MEDIDA: Governo construirá “paredão provisório” para separar facções em Alcaçuz
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), afirmou ao Jornal da CBN que o presídio de Alcaçuz, onde os presos estão rebelados desde sábado, foi construído em cima de dunas e que isso facilita a fuga de criminosos. Segundo ele, ‘é mais fácil cavar túneis’ e os criminosos ‘enterram armas e até granada na areia’. Desafio do estado é ‘evitar fuga em massa’, afirmou.
Para isso, a penitenciária está cercada pelas forças de segurança. Até o momento, seis líderes de uma facção criminosa foram transferidos da unidade para presídios federais e outros serão levados ainda hoje. A extração dos criminosos do interior de Alcaçuz deve ser feito por policiais militares do Bope e do Choque e policiais civis do GOE, o Grupamento de Operações Especiais.
Até o momento, 26 detentos foram mortos na rebelião. Para evitar que o número cresça, o governo deve construir um ‘paredão provisório para fazer divisão das facções enquanto realocamos os presos’. Ontem, ao longo do dia, a divisão era feita por policiais, que disparavam tiros em uma linha imaginária para evitar o trânsito de criminosos.
O governador do RN, Robinson Faria, disse ainda que é preciso ‘não recuar, não negociar e acabar com essa farra de presídio ser escritório de trabalho’ de criminosos e que, atualmente, é o ‘crime contra o Estado’. Essa é a segunda vez que a unidade de Alcaçuz é destruída pelos presos e ela deve ser ‘reconstruída de novo’ após o fim do motim.
Ontem, o governo federal autorizou o envio das Forças Armadas para fazer vistorias em presídios do país para procurar armas, celulares e outros pertences proibidos para presos. O governo do Rio Grande do Norte já sinalizou interesse.