Força Nacional vai reforçar segurança em São Luís, após onda de violência
O governo irá enviar policiais da Força Nacional de Segurança para ajudar a controlar a violência no Maranhão, onde foram registrados 14 ataques a ônibus, que foram incendiados, num movimento que teria surgido dentro de presídios. Seis coletivos foram totalmente incendiados. Houve ainda oito tentativas frustradas ou com veículos parcialmente destruídos. O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, atendeu pedido do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, e autorizou emprego da Força Nacional para auxiliar as autoridades do estado no enfrentamento desses ataques na região metropolitana de São Luís. Por uma questão estratégica, o número de policiais não foi informado. As equipes, segundo o ministério, estão se deslocando para o estado e devem chegar à capital nesta segunda-feira de manhã.
O Serviço de Inteligência da polícia do Maranhão identificou e prendeu executores e mandantes dos ataques. No total, 38 suspeitos foram presos ou apreendidos e 21 autuados. O policiamento foi reforçado em toda a capital.
O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema) chegou a recolher no sábado todos os ônibus para evitar que mais veículos fossem danificados. Os passageiros sofreram para encontrar um meio para se locomover. O comércio em alguns bairros da cidade também fechou após a divulgação de ameaças de traficantes.
Segundo a Polícia Civil, as ordens para os ataques partiram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O delegado-geral, Lawrence Melo, informou que os presos que deram as ordens já foram identificados e que foram para o isolamento no Complexo de Pedrinhas. Ele não descarta a transferência deles para presídios de outros estados.