Natal registra os primeiros nove casos de Chikungunya do RN

Chikungunya começa a ser disseminada no Rio grande do Norte (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Chikungunya começa a ser disseminada no Rio grande do Norte (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal realizou uma investigação em 13 casos de pessoas com sintomas das doenças Dengue, Zika e Chikungunya provenientes dos bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Potengi, localizados no Distrito Sanitário Norte 2; e o bairro de Lagoa Azul no Distrito Sanitário Norte 1. Dos casos investigados, nove foram positivos para o vírus da Febre do Chikungunya. Todos os casos foram negativos para o Zika vírus. Dos casos positivos para Chikungunya, sete foram provenientes do bairro de Nossa Senhora da Apresentação e dois do bairro Potengi. Esses são os primeiros casos confirmados de Chikungunya no Estado do Rio Grande do Norte.

Os casos foram investigados, no âmbito do sistema de monitoramento ativo de arboviroses, o VigiaDengue, realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde em colaboração com o Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical do RN e do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFRN.

Diante desse cenário, o secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, solicita aos profissionais de saúde, colaboração no sentido de estarem em alerta ao padrão de ocorrência dessas doenças e imediatamente realizarem a notificação e a requisição do exame laboratorial para pesquisa de agentes etiológicos, como forma de elucidar o diagnóstico e subsidiar as medidas de controle cabíveis, bem como à população em relação aos sintomas da doença.

“A Chikungunya é caracterizada por uma febre de início súbito (acima de 38,5 °C) por até sete dias e artralgia ou artrite de início súbito não explicado por outras condições. Além disso, a doença pode estar associada à cefaleia, mialgia e exantema, sendo residente ou tendo visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado. O nosso trabalho de combate ao Aedes aegypti, norteado pelo Vigiadengue, tem surtido efeito e vamos intensificar ainda mais as ações nas áreas mais críticas. Não vamos perder essa guerra, mas para isso precisamos do engajamento de todos e a população é nossa parceira”, afirma.

Vigiadengue

O Vigiadengue é um sistema de monitoramento ativo com base na vigilância epidemiológica e vigilância entomológica das arboviroses (doenças virais transmitidas por meio de vetores) de importância para a saúde pública. A nova abordagem tem a finalidade de realizar o monitoramento contínuo a fim de identificar as áreas de maior risco para a ocorrência de surtos e epidemias, além de criar categorias de risco, a partir da utilização de indicadores epidemiológicos e entomológicos que já são utilizados na rotina e outros a serem desenvolvidos, além de e estabelecer categorias de intervenção ou estágio de resposta para cada nível de risco.

Com a nova metodologia é possível classificar semanalmente a cidade em áreas com distintos níveis de risco, orientar a intervenção de acordo com o nível de risco de cada área, considerando as intervenções mais adequadas para cada nível, além de mensurar e documentar o tempo entre a identificação do risco e o início da resposta. Além disso, foi criado o mapa de risco de Natal, desenvolvido pela Fiocruz, podendo, dessa forma, investigar 100% dos casos georreferenciados.

“Temos uma ação diferenciada em cada bairro e podemos controlar, com antecipação, os possíveis surtos epidêmicos que possam acontecer em alguns bairros. Com isso, conseguimos bloquear o surto antes que ele se expanda e, se não evitar a epidemia, diminuir o impacto dela. Hoje temos uma análise e planejamento realizado semanalmente”, explica o secretário Luiz Roberto Fonseca.

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