todas na região Oeste, foram escolhidas como locais para reaplicação do projeto. “A ideia é reaplicar em novos espaços para apoiar a organização das mulheres na luta por autonomia. A geração de renda se mostrou fundamental nesse processo. Nos locais pretendemos implantar uma formato de capacitação autônoma”, avalia Medeiros.

Com o dinheiro da premiação, o centro feminista também planeja aprimorar a tecnologia social. Inicialmente a ideia é trocar o material de alvenaria usado no sistema por placas, as mesmas usadas na construção de cisternas.

Vencedor na categoria Mulheres, o Água Viva disputou o prêmio com os projetos Gente da Maré: Melhorando as condições de vida das marisqueiras do Nordeste, da Universidade Federal do Semi-Árido (Ufersa) na cidade de Mossoró, e Metodologia de Gestão de Empreendimentos Solidários por Meio de Indicadores, Instituto Consulado da Mulher (ICM), de São Paulo. Os dois demais finalistas receberam R$ 25 mil em premiação cada um.

A Fundação Banco do Brasil também entregou prêmios nas categorias comunidades tradicionais, agricultores familiares e assentados da reforma agrária; gestores públicos; universidades e instituições de ensino e pesquisa; juventude; e meio urbano. Além do prêmio, o Água Viva foi certificado e passou a integrar o banco de tecnologias sociais da Fundação Banco do Brasil, que pode ser consultada no site da instituição.

G1 RN

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