Pai mata filho por não aceitar seu elo com movimentos sociais
O estudante Guilherme Silva Neto, de 20 anos, foi perseguido por pelo menos um quarteirão antes de ser morto pelo pai, o engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o homem, que após o crime cometeu suicídio, já havia baleado o jovem, que, inicialmente, conseguiu fugir.
“O pai surpreendeu o filho próximo à Praça do Avião. Segundo testemunhas, nesse momento, ele teria efetuado quatro disparos. Mesmo ferido, o jovem chegou a correr, mas o pai entrou no carro e o perseguiu até alcançá-lo. Foi quando ele atirou outras vezes”, disse em entrevista o delegado Hellynton Carvalho, que esteve no local do crime.
O caso ocorreu na tarde de terça-feira (15), na esquina da Rua 25-A com a Avenida República do Líbano, no Setor Aeroporto. De acordo com a polícia, houve uma discussão entre os dois pelo fato de Guilherme ter envolvimento com movimentos sociais, o que não era aceito pelo pai e teria provocado o conflito familiar.
Um homem que não quis se identificar chegou no local no momento do crime. “De início eu escutei três disparos. Aí eu escutei uma gritaria, aí a hora que eu cheguei perto do portão, eu vi o senhor recarregando a arma”, contou. Após atirar contra o filho, Alexandre se debruçou sobre ele e atirou contra si. Ele foi socorrido e levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu.